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Cadernos do Arquivo Municipal
versão On-line ISSN 2183-3176
Resumo
RIJO, Delminda Maria Miguéns. Palácio dos Estaus de Hospedaria Real a Palácio da Inquisição e Tribunal do Santo Ofício. Cadernos do Arquivo Municipal [online]. 2016, vol.ser2, n.5, pp.19-49. ISSN 2183-3176.
Erigido na frente norte do terreiro do Rossio, encostado à muralha fernandina, o palácio dos Estaus evoluiu no decurso de quase quatro séculos de existência de uma construção dimensionada para acolher embaixadores estrangeiros, fidalgos e episodicamente a Corte, para um complexo eclesiástico de tipo judicial e administrativo. Elevado a sede da Inquisição de Lisboa, foi organizado em estruturas administrativas, prisionais, habitacionais e outros anexos num conjunto que desde a fundação se evidenciou na imagem urbana de Lisboa, não só pela robustez de quase baluarte, como pelo poderoso simbolismo que atravessou toda a Modernidade. Destruído pelo terramoto, de novo erigido e de permeio a várias identidades, no seu culminar, das cinzas nasceu outro palácio, desta feita, um símbolo da cultura, o teatro D. Maria II.
Palavras-chave : Palácio dos Estaus; Conselho Geral do Santo Ofício; Inquisição; Rol de confessados; População.