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Arquivos de Medicina

versão On-line ISSN 2183-2447

Arq Med v.21 n.3-4 Porto  2007

 

Epidemiologia das Fracturas do Fémur em Portugal

Fracturas do Colo do Fémur versus Fracturas de Outras Localizações Não Especificadas do Fémur

 

Sandra Ferreira Alves*†, Maria de Fátima Pina*‡, Mário Barbosa*§

*Laboratório de Biomateriais, Instituto de Engenharia Biomédica (INEB);

†Área Científica de Biomatemática, Bioestatística e Bioinformática, Escola Superior de Tecnologia da Saúde do Porto (ESTSP);

‡Serviço de Higiene e Epidemiologia, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto;

§Departamento de Engenharia Metalúrgica e Materiais, Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto

 

Um aumento na ocorrência de fracturas atribuídas à osteoporose tem vindo a ser reportado em diversos países. As fracturas do colo do fémur são frequentemente estudadas, no entanto pouco se sabe de outras fracturas que também podem ser relacionadas com a osteoporose. O objectivo principal deste estudo é comparar a incidência das fracturas do colo do fémur atribuíveis à osteoporose com as que acontecem nas mesmas condições noutras localizações não especificadas do fémur.

Foi utilizada a base de dados do Instituto de Gestão Informática e Financeira da Saúde, no período de 2000 a 2002. Do total de internamentos por fractura do fémur foram seleccionados os registos relativos a fracturas de baixa energia em indivíduos com mais de 50 anos, e analisadas separadamente as fracturas no colo do fémur (códigos 820 e derivados da Classificação Internacional de Doenças, 9ª Revisão, Modificação Clínica CID9) das fracturas de localizações não classificadas em outra parte, ou de localizações não especificadas do fémur (CID9-MC: 821 e derivados). Calcularam-se as letalidades e as taxas de incidência do período, por faixa etária e sexo, e efectuou-se uma análise das variáveis idade, dias e custo de internamento e destino após saída.

Apenas 7,6% das fracturas do fémur seleccionadas foram codificadas como 821.x, todas as restantes foram codificadas como 820.x. Em ambos os grupos as fracturas são mais frequentes nas mulheres (acima de 75%) e apresentam um aumento exponencial com a idade.

Os custos são mais elevados nas fracturas 820.x que também apresentam as taxas de letalidade mais elevadas.

Palavras-chave: fémur; fractura; osteoporose; epidemiologia; baixo impacto.

 

Epidemiology of Femur Fractures in Portugal .

Fractures related to osteoporosis have been increasing in many countries. Femoral neck fractures have been widely studied, however little is known about other femur fractures and its relationship with osteoporosis. The main objective of this study is the comparison between the incidence of neck fractures attributed to osteoporosis with the ones that occurs in other places of femur other than the neck, in the same conditions.

It was used a national database, under the regulation of a governmental institute, with registers from 2000 to 2002. From the total number of femural fractures the authors selected the registers corresponding to individuals with more than fifty years of age and due to low impact, it were analysed separately the femoral neck fractures ( International Classification of Diseases codes, 9th Revision, Clinical Modification, ICD9-CM codes 820 and derivates) from the fractures that occurred in other locations in the femur (ICD9-CM codes 821 and derivates). Case fatality rates and the incidence rates were calculated for that period of time, and an analysis of the variables age, days and costs of hospital admission as well as of the variable destination after discharge.

Only 7.6% of the femural fractures were coded as 821.x, all the others were coded as 820.x. In both groups the fractures were more frequent in women (above 75%) and showed an exponential increase with age. The costs were higher in the 820.x fractures which also presented higher case fatality rates.

Key-words: femur; fracture; osteoporosis; low impact.

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

Referências

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Correspondência:

Dr.ª Sandra Ferreira Alves

Laboratório de Biomateriais

Instituto de Engenharia Biomédica (INEB)

Rua do Campo Alegre, 823

4150-180 Porto

e-mail: smfalves@gmail.com

 

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