28 3 
Home Page  

  • SciELO

  • SciELO


Revista Portuguesa de Imunoalergologia

 ISSN 0871-9721

SOUSA, Rita Albuquerque et al. Angioedema associado aos fármacos inibidores do eixo renina-angiotensina-aldosterona: Experiência do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. []. , 28, 3, pp.141-148. ISSN 0871-9721.  https://doi.org/10.32932/rpia.2020.09.038.

^lpt^aIntrodução: O angioedema isolado é um efeito adverso raro, mas potencialmente fatal, da toma de fármacos inibidores do eixo renina-angiotensina-aldosterona (iRAA). Objetivos: Caracterizar os episódios de angioedema localizados à face e via aérea superior relacionados com a toma destes fármacos nos doentes referenciados ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental. Métodos: Análise retrospetiva observacional dos doentes com diagnóstico de angioedema da região da face e via aérea superior relacionados com a toma de iRAA. Critérios de inclusão: episódios únicos ou recorrentes de angioedema sob terapêutica com iRAA. Foram excluídos doentes com angioedema associado a urticária e hipersensibilidade a anti-inflamatórios não esteroides. Resultados: Amostra constituída por 49 doentes: 23 do sexo feminino, média de idades 67 anos (min=28;máx=93). Os inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA) foram a classe relacionada com o desenvolvimento de angioedema em 77,55% (n = 38), os antagonistas dos recetores da aldosterona (ARA II) em 18,37% (n=9) e a associação dos dois foi encontrada em 4,08% dos casos (n=2). Os locais envolvidos foram: face 44,9% (n=22), via aérea 34,7% (n=17), envolvimento da face e via área 20,4% (n= 10). A taxa de recorrência ao serviço de urgência hospitalar foi de 63,3% (n=31). Foi realizada traqueotomia em um doente. Conclusões: O diagnóstico e a abordagem do angioedema relacionado com os fármacos iRAA representa um desafio. Embora os IECA estejam mais frequentemente associados, os ARA II não podem ser considerados uma alternativa segura aos primeiros.^len^aIntroduction: Although rare, angioedema is an adverse event of the renin-angiotensin-aldosterone system inhibitors (RAAi) that can be fatal due to airway obstruction. Objective: The aim of this study was to describe these episodes in patients referred to a tertiary care hospital in Lisbon, Portugal. Methods: Retrospective observational study. Inclusion criteria: patients diagnosed with angioedema of the face and upper airway, under treatment with RAAi; exclusion criteria: patients diagnosed with angioedema associated to urticaria or hypersensitivity to nonsteroidal anti-inflammatory drugs. Results 49 patients were reviewed, 23 of which were female, median age of 67 years old (min=28; máx=93). Angiotensin-converting-enzyme inhibitors (ACEi) were related to the event in 77.55% of the cases (n = 38), angiotensin II receptor blockers (ARBs) in 18.37% (n=9) and a combination of the two drugs in 4.08%(n=2). The episodes were located to the face region in 44.9% of the cases (n=22); to the airway in 34.7% (n=17); and a combination of the two in 20.4% (n= 10). Patients resort to an emergency department in 63.3% of the cases (n=31). Tracheotomy was necessary in one patient. Conclusions: The diagnosis and management of angioedema related to the RAAi represents a challenge. Although ACEi are more frequently associated with the episodes, ARBs cannot be considered as a safe alternative.

: .

        · | |     · |     · ( pdf )

 

Creative Commons License All the contents of this journal, except where otherwise noted, is licensed under a Creative Commons Attribution License