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Portuguese Journal of Public Health

 ISSN 2504-3137 ISSN 2504-3145

TEIXEIRA, Cristina et al. Use of cervical cancer screening among patients of primary healthcare services: Northeast Portugal. []. , 40, 2, pp.61-68.   31--2022. ISSN 2504-3137.  https://doi.org/10.1159/000522666.

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Background:

Understanding the overuse and underuse of cervical cancer (CC) screening plays a role in preventing such behaviours, allowing to maximize the CC screening uptake. Aim: To assess the predictors of being over-screened and never/under-screened in CC screening in Northeast Portugal.

Methods:

This is a part of a larger cross-sectional survey carried out in two public health centres in Northeast Portugal (October 2017 to June 2018). Data collection was based on a face-to-face interview. This analysis included 764 women (aged 25-60 years) classified according to the use of CC screening into guideline-consistent screened, over-screened and unscreened/under-screened. Multivariate logistic regression models were conducted to assess predictors of being over-screened and never/under-screened. Adjusted odds ratio (OR) and respective 95% confidence interval (95% CI) were obtained.

Results:

One-fourth (n = 197) of participants were unscreened/under-screened and 50.0% (n = 382) of them were classified as over-screened. Regular visits with primary care physicians (OR = 0.44; 95% CI: 0.26-0.76) and higher age (OR = 0.98; 95% CI: 0.96-1.00) reduced the odds of being unscreened/under-screened. Women who received prescription/recommendation for CC screening from primary care physician (OR = 1.89; 95% CI: 1.09-3.29) or both primary care physician and nurse (OR = 2.62; 95% CI: 1.10-6.22) were more likely to be over-screened. Higher level of CC health literacy decreases the odds of being over-screened (OR = 0.95; 95% CI: 0.90-1.00) and unscreened/under-screened (OR = 0.87; 95% CI: 0.82-0.92). The majority of over-screened (52.2%) and of under-screened (44.2%) women reported that their screening frequency was based on healthcare provider prescription. Among never-screened women, 60.2% reported that no one prescribed screening.

Conclusion:

The increase in CC health literacy can maximize CC screening uptake. Primary healthcare providers could play a role in preventing the overuse and underuse of CC screening.

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Introdução:

É importante compreender a sobreutilização e a subutilização do rastreio do cancro do colo do útero (CCU) para prevenir estes comportamentos e otimizar a utilização do rastreios.

Objetivo:

Avaliar os fatores associados à sobreutilização e à não-utilização/subutilização do rastreio do CCU na região Nordeste de Portugal. Métodos: Esta análise é parte de um estudo transversal conduzido em dois centros de saúde localizados no Nordeste de Portugal (Outubro/2017-Junho/2018). Os dados foram obtidos através de uma entrevista. Esta análise incluiu 764 mulheres (idade entre 25 e 60 anos) classificadas de acordo com a utilização de rastreio do CCU em: utilização segundo o recomendado, sobreutilização e não utilização/subutilização. Foram utilizados modelos de regressão logística multivariada para avaliar quais os fatores associados à sobreutilização e à não utilização/subutilização do rastreio do CCU. Obtiveram-se as estimativas de odds ratio ajustado (OR) e respetivo intervalo de confiança a 95% (IC 95%).

Resultados:

Um quarto (n = 197) das participantes nunca utilizaram ou subutilizaram e 50.0% (n = 382) sobreutilizaram o rastreio do CCU. As consultas regulares com o médico de família (OR = 0.44; IC 95%: 0.26-0.76) e o aumento da idade (OR = 0.98; IC 95%: 0.96-1.00) reduziram o risco de não utilização/subutilização do rastreio. As participantes que receberam recomendação/prescrição de rastreio de CCU do médico de família (OR = 1.89; IC 95%: 1.09-3.29) ou do médico e enfermeiro de família (OR = 2.62; IC 95%: 1.10-6.22) apresentaram maior probabilidade de sobreutilização. O aumento do nível de literacia sobre CCU leva a redução do risco de sobreutilização (OR = 0.95; IC 95%: 0.90-1.00) e de não utilização/subutilização (OR = 0.87; IC 95%: 0.82-0.92) do rastreio do CCU. A maioria de participantes que sobreutilizam (52.2%) e que subutilizam (44.2%) o rastreio do CCU reportaram que a frequência de utilização se baseia na prescrição do profissional de saúde. Das participantes que nunca utilizaram o rastreio do CCU, 60.2% reportaram que nenhum profissional de saúde prescreveu o rastreio.

Conclusão:

O aumento da literacia sobre CCU pode otimizar a utilização de rastreio do CCU. Os profissionais de saúde dos cuidados de saúde primários podem desempenhar um papel importante na prevenção da sobreutilização e de não-utilização/subutilização do rastreio do CCU.

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