CRESPO, Fernando. A força da gravidade e a origem do movimento. []. , 38, pp.81-99.   21--2021. ISSN 2182-4452.  https://doi.org/10.31492/2184-2043.rilp2020.38/pp.81-99.

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No centro da ação performativa, vamos encontrar a relação que o corpo estabelece com a força da gravidade. A resistência ou entrega a esta força, a exploração do seu poder sobre o movimento e a presença da ilusão gravitacional noutras produções artísticas multidisciplinares, justificam este estudo. Aprofundam-se os momentos em que o corpo se ergue, movimenta ou é capaz de se orientar, precisamente, quando se opõe à força da gravidade, quando negoceia com esta ou quando se proprioceciona. Na variedade de superfícies de suporte - às qual o corpo se apoia, agarra, pendura, salta e desliza - encontra-se um potencial criativo que resulta da relação de resistência à força da gravidade que o corpo estabelece, num determinado momento, com estas mesmas superfícies. Apresentam-se, também, meios circundantes que transformam, de forma radical, o movimento e sua relação com a gravidade. Por fim, retorna-se ao corpo, ao centro do corpo, para aí encontrar o impulso primordial do movimento.

In the center of a performing action we find the relation established between body and gravity force. The resistance or surrender to this force, the investigation of its power over movement and the presence of gravitational illusion in other multidisciplinary artistic productions are the reasons for this study/reflection.We will explore the moments when the body raises and moves or find orientation, precisely when it resists gravity, when it negotiates with the force or when it becomes aware of its own proprioception. In the diversity of support surfaces - where the body rests, grabs, hangs, jumps or slides - we find a creative potential resulting from the relation of resistance towards the gravity force established by the body with these surfaces, in a precise moment. We will also present the surrounding means that have the potential to radically transform movement and its relation with gravity. Finally, we will return to the body and its core where we will find movement’s primordial impulse.

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