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Nascer e Crescer
versão impressa ISSN 0872-0754
Nascer e Crescer vol.22 no.4 Porto dez. 2013
QUAL O SEU DIAGNÓSTICO? / WHAT IS YOUR DIAGNOSIS?
Caso radiológico
Filipe MacedoI
IEspecialista em Radiologia, Servico Médico de Imagem Computorizada,4250-367 Porto, Portugal. filipe.macedo72@gmail.com
ABSTRACT
We present a case of a six-year old child with wrist pain after sustaining trauma the previous day. The x-ray revealed a torus fracture of the distal radio metaphysis. The torus fracture is one of the fractures occurring in the immature skeleton. Some specific types of children fractures are described as well as the value of the imaging techniques for the diagnosis.
Key-words: Fractures in children, torus fracture.
Criança de seis anos e 10 meses do sexo feminino, que apresenta dor no punho direito na sequência de uma queda ocorrida na véspera.
Realiza radiografia do punho (Figuras 1 e 2).
Qual o seu diagnóstico?
ACHADOS
Observa-se depressão localizada do córtex da vertente dorsal da metadiáfise proximal do rádio, com ligeiro abaulamento cortical lateral e medial compatível com fratura de tipo torus. Não há deformidades relevantes nem outras alterações osteoarticulares na região.
DIAGNÓSTICO
Fratura do tipo torus do rádio distal direito.
DISCUSSÃO
Os ossos da criança são menos resistentes mas mais flexíveis que os do adulto, o que ajuda a explicar a existência de tipos específicos de fratura na idade pediátrica.
As fraturas da metáfise e diáfise da criança englobam microfraturas do lado côncavo da lesão dando apenas um encurvamento; fraturas com ligeiro enrugamento da cortical dando a lesão do tipo torus; fraturas do lado convexo dando lesões de tipo ramo verde e fraturas completas com extensão aos dois lados do córtex(1). Há ainda as fraturas que atingem as epífises, com consequente risco de alteração do crescimento.
IMAGIOLOGIA
1 Radiografia convencional
É o exame basilar no traumatismo do esqueleto apendicular, sendo geralmente suficiente para o diagnóstico(2). São necessárias pelo menos duas incidências perpendiculares da região em causa. Nos ossos longos deve incluir-se a articulação proximal e a distal. Pode ser útil repetir a radiografia nos casos de exame inicial normal e sintomatologia persistente, já que em certas fraturas de stress os sinais radiográficos podem demorar mais de cinco dias a surgir. Pode também ser aconselhável radiografar o membro contra-lateral para valorizar lesões subtis.
2 Ecografia
Pode ser útil para demonstrar uma discreta elevação do periósseo, avaliar epífises totalmente cartilagíneas, demonstrar derrame articular e avaliar as partes moles locais.
3 Tomografia Computorizada
Reservado para áreas anatomicamente complexas em que a radiografia pode ser pouco conclusiva (ex: carpo, tarso, tornozelo).
4 Ressonância magnética
Tem aplicação mais limitada, podendo ser útil para avaliar edema medular ósseo (contusão), as epífises cartilagíneas, as estruturas músculo-ligamentares e tendinosas.
Palavras chave: Fraturas da criança, fraturas do tipo torus.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Williamson SL. Primary pediatric radiology. 1st Ed. Philadelphia: WB Saunders Company; 2002. p. 177-82. [ Links ]
2. Ramsden W. Fractures and musculoskeletal trauma. In: Carty H, ed. Emergency pediatric radiology. Berlin: Springer-Verlag; 2002. p. 317-9. [ Links ]
Filipe Macedo
Serviço Médico de Imagem Computorizada
Rua Pedro Hispano, 881
4250-367 Porto, Portugal
e-mail: filipe.macedo72@gmail.com
Recebido a 23.12.2013 | Aceite a 27.12.2013