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Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

VERA-CRUZ, Paulo et al. Atitude expetante? Abordagem portuguesa à otite média com efusão. []. , 30, 3, pp.143-151.   30--2021. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v30.i1.18910.

Introdução e objetivo:

A otite media com efusão (OME) é um importante problema de saúde pública. Existem várias orientações clínicas para o diagnóstico e tratamento, incluindo as da Academia Americana de Otorrinolaringologia - Cirurgia da Cabeça e Pescoço (AAO-HNS). O objetivo deste estudo foi avaliar a prática clínica de diagnóstico e tratamento da OME entre a comunidade de otorrinolaringologistas em Portugal.

Material e métodos:

Foi desenvolvido um questionário baseado nas orientações da AAO-HNS sobre colocação de tubos de ventilação transtimpânicos em crianças, convertendo cada recomendação numa questão e acrescentando outras para melhor caracterizar a população de otorrinolaringologistas e a sua prática.

Resultados:

As respostas dos médicos estiveram de acordo com as “recomendações” e “recomendações contra” enunciadas nas orientações da AAO-HNS. As exceções foram as recomendações relativas à adoção de medidas de evicção de entrada de água no canal auditivo externo em crianças com tubos transtimpânicos e ao uso de fármacos. As questões colocadas fora do âmbito das orientações da AAO-HNS indicaram que 96.7% dos otorrinolaringologistas considera a idade da criança e 49.1% aguarda pelo final do verão para decidir sobre a colocação de tubos transtimpânicos, 68% recomenda banhos de mar e 21.9% recomenda termalismo.

Conclusão:

Os resultados deste estudo demonstram que a abordagem dos otorrinolaringologistas portugueses à OME está de acordo com as orientações clínicas internacionais consensualmente aceites e que estes consideram a estação do ano, banhos de mar e termalismo no tratamento e decisão cirúrgica.

: banhos de mar; estação; orientações clínicas; otite media com efusão; termalismo.

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