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Portuguese Journal of Public Health

 ISSN 2504-3137 ISSN 2504-3145

GONCALVES-PEREIRA, Manuel et al. How many people live with dementia in Portugal? A discussion paper of national estimates. []. , 39, 1, pp.58-67.   30--2021. ISSN 2504-3137.  https://doi.org/10.1159/000516503.

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Dementia poses major public health challenges, and high-quality epidemiological data are needed for service planning. Published estimates of numbers of people with dementia in Portugal have been based, in most cases, on prevalence rates derived from international studies or expert consensus. As in many other countries, Portuguese community prevalence studies’ results are nongeneralizable to a country level. Moreover, their prevalence estimates differ (not surprisingly, owing to different methodologies, e.g., design, sampling, and diagnostic criteria). Regardless, the Portuguese 10/66 Dementia Research Group (10/66 DRG) population-based survey fulfilled 10 out of 11 Alzheimer’s Disease International quality criteria for prevalence studies. It relied on cross-culturally validated methods, fostering a wide comparability of results. Therefore, we can provide rough estimates of 217,549 community dwellers with dementia in Portugal according to the 10/66 DRG criteria (that would be only 85,162 according to DSM-IV criteria). This refers to people aged 65 years or older who are not institutionalized. Although broadly consistent with international projections, these estimates must be cautiously interpreted. Particularly in the context of scarce funding, which will probably last for years, we need more efficient, evidence-based dementia policies. Concerning further epidemiological studies, high-quality methods are needed but also their comparability potential should be improved at national and international levels. Most of all, fund allocation in Portugal should now privilege routine dementia information systems in both health and social services.

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As demências são um grave problema de saúde pública e os serviços deveriam ser planeados tendo em conta o co­nhecimento epidemiológico. As estimativas publicadas quanto ao número de pessoas com demência em Portugal têm sido baseadas, maioritariamente, nos resultados internacionais de estudos de prevalência ou consensos de peritos. Os resultados dos estudos de campo portugueses sobre prevalência das demências diferem (o que não é surpreendente, dadas as discrepâncias metodológicas em termos de desenho, amostragem ou critérios diagnósticos). Tal como em muitos outros países, estes resultados não são generalizáveis a nível nacional. Todavia, o estudo populacional realizado em Portugal com a metodologia do ‘10/66 Dementia Research Group’ (10/66 DRG) alcançou um número elevado de critérios de qualidade ADI - Alzheimer’s Disease International para estudos de prevalência (10 em 11). Como se baseou em métodos validados transculturamente, os seus resultados prestam-se a comparações internacionais. Permitem estimar em cerca de 217,549 as pessoas mais velhas com demência, residindo na comunidade, em Portugal (pelo algoritmo de diagnóstico 10/66 DRG), embora apenas 85,162 pelos critérios DSM-IV. Sendo genericamente concordantes com dados internacionais, estas projecções circunscrevem-se a pessoas não institucionalizadas e devem ser interpretadas prudentemente. Sobretudo perante constrangimentos financeiros globais e previsivelmente duradouros, também na área da demência se impõem políticas com base científica e eficientes. Futuros estudos epidemiológicos deveriam assegurar, a par da qualidade metodológica, a comparabilidade de resultados, a nível nacional e internacional. Nos tempos mais próximos, defendemos o foco na melhoria dos sistemas de informação sobre demência em Portugal, ao nível dos serviços de saúde e sociais.

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