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Revista de Ciências Agrárias
versão impressa ISSN 0871-018X
Rev. de Ciências Agrárias vol.40 no.spe Lisboa dez. 2017
https://doi.org/10.19084/RCA16183
ARTIGO
Agrimonia eupatoria L.: Atividade farmacológica e interações medicamentosas
Agrimonia eupatoria L.: Pharmacological activity and medicinal interactions
Maria Ribeiro
Departamento de Ciências Sociais e Exatas, Escola Superior Agrária, Instituto Politécnico de Bragança, Portugal
Centro de Estudos Transdisciplinares para o Desenvolvimento, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Vila Real, Portugal
(E-mail: xilote@ipb.pt)
RESUMO
Nos últimos anos observa-se, a nível mundial, um aumento considerável do uso de plantas medicinais nos cuidados de saúde primários. Este trabalho de investigação teve como objetivos, descrever e caraterizar Agrimonia eupatoria L. em termos das suas propriedades farmacológicas e interações medicamentosas. Tendo em conta os constituintes, são várias as ações referidas para esta espécie: antidiabética, anti-tumoral, antibacteriana, antiviral, dermatológica, gastrointestinal, diurética, metabólica, antidiarreica, colagoga, hepatoprotectora, analgésica, hipotensora, imunomoduladora, urolítica, cardioprotectora, antirreumática, antioxidante, anti-inflamatória e anticoagulante. Quando ingeridos em doses excessivas, os constituintes da planta podem interagir com as terapias que recorrem ao uso de anticoagulantes e anti- hipertensores e, na generalidade, com a ação de fármacos metabolizados no fígado. Foram encontradas interações farmacocinéticas do tipo sinergismo de potenciação com anticoagulantes e medicamentos anti-hipertensivos. Apesar da intensificação de pesquisas acerca das plantas medicinais ainda se desconhecem muitas das suas interações com outros medicamentos. Ainda assim, a maioria dos utilizadores não relata o seu uso ao profissional de saúde. Tal como é defendido por vários investigadores, na prática clínica, questionar os pacientes sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos é determinante para prevenir de interações planta-medicamento.
Palavras-chave: Agrimonia eupatoria, atividade farmacológica, interações, planta medicinal.
ABSTRACT
In recent years there has been, worldwide, a considerable increase in the consumption of medicinal plants. This research aimed to describe and characterize the Agrimonia eupatoria L. about pharmacological properties and medicinal interactions. Taking into account the constituents, the plant exhibits pharmacologic and therapeutic action, anti-diabetic, antitumor, antibacterial, antiviral, dermatological, gastrointestinal, diuretic, metabolic, antidiarrheal, bile duct, hepatoprotective, analgesic, antihypertensive, immunomodulatory, urolithic, cardioprotective, antirheumatic, antioxidant, anti-inflammatory and anticoagulant. When taken in excessive doses, the constituents of the plant may interact with therapies that use anticoagulation and antihypertensive therapy and, in general, with the action of other medicaments metabolized in the liver. Pharmacokinetic interactions of the potentiation synergism type were found with anticoagulants and antihypertensive medicines. Despite the intensification of research on medicinal plants, many of their interactions with other medicaments are still unknown. Nevertheless, most users do not report their use to the health professional. As advocated by several researchers in clinical practice, to question patients about the use of medicinal plants and herbal medicaments is crucial to prevent plant-medicine interactions.
Keywords: Agrimonia eupatoria, pharmacological activity, interactions, medicinal plant.
INTRODUÇÃO
A utilização popular de plantas medicinais baseia-se num saber milenário, transmitido ao longo das gerações, constituindo na maioria das vezes o único recurso em termos de cuidados médicos, curativos ou preventivos (Neves et al., 2008). Nos últimos anos observa-se, a nível mundial, um aumento considerável do uso de plantas medicinais naturais nos cuidados de saúde primários (Ahmed et al., 2016). Incentivado pelo aparecimento de novas doenças que ainda não apresentam tratamento adequado; pela propagação da ideia do que é natural é sempre saudável; pela perceção de que os medicamentos naturais são superiores aos sintéticos; pelas dificuldades de acesso aos serviços de saúde e pelos elevados preços dos remédios alopáticos. A cultura popular na utilização de plantas medicinais, trazida através dos tempos, contribui para o uso indiscriminado de plantas medicinais dentro do contexto da automedicação. Para além disso, o fácil acesso às plantas medicinais incentiva a procura do medicamento mais acessível economicamente (Nicoletti et al., 2007).
