Escola e representações sociais da inteligência

 

Virgilio Amaral(*)

 

RESUMO

Neste artigo procede-se a uma revisão de trabalhos empíricos articulando teorias de senso comum sobre a inteligência com dinâmicas escolares, dando-se particular relevo a pesquisas que se inserem no filão de estudos da teoria das representações sociais. As investigações são analisadas nas dimensões sociogenética e ontogenética das teorias de senso comum sobre a inteligência. A teoria das concepções pessoais sobre a inteligência, desenvolvida por Carol Dweck, é também analisada, sendo referidas algumas conclusões de um interessante estudo português, que articula factores ontogenéticos e sociogenéticos.

Palavras-chave: Escola, inteligência, representações sociais.

ABSTRACT

In this article, the author proceed to a review of researches on social common sense theories about intelligence – a number of them with reference to the social representations theory – and its articulations with school dynamics. The researches are analysed following the sociogenetic and the ontogenetic dimensions of the common sense theories about intelligence. Finally, the theory of the personal conceptions of intelligence, developed by Carol Dweck, it is also analysed, and some conclusions of a interesting portuguese research, articulating ontogenetic and sociogenetic factors of this kind of lay theories, are refereed.

Key words: School, intelligence, social representations.

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Amaral, V. (1997). Níveis de análise da ancoragem das representações sociais da inteligência e do seu desenvolvimento: das posições sociais objectivas às identidades sociais. Análise Psicológica, 15 (2), 305-317.         [ Links ]

Carugati, F., Selleri, P., & Bison, I. (1994). Compagni intelligenti e compagni bravi a scuola. Rassegna di Psicologia, 11 (2), 29-52.

Dweck, C., & Elliot, E. (1983). Achievement motivation. In P. Mussen & E. Hetherington (Eds.), Handbook of child psychology, Vol. IV: Social and personality development. New York, Wiley.

Dweck, C., Chiu, C., & Hong, Y. (1995). Implicit theories and their role in judjements and reactions: a world from two perspectives. Psychological Inquiry, 4, 267-285.

Faria, L. (1995). Desenvolvimento diferencial das concepções pessoais de inteligência durante a adolescência. Tese de Doutoramento, Universidade do Porto, Porto.

Gilly, M. (1989). Les représentations sociales dans le champ educatif. In D. Jodelet (Ed.), Les représentations sociales. Paris: PUF.

Herrstein, R., & Murray, C. (1994). The bell curve. Boston: Little, Brown & Co.

Mehan, H. (1978). Srtucturing school stucture. Harvard Educational Review, 48, 32-64.

Mugny, G., & Carugati, F. (1984). L’intelligence au pluriel. Cousset: DelVal.

Poeschl, G. (1992). L’intelligence: un concept à la recherche d’un sens. Tese de Doutoramento, Université de Genève, Genève.

Raty, H., & Snellman, L. (1993). Bad and sucessful: children’s image of an intelligent person. Poster ao III Congress of Psychology, 4-9 Julho, Tampere, Finland.

 

(*) Instituto Superior de Psicologia Aplicada. Membro da UIPCDE.