SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
 número200Depoimento de um dos fundadores da Análise Social: Ab initio índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Análise Social

versão impressa ISSN 0003-2573

Anál. Social  n.200 Lisboa  2011

 

Mensagem

 

Jorge Vala*

* Director do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

 

Com a presente edição da Análise Social comemoramos uma longa jornada: 200 números, num percurso cujos 50 anos celebraremos em 2013.

A Análise Social começou o seu caminho sob a direcção de J. Pires Cardoso, a quem se seguiu Adérito Sedas Nunes. Foram depois directores da revista Manuel Braga da Cruz, António Barreto, Manuel Villaverde Cabral, José Machado Pais e Pedro Lains. A João de Pina-Cabral cabe dirigir a Análise Social no seu presente aniversário.

A fundação da Análise Social quase se confunde com a fundação das ciências sociais em Portugal, e o percurso das ciências sociais em Portugal está bem reflectido nos trabalhos publicados na revista. Nos últimos anos, o número de revistas disciplinares nesta área aumentou significativamente, mostrando o incremento da investigação neste domínio e o aprofundamento da sua especialização. Ora, uma das marcas da Análise Social desde o seu início é a sua interdisciplinaridade, é o facto de colocar lado a lado pesquisas e reflexões teóricas disciplinarmente heterogéneas, contribuindo para o enriquecimento das diversas disciplinas através do contacto e da migração de conceitos e procedimentos metodológicos. É esta dimensão de inovação e criatividade que faz dela uma revista de referência onde muitos procuram publicar, e onde muitíssimos encontram fonte de inspiração. Por exemplo, a taxa de aceitação de artigos em 2010 foi de 50%, e os downloads de artigos atingiram nesse mesmo ano o impressionante número de 730 000.

Contudo, o sucesso de uma revista científica não se reflecte apenas no número de leitores ou no número de investigadores que a procuram para nela publicarem, mas no seu impacto intelectual e na contribuição para o avanço do conhecimento científico. Em todas as áreas das ciências sociais, foram publicados textos na Análise Social que marcaram e marcam o percurso dessas áreas no nosso país.

Se relermos o admirável texto de Sedas Nunes1 sobre a história do GIS--ICS e das ciências sociais em Portugal, entendemos a enorme dimensão do contributo único da Análise Social. Estamos, pois, a celebrar uma revista que percorreu um longo caminho com um enorme vigor e impacto.

O projecto primordial dos fundadores da revista continua actual, na formulação que lhe deu Adérito de Sedas Nunes: “vimos porque queremos o saber, e também porque queremos mais justiça; mas não queremos o saber apenas para que possa haver mais justiça; dar gosto ao gosto de saber também é de justiça”.2

 

Notas

1 “Histórias, uma história e a história – sobre as origens das modernas ciências sociais em Portugal”. Análise Social, vol. xxiv, n.º 100, pp. 11-55.        [ Links ]

2Ibid., p. 24.

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons