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Nascer e Crescer

 ISSN 0872-0754 ISSN 2183-9417

MENDES, Joana et al. Deliberate self-harm in adolescence: a cross-sectional study. []. , 33, 1, pp.12-20.   30--2024. ISSN 0872-0754.  https://doi.org/10.25753/birthgrowthmj.v33.i1.29618.

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Introduction:

The high prevalence of deliberate self-harm (DSH) and its strong association with suicide make the condition a natural target for intervention to prevent harmful consequences for adolescents. The aim of this study was to determine the prevalence of DSH and to characterize DSH patterns and associated risk factors in a sample of adolescents.

Methods:

A cross-sectional study was conducted by applying a questionnaire based on the “Lifestyle and Coping Questionnaire” adapted to the Portuguese language. Adolescents aged between 12 and 17 years attending the outpatient clinic of a secondary-care hospital were invited to participate. Data were analyzed by descriptive, bivariate, and regression analysis using SPSS v.25 software.

Results:

A total of 159 eligible responses were obtained from adolescents with a mean age of 15 years. Of the 25.8% who reported having engaged in DSH, the majority (61%) did so more than once, and the same percentage did not seek help. A statistically significant association was found between DSH and befriending less easily, having a history of bullying, and seeking online information on how to self-harm. A significantly higher risk of self-harm was found among adolescents who had experienced a variety of negative life events (adjusted odds ratio [aOR] 1.47, confidence interval [CI] 1.231-1.1763; p<0.01), whereas having no health problems (aOR 0.356, CI 0.13-0.969; p=0.04) and not using drugs (aOR 0.087, CI 0.012-0.633; p=0.016) were protective factors.

Conclusions:

DSH is a common but often overshadowed problem in adolescents. The findings of this study highlight the need for careful assessment of adolescents with better screening for DSH and associated risk factors.

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Introdução:

A elevada prevalência de comportamentos autolesivos (CAL) e a sua forte associação ao suicídio tornam estes comportamentos um alvo natural de intervenção, de forma a prevenir consequências nefastas nos adolescentes. O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência e caracterizar os padrões de CAL e potenciais fatores de risco associados numa amostra de adolescentes.

Metodologia:

Foi realizado um estudo transversal através da aplicação de um questionário baseado no “Lifestyle and Coping Questionnaire”. Foram convidados a participar adolescentes dos 12 aos 17 anos de idade que recorreram a um hospital de nível II. Os dados foram analisados através de análise descritiva, bivariada e de regressão utilizando o software SPSS v.25.

Resultados:

Foram incluídos 159 questionários de jovens com uma média de 15 anos de idade. Entre os adolescentes, 25,8% afirmaram já ter realizado CAL, sendo que a maioria (61%) fê-lo mais do que uma vez e a mesma percentagem não procurou ajuda. Foi encontrada uma relação estatisticamente significativa entre a apresentação de CAL e dificuldade em fazer amigos, história de bullying e realização de pesquisa online sobre formas de autolesão. Foi detetado um aumento significativo do risco de CAL nos adolescentes que tinham passado por múltiplos eventos de vida negativos (odds ratio ajustado [ORa] 1,47, intervalo de confiança [IC] 1,231-1,1763; p<0,01), enquanto a ausência de problemas de saúde (ORa 0,356, IC 0,13-0,969; p=0,04) e a não utilização de drogas (ORa 0,087, IC 0,012-0,633; p=0,016) foram identificados como fatores protetores.

Conclusão:

Os CAL são um problema de saúde pública e, na maior parte das vezes, não são evidentes. Os resultados deste estudo evidenciam a necessidade de uma abordagem holística dos adolescentes, de forma a identificar precocemente CAL e fatores de risco associados.

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