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Nascer e Crescer
versão impressa ISSN 0872-0754versão On-line ISSN 2183-9417
Resumo
RANGEL, Maria Adriana; LOUREIRO, Graça e PINTO, Mariana. Caso imagiológico. Nascer e Crescer [online]. 2018, vol.27, n.1, pp.61-64. ISSN 0872-0754.
Introdução: O cephalohematoma é uma coleção sero-hemática subperióssea e é o traumatismo craniano mais frequente do recém-nascido, ocorrendo em 0,2-2,5% dos nados vivos. A maioria sofre regressão espontânea pelas três a quatro semanas de vida, sendo que uma minoria persiste após as quatro semanas, podendo evoluir para calcificação. Caso Clínico: Lactente de sete semanas, sexo masculino, referenciado ao serviço de urgência por tumefação craniana na região parietal direita. Nascido de parto distócico por ventosa; observou-se cefalohematoma nos primeiros dias de vida, o qual diminuiu progressivamente de tamanho, tornando-se mais rígido. Sem qualquer outra sintomatologia. Ao exame físico era notória, uma assimetria craniana e uma tumefação na região parietal direita, dura e fixa à palpação do crânio. A radiografia de crânio revelou uma tumefação radiopaca parietal direita, associada a uma linha arqueada mal definida, bem como microcalcificações na parte central do cefalohematoma, achados típicos de um cefalohematoma calcificado. Conclusão: Embora o cefalohematoma seja frequentemente observado, o cefalohematoma calcificado é visto apenas esporadicamente e é uma entidade clínica rara. A história clinica e exame físico são importantes para o diagnóstico diferencial e planificação do estudo imagiológico. A radiografia e a ecografia são habitualmente os exames de primeira linha seguidas pela ressonância magnética ou tomografia computorizada. As características da radiografia de crânio, neste caso clínico, foram particularmente sugestivas do diagnóstico.
Palavras-chave : Cefalohematoma calcificado; recém-nascido; traumatismos do nascimento.