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Portuguese Journal of Public Health

 ISSN 2504-3137 ISSN 2504-3145

VELHINHO, Ana Rita    PERELMAN, Julian. Socioeconomic inequalities in food consumption: a cross-sectional study in portuguese adults. []. , 39, 1, pp.11-20.   30--2021. ISSN 2504-3137.  https://doi.org/10.1159/000515937.

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Background:

Food is a major determinant of chronic noncommunicable diseases. Because of this, social inequalities in food consumption will likely produce social inequalities in disease and life expectancy.

Objectives:

This study analyses the social inequalities in food consumption in Portugal and whether they differ between men and women and between younger and older people.

Methods:

Following a cross-sectional observational study, we analyzed data from 11,085 individuals aged 25-64 years who participated in the 2014 National Health Interview Survey (NHIS). Logistic regression models were used to measure the association between socioeconomic conditions, i.e., education and income, and food consumption. The analysis was then stratified by sex and age.

Results:

A positive gradient for income and education was observed in the consumption of fish, cakes, natural juices, and dairy products. The consumption of legumes and soft drinks was inversely related to income and education. A socioeconomic gradient for fruits and vegetables was observed only among women and older people. Worse-off people consumed less soup, and underprivileged women consumed fewer fast-food products.

Conclusion:

The food consumption patterns of Portuguese adults are related to their socioeconomic condition, with few variations across demographic categories.

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Introdução:

A alimentação desempenha um importante papel na prevenção de doenças crónicas não transmissíveis. Desta maneira, desigualdades sociais em consumo alimentar poderão contribuir para desigualdades sociais na doença e esperança de vida.

Objetivo:

O presente estudo teve como objetivo analisar a existência de desigualdades sociais no consumo alimentar em Portugal, e se as mesmas diferem entre homens e mulheres, e entre pessoas mais jovens e mais velhas.

Metodologia:

Seguindo um desenho de estudo observacional transversal, foram analisados dados de 11.085 indivíduos, com idades compreendidas entre os 25 e os 64 anos, participantes do Inquérito Nacional de Saúde 2014. Foram aplicados modelos de regressão logística para medir a associação entre as variáveis socioeconómicas, nomeadamente educação e rendimento, e o consumo alimentar. A análise foi estratificada por sexo e idade.

Resultados:

Um gradiente positivo foi observado, em função da educação e do rendimento, no consumo de peixe, bolos, chocolate e sobremesas, sumos naturais e produtos lácteos. Pelo contrário, observámos um gradiente inverso no de leguminosas e refrigerantes. O gradiente socioeconómico observado no consumo de frutas e legumes apenas foi observado nas mulheres e pessoas mais velhas. Os menos privilegiados consomem menos sopa, e as mulheres menos privilegiadas menos fast food.

Conclusão:

Os padrões de consumo alimentar dos adultos portugueses relacionam-se com a condição socioeconómica, com poucas variações entre grupos demográficos.

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