Serviços Personalizados
Journal
Artigo
Indicadores
- Citado por SciELO
- Acessos
Links relacionados
- Similares em SciELO
Compartilhar
Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
versão impressa ISSN 2182-5173
Resumo
PEREIRA, Mariana Pinho; CARVALHO, Joana Barros e CUCO, Filomena. Seguimento da SAOS numa Unidade de Saúde Familiar: avaliação e melhoria contínua da qualidade. Rev Port Med Geral Fam [online]. 2023, vol.39, n.3, pp.211-217. Epub 30-Jun-2023. ISSN 2182-5173. https://doi.org/10.32385/rpmgf.v39i3.12654.
Objetivo:
Melhorar a qualidade do seguimento nos cuidados de saúde primários (CSP) de doentes com SAOS, através da realização de avaliação clínica adequada.
Tipo de estudo:
Quasi-experimental, pré pós-intervenção.
Local:
Unidade de Saúde Familiar (USF) Buarcos.
População:
Utentes com prescrição de ventiloterapia, entre 01.07.2016 e 31.12.2016 (1.ª avaliação) e entre 01.07.2017 e 31.12.2017 (2.ª avaliação), com diagnóstico de SAOS e alta hospitalar.
Método:
Critérios avaliados: (1) consulta médica presencial anual; (2) registo da adesão e eficácia da ventiloterapia (pela leitura dos relatórios dos cuidados respiratórios domiciliários [CRD]); (3) aplicação da Escala de Epworth (EE); (4) avaliação de efeitos secundários. Primeira avaliação e intervenção em janeiro 2017: divulgação dos resultados; folheto para análise dos relatórios e EE; contacto com empresas de CRD. Segunda avaliação: janeiro 2018. A eficácia da intervenção traduzir-se-ia num aumento de registos dos critérios de adesão e eficácia terapêutica, da aplicação e registo da EE, e da avaliação dos efeitos secundários da ventiloterapia. Definiu-se como meta de cumprimento, num ano, 90% para o primeiro critério e 40% para cada um dos restantes critérios.
Resultados:
Após a intervenção verificou-se um aumento de 12% (p=0,0773) no cumprimento simultâneo de todos os critérios, com um aumento estatisticamente significativo do registo da adesão e eficácia da ventiloterapia (2.º critério) (de 14% para 58%, p=0,0002).
Conclusões:
Após a intervenção verificou-se, de forma global, uma melhoria no seguimento dos doentes com SAOS: em 12% dos utentes foram cumpridos todos os critérios; apesar de não ser estatisticamente significativo contrasta com a primeira avaliação em que nenhum utente estava devidamente monitorizado. A ventiloterapia é eficaz e os métodos para avaliação da adesão e eficácia são simples. Este estudo pretende iniciar um trabalho contínuo nesta patologia com grande impacto na morbimortalidade, mas ainda distante dos principais indicadores de saúde dos CSP.
Palavras-chave : SAOS; Cuidados de saúde primários; Ventiloterapia.