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Revista Portuguesa de Imunoalergologia

 ISSN 0871-9721

MARCELINO, João; COSTA, Célia; AGUIAR, Pedro    PEREIRA-BARBOSA, Manuel. Identificação de diferentes padrões de resposta ao omalizumab em doentes com urticária crónica espontânea. []. , 26, 2, pp.35-46. ISSN 0871-9721.

^lpt^aIntrodução: O omalizumab está aprovado no tratamento da urticária crónica espontânea (UCE) grave, resistente à terapêutica quádrupla com anti-histaminicos H1 não sedativos (nsAH). No entanto, existem poucos dados que permitam prever a resposta dos doentes com UCE ao omalizumab. O objetivo deste trabalho é procurar identificar preditores/padrões de resposta de doentes com UCE submetidos a omalizumab. Métodos: Estudo retrospetivo (de 2006 a 2015) de doentes com UCE, tratados com omalizumab por um período superior a 6 meses. Realizaram-se estatísticas descritivas e análise estatística com qui-quadrado, odds ratio, modelos lineares generalizados. Resultados: Vinte e três doentes com UCE (3 do género masculino) foram incluídos no estudo. Antes de iniciarem tratamento com omalizumab, todos estavam medicados com dose quádrupla de nsAH, montelucaste e corticoterapia sistémica, e 15 faziam ainda anti-histaminicos H2. Oito doentes tinham tentado tratamento prévio com imunoglobulina G endovenosa, ciclosporina e azatioprina, sem eficácia. O uso de modelos lineares generalizados mostra que por cada administração de omalizumab observou-se uma redução do UAS (urticaria activity score) de 16 % (p <0,001) e do UAS 7 (urticaria activity score 7) de 20 % (p<0,001); as mulheres apresentaram uma redução do UAS de 15 % (p<0,001) e UAS7 de 17 % (p<0,001), comparativamente com os homens, que têm uma redução do UAS de 2 % (p=0,067) e UAS7 de 8 % (p<0,067). Doentes com uma IgE total sérica basal superior a 500kU/L apresentaram uma redução, por administração de omalizumab, do UAS de 28 % (p<0,001) e do UAS7 de 41 % (p<0,001), comparativamente a doentes com IgE total inferior a 100kU/L, que apresentaram uma redução do UAS de 12 % (p<0,001) e do UAS7 de 20 % (p<0,001). Conclusões: A resposta ao omalizumab parece ser mais rápida em doentes com valores de IgE total sérica basal mais elevada e no género feminino. A ausência de resposta a terapêuticas imunomoduladoras prévias não foi preditora de não resposta ao omalizumab.^len^aIntroduction: Omalizumab is approved for severe chronic spontaneous urticaria (CSU), non‑responsive to non‑sedating H1‑antihistamines. However, there is little data to predict patients’ response to omalizumab. We aim to identify possible predictors of response to omalizumab in CSU patients. Methods: Retrospective chart‑review study (2006‑2015), of CSU adults treated with omalizumab for 6 or more months. Statistical analyses: descriptive statistics, chi‑square, odds ratio analysis and generalized linear models. Results: Twenty‑three patients (3 men) were included. Prior to omalizumab, all were medicated with montelukast, quadruple daily dose of non‑sedating H1‑antihistamine and systemic oral corticosteroids; additionally, 15 were on H2‑antihistamines. IVIg, cyclosporine and azatioprine had previously been tried in 8 patients with no efficacy. Using generalized linear models, patients showed a reduction, per omalizumab administration, of 16% (p<0.001) of the UAS (urticaria activity score) score and 20% (p<0.001) of the UAS7 (urticaria activity score 7). Women had a reduction, per omalizumab administration, of the UAS (15%, p<0.001) and UAS7 (17%, p<0.001); compared to men’s UAS (2%, p=0.067) and UAS7 (8%, p=0.067) score’s. Patients with baseline total serum IgE>500kU/L had a reduction, per omalizumab administration, of the UAS (28%, p<0.001) and UAS7 (41%, p<0.001) scores; compared to IgE<100kU/L patients who had a reduction of the UAS (12%, p<0.001) and UAS7 (20%, p<0.001) scores. Conclusions: Response to omalizumab seems to be faster in patients with higher baseline total serum IgE and in women. A lack of response to immune‑modulating therapies prior to omalizumab does not predict a lack of response to omalizumab.

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