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Psicologia, Saúde & Doenças
versão impressa ISSN 1645-0086
Resumo
SILVA, Isabel e JOLLUSKIN, Glória. Relação com animais de estimação está associada com saúde de adultos portugueses?. Psic., Saúde & Doenças [online]. 2021, vol.22, n.1, pp.76-89. Epub 30-Abr-2021. ISSN 1645-0086. https://doi.org/10.15309/21psd220108.
O presente estudo de natureza transversal teve como objetivo analisar se ter um animal de estimação e a forma como o dono se relaciona com ele poderão estar associados a diferenças na saúde. Foram estudados 263 adultos, 82,82% dos quais tinham animais de estimação e 17,18% que não tinham, que responderam a um protocolo que pretendia avaliar variáveis sociodemográficas, qualidade da relação dono-animal e variáveis relacionadas com a saúde. Os resultados revelam globalmente não existirem diferenças significativas entre quem tem e quem não tem um animal de estimação quanto a variáveis relacionadas com a saúde, ainda que os homens que têm um animal apresentem maior bem-estar mental, social e psicológico, e maior satisfação com a vida. Uma maior Proximidade Emocional revelou estar associada a menos sintomas de psicopatologia. Ao mesmo tempo, quanto maiores os Custos Percebidos de ter o animal, pior é a perceção de saúde e de qualidade de vida, e menor o bem-estar mental. Conclui-se que a qualidade da relação estabelecida com o animal é mais importante do que ter um animal de estimação. Face à complexidade dos fatores nela envolvidos, será importante desenvolver estudos longitudinais, com controlo de variáveis sociodemográficas, clínicas e relacionadas com os animais de estimação.
Palavras-chave : animais de estimação; saúde; relação dono-animal de estimação; adultos portugueses.