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Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
versão impressa ISSN 2182-5173
Resumo
AIRES, Ana; FERREIRA, André; SANTOS, Alcino e GONCALVES, Rafael. Patologia aguda nos cuidados de saúde primários: um estudo transversal descritivo da realidade numa USF. Rev Port Med Geral Fam [online]. 2021, vol.37, n.1, pp.16-26. Epub 01-Jan-2021. ISSN 2182-5173. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v37i1.12814.
Objetivo:
Caracterizar a consulta de agudos (CA) realizada numa Unidade de Saúde Familiar (USF) ao longo de quatro anos, de acordo com a frequência dos motivos de consulta/diagnóstico e destino dos utentes.
Tipo de estudo:
Estudo transversal, descritivo e analítico, aplicado à clínica.
Local:
USF Alpha, ACeS Baixo Vouga.
População:
Utentes que recorreram à CA de uma USF de janeiro-2014 a dezembro-2017.
Métodos:
Foram estudados todos os episódios de CA ao longo de quatro anos (n=25.810), com recolha de dados relativamente a sexo, idade, distribuição temporal da CA; frequência da CA por utente; diagnóstico e destino dos utentes. Foi feita uma análise descritiva e inferencial com testes não-paramétricos utilizando o programa informático Statistical Package for the Social Sciences (SPSS®), v. 25.0.
Resultados:
Dos episódios de CA, a maioria eram mulheres (n=15.596, 60,4%, p<0,001), com mediana de idade de 40 anos e uma frequência/pessoa de dois episódios no período descrito. A maioria das CA teve lugar no primeiro trimestre do ano, em janeiro, à segunda-feira e às primeiras horas do dia. As patologias mais prevalentes em contexto de CA foram a infeção aguda do aparelho respiratório superior (n=3.744, 17,8%), amigdalite aguda (n=1.326, 6,3%), cistite/infeção urinária (n=987, 4,7%), gastroenterite (n=846, 4,0%) e bronquite/bronquiolite aguda (n=737, 3,5%). Há diferenças significativas no encaminhamento entre médico de família do utente e atendimento por outro médico, encaminhando este último mais para o serviço de urgência (p<0,001) e não havendo diferenças no que diz respeito à necessidade de chamar o INEM (p=0,417).
Conclusão:
Constatou-se haver diferenças de cuidados de saúde entre médicos de família, criando-se a necessidade de haver algoritmos de decisão e de estratificação de gravidade como estratégia de melhoria da acessibilidade e qualidade de cuidados prestados. A educação para a saúde dos utentes é uma estratégia fundamental a trabalhar em contexto de patologia aguda.
Palavras-chave : Cuidados de saúde primários; Patologia aguda; Consulta aberta; Portugal..