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Revista Lusófona de Estudos Culturais (RLEC)/Lusophone Journal of Cultural Studies (LJCS)
versão impressa ISSN 2184-0458versão On-line ISSN 2183-0886
Resumo
DA SILVA RIBEIRO, José. Jean Rouch, Cineasta, Antropólogo, Engenheiro, Africano Branco. RLEC/LJCS [online]. 2023, vol.10, n.1, pp.173-195. Epub 30-Jun-2023. ISSN 2184-0458. https://doi.org/10.21814/rlec.4422.
No encontro de Jean Rouch com Manoel de Oliveira, este situou-o e situou o seu cinema como mais africano que europeu e Jocelyne Rouch identificou-o com o título do filme Moi, un Noir (Eu, um Negro; Rouch, 1958) - é ele. Rouch é também engenheiro de pontes e estradas. Não admira, pois, que a poética do ferro e do aço esteja presente no seu cinema, ao lado de Manoel de Oliveira. As pontes e os caminhos de Rouch são também entre pessoas, culturas, sociedades. É, pois, notável a relação do real como imaginado nos seus filmes - o fascínio pelos rituais autênticos dos dogon e os fenómenos de possessão e uma antropologia moderna virada para as pessoas deslocadas, migrantes que viviam em grandes cidades, e para a vida urbana. Procuramos abordar neste texto quatro dimensões do percurso de Jean Rouch: situá-lo no contexto do filme etnográfico, revisitar os arquivos de Chronique d’un Été (Crónica de um Verão; Rouch & Morin, 1960) 50 anos depois de sua realização, o encontro de Rouch com os dogon e a “poética do ferro e do aço” partilhada com Manoel de Oliveira, remetendo para sua dimensão de engenheiro, cineasta e antropólogo, consciente de que ficaram de fora dimensões igualmente importantes, mas que não cabem nesta reflexão1.
Palavras-chave : filme etnográfico; Jean Rouch; Manoel de Oliveira; dogon; antropologia visual.