Este trabalho teve como objetivos descrever e caraterizar Agrimonia eupatoria L. em termos das suas propriedades farmacológicas e interações medicamentosas. Para a elaboração deste trabalho realizou-se um levantamento bibliográfico em bases de dados, nomeadamente, Medscape, Infomed, PubMed, MEDLINE, Scopus, RCAAP e SCIELO. Foram utilizados com maior frequência, os descritores, Agrimonia, eupatoria, interações, constituintes e propriedades farmacológicas.
Distribuição
Agrimonia eupatoria é uma planta herbácea, autóctone da Europa do Norte e Central, Ásia temperada e América do Norte (Ahmed et al., 2016). É, frequentemente, encontrada em todos os terrenos, em especial nos argilosos, desde que bem expostos ao sol. Cresce em solos húmidos e/ou moderadamente secos (Ivanova et al., 2011). Geralmente é encontrada em áreas montanhosas do Paquistão, colinas da Pérsia, Sibéria, Java, América do Norte, Roma e Índia (Khan et al., 2013). Na europa encontra-se por toda a parte (Forey e Lindsay, 1997) e, em Portugal, existe em quase todo o país (Proença da Cunha et al., 2002; Proença da Cunha, 2005; Araújo et al., 2014).
Caraterização botânica
A espécie Agrimonia eupatoria, vulgarmente conhecida como agrimónia, pertence à família Rosaceae. A planta inteira é delgada, ereta e perene. A haste floral pode medir até cerca de 60 a 90 cm de altura e é pouco ramificada (Figura 1A) (Khan et al., 2013; Al-Snafi, 2015a). Possui folhas pinadas e dentadas (Figura 1B) e flores amarelas no terminal (Araújo et al., 2014) A planta, de cor verde-escura, está coberta com pelos sedosos e, quando cortada, exala um odor aromático peculiar, mas agradável (Proença da Cunha et al., 2002; INFARMED, 2009; Khan et al., 2013; Araújo et al., 2014; Al-Snafi, 2015a). As folhas medem entre 6 a 25 cm e podem possuir entre 3 a 6 pares de folíolos principais e, entre eles, folíolos mais pequenos, diferentes em tamanho. Os folículos principais medem cerca de 8 a 75 mm por 8 a 35 mm, são elípticos a largamente obovados, grosseiramente crenados a serrados, de cor verde-escura na parte superior e esbranquiçados ou acinzentado-tomentoso na parte inferior (Proença da Cunha et al., 2002; Proença da Cunha, 2005; INFARMED, 2009; Khan et al., 2013; Araújo et al., 2014; Al-Snafi, 2015a).
As flores, pentâmeras, são em grande número, medem cerca de 6,0 mm de diâmetro e são de cor amarelada. Aparecem entre julho e agosto, as pétalas são livres e caducas (Figura 1C) (Proença da Cunha et al., 2002; INFARMED, 2009; Khan et al., 2013; Araújo et al., 2014; Al-Snafi, 2015a).
Os frutos são aquénios fechados num cálice duro e espinhoso (hipanto) e quando maduros medem cerca de 6 a 7,5 mm por 5 a 6 mm, são em forma obcónica a turbinada, profundamente côncavos, com sulcos e com pelos longos (Figura 1D) (Proença da Cunha et al., 2002; Proença da Cunha, 2005; INFARMED, 2009; Khan et al., 2013; Araújo et al., 2014; Al-Snafi, 2015a).
Constituintes da planta
A ação farmacológica e terapêutica de um fármaco vegetal depende dos constituintes químicos presentes na planta. A análise fitoquímica de A. eupatoria revelou a presença de vários constituintes entre os quais se destacam: hidrocarbonetos aromáticos, polissacáridos e compostos fenólicos onde se incluem ácidos fenólicos, como o ácido silícico e o ácido salicílico, cumarinas, lactonas, flavonóides e taninos. O material fresco contém ácidos gordos polinsaturados como os ácidos oleico, linoleico e linolénico e ácidos gordos saturados como os ácidos palmítico, esteárico e cetílico, além de fitoesteróis. Encontram-se ainda aminoácidos como o ácido aspártico, glicina, alanina, valina e lisina e vitaminas C, B e K (Feldman et al., 2000; Feldman e Lawlor, 2000; Copland et al., 2003; Al-Snafi, 2015a).
