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Nascer e Crescer

versão impressa ISSN 0872-0754

Nascer e Crescer vol.20 no.4 Porto  2011

 

Caso radiológico

 

Filipe Macedo1

1 Especialista em Radiodiagnóstico – SMIC, Porto

 

ABSTRACT

We present a case of a third trimester fetus with a cervical mass. Fetal MRI was performed to better evaluate the extension of the mass and the risk of obstruction of the airway in the neonatal period. MRI is very useful in the evaluation of fetal cervical masses.

Keywords: cervical teratoma, fetal MRI.

 

Grávida no princípio do terceiro trimestre de gestação, que na sequência de alterações na ecografia obstétrica, é submetida a ressonância fetal (Figura 1).

 

Figura 1 – Plano sagital do pescoço fetal (ponderação T2 Haste).

 

Qual o seu diagnóstico?

 

COMENTÁRIOS

Observa-se uma volumosa massa cística complexa na vertente anterior do pescoço do feto, sem invasão dos planos mais profundos.

 

DIAGNÓSTICO

As características da lesão são compatíveis com teratoma cervical fetal, sem invasão dos planos mais profundos nem compromisso da via aérea superior.

 

DISCUSSÃO

O teratoma é um tumor raro, com ponto de partida nas três camadas germinativas, mais frequentemente na vertente anterior ou antero-lateral do pescoço. (1)

Trata-se geralmente de uma lesão sólida ou mista sólida e cística, por vezes com calcificações. Pode causar hidrâmnio por dificuldade de deglutição.

A obstrução da via aérea é o maior desafio no período neonatal dado que pode ser difícil a entubação, nomeadamente se a massa causar hiperextensão do pescoço.

O diagnóstico diferencial faz-se com outras massas cervicais, designadamente linfangioma, hemangioma e bócio.

 

IMAGIOLOGIA

1 – Ecografia obstétrica

É o primeiro exame. Faz geralmente o diagnóstico, embora por vezes com dificuldade na avaliação dos planos de clivagem entre a lesão e as estruturas mais profundas.

 

2 – Ressonância magnética fetal

Faz o diagnóstico, permitindo uma avaliação multiplanar mais detalhada, nomeadamente no que respeita a eventual compromisso da via aérea e extensão para o mediastino. Permite pois planear melhor a entubação do feto aquando do nascimento (nomeadamente num procedimento exit) (2) e a abordagem cirúrgica.

A ressonância magnética fetal é pois um valioso complemento da ecografia no diagnóstico das massas cervicais fetais.

 

BIBLIOGRAFIA

1. Nyberg DA, McGahan JP, Pretorius DH, Pilu G. Diagnostic Imaging of fetal anomalies.Lippincott Williams & Wilkins, Philadelphia 2003: 368-71.         [ Links ]

2. Hubbard AM, Crombleholme TM, AdzicK NS. Prenatal MRI evaluation of giant neck masses in preparation for the fetal exit procedure. Am J Perinatol 1998; 15:253-7.         [ Links ]

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