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Angiologia e Cirurgia Vascular
versão impressa ISSN 1646-706X
Resumo
LOBO, Rita Ataíde e ROMAO, Fátima. Hormonas sexuais femininas e trombose venosa profunda. Angiol Cir Vasc [online]. 2011, vol.7, n.4, pp.208-214. ISSN 1646-706X.
O tromboembolismo venoso é uma doença grave. Embora raramente fatal, leva frequentemente a elevada morbilidade, associada à síndrome pós-trombótica. Como factores etiopatogénicos da trombose venosa (TV) continuam-se a considerar-se os clássicos da tríade de Virchow, descrita em 1895: estase venosa, alteração de factores de coagulação, no sentido de hipercoagulação e lesão do endotélio venoso. A incidência de trombose aumenta lentamente com a idade, sendo de cerca de 160 por 100,000 habitantes/ano. Quando analisamos a incidência em mulheres vemos que esta está aumentada, sobretudo na gravidez - 60 por 100,000/ano -, mas também em utilizadoras de contraceptivos orais combinados (COC) - 15 a 25 por 100,000/ano - e de terapêutica hormonal (TH) para tratamento da menopausa - 10 por 100,000/ano. Sendo o risco de morte súbita associado a complicações major de 20% por embolia pulmonar (EP) e de 1-2% por trombose venosa. Os moduladores selectivos dos receptores de estrogéneos (SERMs) são moléculas que actuam ligando-se aos receptores de estrogéneos, induzindo uma acção metabólica que pode ser agonista ou antagonista dos estrogéneos, consoante o tecido alvo. Os mais utilizados, raloxifeno e tamoxifeno, estão associados a um aumento do risco para tromboembolismo (TE) venoso de cerca de, três e sete vezes, respectivamente.
Palavras-chave : Contraceptivos orais combinados; tromboembolismo venoso; terapêutica hormonal para menopausa; SERMs.