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Psicologia, Saúde & Doenças
versão impressa ISSN 1645-0086
Resumo
GUEDES, Fábio Botelho et al. Refugiados, migrantes e COVID-19: análise qualitativa do estudo aparttogether/oms. Psic., Saúde & Doenças [online]. 2022, vol.23, n.3, pp.602-613. Epub 31-Dez-2022. ISSN 1645-0086. https://doi.org/10.15309/22psd230302.
O presente estudo tem como principal objetivo perceber quais são as condições que os migrantes e refugiados a viver em Portugal identificam como sendo as mais importantes para lidar com a pandemia da COVID-19, assim como perceber de que forma conseguirão ajudar outros migrantes e refugiados a lidar com a pandemia. Trata-se de um estudo qualitativo com análise de conteúdo, integrado no estudo internacional ApartTogether em colaboração com a Organização Mundial de Saúde. Responderam ao questionário 330 indivíduos, com uma média de idades de 35,25±11,21 anos, dos quais 62% (n=183) são do género feminino. Os resultados indicam que as condições identificadas pelos indivíduos migrantes ou refugiados como importantes para ajudar a lidar com a pandemia da COVID-19 são a proximidade com a família e amigos, os pensamentos positivos e o facto de manterem ou conseguirem trabalho, assim como apoio financeiro (uma vez que muitos perderam o emprego na pandemia e face às medidas de confinamento). O apoio emocional e as situações de voluntariado/doação de alimentos e produtos essenciais foram referidas como condições criadas por migrantes ou refugiados para ajudar terceiros a lidar com a pandemia. É importante ter em conta as populações migrantes e refugiadas aquando da delineação de planos e estratégias para a prevenção e combate à pandemia da COVID-19. É igualmente necessário ter presente as características e as necessidades específicas desta população, para o combate das desigualdades sociais.
Palavras-chave : Portugal; Migrantes; Refugiados; COVID-19.