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Etnográfica
versão impressa ISSN 0873-6561
Resumo
GUIZARDI, Menara. Quando as fronteiras transnacionalizam as pessoas: repensar o transnacionalismo migrante na tríplice fronteira andina. Etnográfica [online]. 2018, vol.22, n.1, pp.169-194. ISSN 0873-6561. https://doi.org/10.4000/etnografica.5197.
O artigo resulta de estudos etnográficos realizados em territórios do Norte chileno adjacentes ao Peru e à Bolívia. Os resultados da pesquisa sugerem que as atividades dos habitantes transfronteiriços geram fricções entre a inscrição local das práticas sociais e a transnacionalização de conhecimentos, economias e memórias. Estas fricções atualizam situacionalmente as identidades nacionais nestes espaços. Nas últimas duas décadas, predominou nos estudos migratórios a conceção de que os cruzamentos de fronteira pelos migrantes articulam campos sociais transnacionais entre origem e destino, conduzindo a uma “globalização por baixo”. Os achados etnográficos desafiam esta conceção, pois as redes sociais e práticas que interconectam as áreas estudadas antecedem o estabelecimento das fronteiras nacionais. Não foram as comunidades que transnacionalizaram os territórios, foram as fronteiras. Ilustrarei esta afirmação seguindo etnograficamente a Joana, pastora aimará que encontrou uma solução transnacional para a falta de sucessores nas suas atividades de pastoreio.
Palavras-chave : fronteiras; transnacionalismo; migração; tríplice fronteira andina; pastoreio.