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Ciência e Técnica Vitivinícola

versão impressa ISSN 0254-0223

Ciência Téc. Vitiv. v.19 n.1 Dois Portos jun. 2004

 

COMPARAÇÃO AMPELOMÉTRICA DE POPULAÇÕES SELVAGENS DE VITIS VINIFERA L. E DE CASTAS ANTIGAS DO SUL DE PORTUGAL.

 

I. Coelho (1), J. Cunha (1) J.P. Cunha (1), L. C. Carneiro (2), R. Castro (3), J. E. Eiras Dias (1)

 

(1) INIAP. Estação Vitivinícola Nacional. Quinta de Almoinha, 2565-191. DOIS PORTOS. Portugal. E-mail: inia.evn@oninet.pt

(2) INIAP. Estação Agronómica Nacional, Av. da República, Nova Oeiras, 2784-505 OEIRAS, Portugal

(3) Instituto Superior de Agronomia, Tapada da Ajuda, 1349-017 LISBOA, Portugal

(Manuscrito recebido em 27.04.04. Aceite para publicação em 28.06.04.)

 

 

RESUMO

Neste estudo pretende-se analisar as semelhanças existentes entre 11 castas antigas cultivadas no Alentejo e 3 populações de Vitis vinifera spp sylvestris (Gmel) Hegi recentemente detectadas na mesma região, usando métodos ampelometricos. Assim, caracterizaram-se as castas e as populações selvagens através de medições lineares na folha adulta. Para a comparação entre as duas subespécies de Vitis vinifera L. foram utilizados métodos de taxonomia numérica. A comparação entre as castas cultivadas e as videiras selvagens mostrou que é possível distinguilas através dos parametros utilizados na caracterização ampelométrica. Esta distinção decorre principalmente no recorte da folha e no tamanho do lóbulo C, consequentemente no grau de abertura do seio peciolar. Verificou-se também que a casta Marufo apresenta maior semelhança com as plantas da população silvestre de Castelo Branco do que com as castas cultivadas. Pode ainda concluir-se que, as videiras sylvestris possuem seio peciolar mais aberto e folhas mais pequenas que as variedades cultivadas.

Palavras chave: ampelometria, casta, Vitis vinifera spp sylvestris, taxonomia numérica.

 

RÉSUMÉ

Comparaison ampelomètrique des populations sauvages de Vitis vinifera L. et d’anciens cépages du Sud du Portugal

Dans cet étude on veut déterminer les ressemblances qui existent entre les 11 variétés cultivées en Alentejo et 3 populations de Vitis vinifera spp sylvestris (Gmel) Hegi, en utilisant la ampelometrie. Les variétés et les populations sont caractérisés par des mesurages linéaires de la feuille adulte. Par la comparaison entre les deux subspecies de Vitis vinífera L. ont a utilisé des méthodes de taxonomie numérique. La comparaison entre les variétés cultivées en Alentejo et les vignes sauvages a démontré qu’il est possible leur distinction par des paramètres qu’on utilise dans la caractérisation ampelomètrique. Cette distinction est faite en utilisant le profundis des sinus latéraux et dans le mesurage du lobe C, en conséquence, le degré d’ouverture du sinus pétiolaire. Nous avons aussi vérifié que le cultivar Marufo est plus proche de la population sauvage de Castelo Branco que des variétés cultivées. On a vérifié aussi que les vignes sauvages ont le sinus pétiolaire plus ouvert et les feuilles plus petites que les variétés cultivées.

 

SUMMARY

Ampelometric comparison of wild vine Vitis vinifera L. populations and old grapevine cultivars of the south of Portugal.

The aim of this study is to determine the similarities among 11 grapevine cultivars cultivated in Alentejo and 3 Vitis vinifera spp sylvestris (Gmel) Hegi populations, using ampelometric characteristics. Therefore, the cultivars and the wild populations were characterized using linear measurements of the adult leaf. The comparison of both Vitis vinifera subspecies was made using numerical taxonomy methods. The comparison between grapevine cultivars and wild plants showed that it is possible to differentiate both using these ampelometric characteristics. This distinction is based on the leaf’s shape and the size of the C lobe, consequently, the opening of the petiole sinus. It was verified that the cultivar Marufo presented more similarities with the wild plants that belong to the population of Castelo Branco than with the other grapevine cultivars. It is also possible to conclude that wild grapevines possess, in general, a wider petiole sinus and smaller leaves than the cultivars.

Key words: ampelometrie, cultivar, Vitis vinifera spp sylvestris, numerical taxonomy.

 

 

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