Introduction:

Autism spectrum disorder (ASD) is an early-onset neurodevelopmental disorder whose prevalence is constantly increasing.

Objective:

The aim of the study was to investigate the association between ASD and socioeconomic and demographic factors of parents of children/adolescents in Northern Minas Gerais, Brazil.

Methods:

A case-control study was carried out, consisting of 1,134 children/adolescents, 248 with ASD and 886 without ASD. A semi-structured questionnaire was used and multiple logistic regression was performed.

Results:

Children/adolescents with ASD are more likely to be male (OR: 3.91; 95% CI: 2.67-5.68), children of mothers aged ≥25 years (OR: 2.15; 95% CI: 1.50-3.09), who worked outside the home during pregnancy (OR: 1.52; 95% CI: 1.04-2.24) and that, at the time of the interview, they were not inserted in the labor market (OR: 3.17; 95% CI: 2.44-5.65), white (OR: 1.49; 95% CI: 1.01-2.22), and who performed prenatal care in private institutions (OR: 1.97; 95% CI: 1.38-2.80).

Conclusion:

The socioeconomic and demographic factors associated with ASD are important for the diagnosis and, consequently, for the increase in the number of reported cases. Thus, public policies are needed to allow equal access to the diagnosis and treatment of this disorder.

Introdução:

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do neurodesenvolvolvimento de início precoce, cuja prevalência está em constante aumento.

Objetivo:

investigar a associação entre TEA e fatores socioeconômicos e demográficos de pais de crianças/adolescentes no Norte de Minas Gerais, Brasil.

Métodos:

foi realizado um estudo caso-controle, composto por 1,134 crianças/adolescentes, 248 com TEA e 886 sem TEA. Foi utilizado um questionário semiestruturado e realizada regressão logística múltipla.

Resultados:

crianças/adolescentes com TEA são mais propensos a ser do sexo masculino (OR: 3,91; IC 95%: 2,67-5,68), filhos de mães com idade ≥25 anos (OR: 2,15; IC 95%: 1,50-3,09), que trabalhavam fora de casa durante a gravidez (OR: 1,52; IC 95%: 1,04-2,24) e que, no momento da entrevista, não estavam inseridas no mercado de trabalho (OR: 3,17; IC 95%: 2,44-5,65), brancas (OR: 1,49; IC 95%: 1,01-2,22) e que realizaram pré-natal em instituições privadas (OR: 1,97; IC 95%: 1,38-2,80).

Conclusão:

os fatores socioeconómicos e demográficos associados ao TEA são importantes para o diagnóstico e, consequentemente, para o aumento do número de casos notificados. Assim, são necessárias políticas públicas que possibilitem acesso igualitário ao diagnóstico e tratamento desse transtorno.

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