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Revista Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia
versão impressa ISSN 1646-2122
Resumo
VITAL, Luísa; ALEGRETE, Nuno e LUCAS, Raquel. Correlação clínica e ecográfica em displasia de desenvolvimento da anca. Rev. Port. Ortop. Traum. [online]. 2013, vol.21, n.3, pp.363-370. ISSN 1646-2122.
Objetivo: O objetivo deste estudo foi relacionar os achados clínicos do exame físico com os resultados ecográficos, utilizando o método de Graf para classificação da displasia da anca. Doentes e métodos: Foram analisados retrospetivamente os registos clínicos e ecográficos de doentes nascidos entre janeiro de 2010 e dezembro de 2012, orientados para consulta de Ortopedia Infantil. Foram registados parâmetros do exame clínico e da ecografia e comparados os resultados. Resultados: Foram identificadas 55 crianças (46 do sexo feminino), com uma mediana de idades de 53 dias. Trinta apresentavam pelo menos um critério de risco, sendo a apresentação pélvica o mais prevalente. Das 110 ancas, 80 apresentavam alterações ecográficas. Quarenta e oito ancas apresentavam, pelo menos, uma alteração no exame físico. A sensibilidade e especificidade da ecografia tendo como gold standard o exame clínico foi de 82,6% e 37,7%, respetivamente, considerando uma ecografia positiva quando esta é igual ou superior a classe IIa de Graf. Conclusões: A ecografia pode representar um bom método de rastreio, no entanto, não aumenta de forma significativa a acuidade diagnóstica do exame clínico.
Palavras-chave : Displasia de desenvolvimento da anca; método de Graf; ecografia da anca.