Atividade farmacológica
As partes da planta mais frequentemente utilizadas são as partes aéreas, folhas e flores, usadas em infusões, decocções ou cataplasmas. A planta apresenta atividade farmacológica, anti-diabética, anti-tumoral, antibacteriana, antiviral, dermatológica, gastrointestinal, diurética, metabólica (anti-obesidade), antidiarreica, colagoga, hepatoprotectora, analgésica, hipotensora, imunomoduladora, uricolítica, cardioprotectora, antirreumática, antioxidante, anti-inflamatória e anticoagulante (Quadro 1).
Interações medicamentosas
No Quadro 2 constam as interações farmacocinéticas de potenciação com fármacos comercializados em Portugal, em que é aconselhável o uso com precaução. Neste tipo de interação é recomendado a vigilância contínua do doente e no caso de ser necessário alterar a terapêutica uma vez que existe o risco de ocorrerem hemorragias ou complicações trombolíticas (Chevallier, 1996; Dharmananda, 2000; Cardoso et al., 2009; Ge et al., 2014). Por outro lado, uma vez que A. eupatoria tem ação hipotensora, existe o risco de haver dificuldade no controlo da diurese e de hipotensão.
No Quadro 3 referem-se os fármacos comercializados em Portugal que, quando usados em simultâneo com A. eupatoria, podem originar interações farmacocinéticas de potenciação, de risco menor. Embora se tenha que ter precaução no seu uso, uma constante vigilância do doente não é necessária, contrariamente, ao que acontece com os fármacos que constam do Quadro 2.
Foi, ainda, identificada uma interação farmacocinética da planta com o Meloxicam, com a classificação farmacoterapêutica: oxicans. Nesta interação, regista-se diminuição da atividade anticoagulante, muito embora esteja, ainda, pouco claro o seu mecanismo.
Em relação às interações farmacodinâmicas, e tendo em conta os fármacos comercializados em Portugal, apenas se conhecem os efeitos de A. eupatoria com o do Captopril, inibidor da enzima de conversão da angiotensina. Ambos diminuem a glicemia e a pressão sanguínea. É, por isso, aconselhável monitorizar/controlar a glicemia e a pressão arterial dos doentes.
Tal como acontece com outras plantas ricas em taninos, estes constituintes de A. eupatoria podem, ainda, interferir com a ação de fármacos metabolizados no fígado potenciando o seu efeito (Schabana et al, 2003).
Efeitos colaterais
Os efeitos colaterais da planta incluem hipotensão, arritmia, náuseas, vómitos e, até, paragem cardíaca. Por ter como constituintes taninos, estes podem causar distúrbios digestivos (Al-Snafi, 2015a; Medscape, 2017). Alegadamente, também, pode afetar o ciclo menstrual (Schabana et al., 2003; Al-Snafi, 2015a). Por outro lado, tendo em conta a falta de informação sobre a sua toxicidade, o seu uso deve ser evitado durante a gravidez e a lactação (Schabana et al., 2003; Medscape, 2017).Quando ingerida em doses elevadas pode causar obstipação e insuficiência hepática/renal, bem como problemas gastrointestinais (Al-Snafi, 2015a; Medscape, 2017). Existe, também, a possibilidade do seu consumo em doses elevadas aumentar o risco de cancro da língua e lábios. Apesar destes efeitos nocivos, não foram reportadas quaisquer reações adversas graves (Al-Snafi, 2015a; Medscape, 2017).
CONCLUSÃO
Por dificuldades no acesso aos cuidados de saúde, pela persistência da ideia de que tudo o que é natural é saudável, as plantas são amplamente utilizadas no tratamento e na prevenção de doenças. Apesar da intensificação de pesquisas acerca das plantas medicinais ainda se desconhecem muitas das suas interações com outros medicamentos. Ainda assim, a maioria dos utilizadores não relata o seu uso ao profissional de saúde. Tal como é defendido por vários investigadores, na prática clínica, questionar os pacientes sobre o uso de plantas medicinais e fitoterápicos é determinante para a prevenção de interações planta-medicamento.
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Agradecimentos
Este trabalho é financiado por Fundos Europeus Estruturais e de Investimento, na sua componente FEDER, através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) [Projeto nº 006971 (UID/SOC/04011)]; e por Fundos Nacionais através da FCT Fundação para a Ciência e a Tecnologia, no âmbito do projeto UID/SOC/04011/2013.
Recebido/received: 2016.12.22
Recebido em versão revista/received in revised form: 2017.03.04
Aceite/accepted: 2017.03.06