Serviços Personalizados
Journal
Artigo
Indicadores
- Citado por SciELO
- Acessos
Links relacionados
- Similares em SciELO
Compartilhar
Análise Psicológica
versão impressa ISSN 0870-8231
Aná. Psicológica v.16 n.3 Lisboa set. 1998
Atitudes de Técnicos de Saúde e Interrupção Voluntária da Gravidez
José L. Pais Ribeiro (*)
Teresa Araújo (**)
RESUMO
A interrupção voluntária da gravidez é um tema controverso nos países de influência cultural católica. Na prática deste acto há um grupo de técnicos que joga um papel importante na sua consecução: o pessoal do sistema de cuidados de saúde. A presente investigação é um estudo exploratório que visa descrever as atitudes dos técnicos de saúde relativamente a esta prática. Os participantes (72,72% do sexo feminino) formaram uma amostra não aleatória, de oportunidade, constituída por 66 sujeitos que acederam participar. Foi construído um questionário anónimo e confidencial, auto preenchido, que incluía 27 afirmações listando atitudes perante a IVG, a que os sujeitos respondiam numa escala tipo Likert. Os resultados foram descritos tomando em consideração que os itens do questionário podia ser considerados como uma escala ou um questionário, e foram considerado grupos formados em função da profissão, do sexo, da idade e da religião. Os resultados são apresentados e discutidos quer cada afirmação por si quer agrupadas em sub-escalas.
Palavras-chave: aborto, atitudes, profissionais de saúde.
ABSTRACT
Abortion is an illegal procedure in Portugal except in some extreme situations, until the 10th week of pregnancy. The aim of this study is to identify the attitude of Portuguese health professionals towards abortion. An opportunistic sample with 66 medical doctors, nurses, and psychologists, social workers and educators, gave answers to an attitude questionnaire with 27 items about abortion. The analysis of results shows conflicting attitudes between the sexes, the various professions, religions, and age groups. It also shows conflicting attitudes, with extreme groups stating that they are in favour of abortion and at the same time, the same respondents, saying that abortion is a very stressfull procedure.
Key words: abortion, attitude, health professionals.
Texto completo disponível apenas em PDF.
Full text only available in PDF format.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Ajzen, I. (1988). Attitudes, personality, and behavior. Milton Keynes: Open University Press. [ Links ]
Allen, D., & Reichd, P. (1974). Attitudes to abortion. British Medical Journal, 2, 69.
Devereux, G. (1960). A study of abortion in primitive societes. New York: International Universities Press, Inc.,
DEPS (1995). Elementos estatísticos: Saúde/1993. Lisboa: Departamento de Estudos e Planeamento da Saúde, Ministério da Saúde.
Dillman, D. (1978). Mail and thelephone surveys: the total design method. New York: John Wiley & Sons.
Henerson, M., Morris, L., & Fitz-Gibbon, C. (1978). How to measure attitudes. London: Sage Publications.
Kelman, H. (1974). Attitudes are alive and well and gainffully employed in the sphere of action. American Psychologist, 29, 310-324.
Mascovich, P. (1973). Attitudes of obstetric and gynecologic. In Rosenthal & F. R. Young (Eds.), Psychiatric aspects of abortion (233-251). New York: American Psychiatric Press.
MS (1997). A saúde dos portugueses. Lisboa: Ministério da Saúde, Direcção-Geral da Saúde.
Nathanson, C., & Becker, M. (1980). Obstetricians attitudes and hospital abortion serviçes. American Journal Obst. et Gynecol., 12, 26.
Organização Mundial de Saúde (1983). L' Avortement spontané ou provoqué 5.
Rosen, A.-S. (1992). Beliefs, attitudes, and intention in the context of abortion. Journal of Applied Social Psychology, 22 (18), 1464-1480.
Savage, W., & Francone, C. (1989). Gynecologists attitude to abortion. In M. Rosenthal, & F. R. Young (Eds.), Psychiathic aspects of abortion (113-134). New York: American Psychiatric Press.
Sihvo, S., Hemminki, E., Kosunen, E., & Koponen, P. (1998). Quality of care in abortion services in Finland. Acta Obstet. Gynecol. Scand., 77, 210-217.
Werkey, H. (1973). Medicine, nursing social work professionais and birth control. American Journal of Obstetrics and Gynecology, 110, 730-733.
(*) Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa. Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto.
(**) Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa.