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Acta Portuguesa de Nutrição
versão On-line ISSN 2183-5985
Resumo
D`AGUA, Mafalda Rodrigues Guapo Borda; SA, Mariana de Oliveira; SERRANO, Mariana Seoane e LAGE, Vera Mónica Carneiro. CONSUMO DE OVOS E DOENÇAS VASCULARES - QUAL A SUA ASSOCIAÇÃO?. Acta Port Nutr [online]. 2022, n.30, pp.40-45. Epub 04-Mar-2023. ISSN 2183-5985. https://doi.org/10.21011/apn.2022.3007.
INTRODUÇÃO:
Apesar dos ovos serem ricos em nutrientes são a principal fonte de colesterol na dieta. A associação entre o consumo regular de ovos e o risco de doença cardiovascular é incerta. Assim, esta Revisão Baseada na Evidência tem como objetivo clarificar o efeito do consumo de ovos nas doença cardiovascular em adultos sem eventos cardio e cerebrovasculares prévios.
METODOLOGIA:
Pesquisa bibliográfica aplicando os termos MeSH “Eggs" and "Cardiovascular Diseases". Incluídos estudos publicados nos últimos 5 anos segundo os critérios: (P) Adultos sem história de doença cardiovascular estabelecida; (I) Consumo de ovos; (C) Ausência/menor consumo de ovos; (O) Eventos Cardiovasculares. Para avaliação dos níveis de evidência e atribuição de forças de recomendação recorreu-se à escala SORT da American Family Physician. Após leitura dos resumos e aplicação simultânea dos critérios de inclusão e exclusão selecionaram-se apenas 3 artigos: 1 meta-análise e 2 revisões sistemáticas com meta análise (nível de evidência 2).
RESULTADOS:
A meta-análise demonstrou que a ingestão de até 6 ovos/semana está inversamente associada a eventos Cardiovasculares e que o consumo de até 1 ovo/dia foi associado a uma diminuição da incidência de doença cardiovascular. Além disso, nenhuma associação foi relacionada com o risco de acidente vascular cerebral. Uma das revisões sistemáticas /meta-análise demonstrou que um maior consumo de ovos (> 1 ovo/dia) não foi associado ao aumento do risco de doença cardiovascular nem de acidente vascular cerebral, mas sim, à redução do risco de doença coronária. Por sua vez, a outra revisão sistemática /meta- análise também mostrou que o consumo moderado de ovos não está associado a um aumento do risco de doença cardiovascular. CONCLUSÕES: As evidências atuais não são suficientes para considerar o consumo de ovos prejudicial à saúde, nem para generalizar potenciais efeitos prejudiciais em indivíduos sem eventos Cardiovasculares prévios. Portanto, enquanto se aguarda por um melhor design dos estudos, não há necessidade de desencorajar o consumo de ovos ao nível desta população.
Palavras-chave : Doenças cardiovasculares; Ovos; Revisão Baseada na Evidência.