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Nascer e Crescer
versão impressa ISSN 0872-0754
Nascer e Crescer vol.23 no.3 Porto set. 2014
QUAL O SEU DIAGNÓSTICO? / WHAT IS YOUR DIAGNOSIS?
Caso radiológico
Radiological case
Filipe MacedoI
IEspecialista em Radiologia, Serviço Médico de Imagem Computorizada, 4250‑367 Porto, Portugal. E-mail: filipe.macedo72@gmail.com
ABSTRACT
We present a case of a 15‑year‑old boy with sudden onset of left hip pain while playing football. The x‑ray revealed an avulsion injury of the anterior inferior iliac spine. The anterior inferior iliac spine is one of the places in the pelvis where avulsion injuries can occur and is due to forceful contractions of the rectus femoris muscle.
Key-words: pelvic avulsion injuries.
Palavras-chave: avulsões ósseas da pelve.
Adolescente de 15 anos do sexo masculino, que apresenta dor na anca esquerda após traumatismo ocorrido durante um jogo de futebol.
Realiza Rx da anca (Figura 1 e Figura 2).
Qual o seu diagnóstico?
ACHADOS
Observa‑se um fragmento ósseo logo acima do acetábulo, adjacente à espinha ilíaca antero‑inferior esquerda, bem defini‑ do, traduzindo uma lesão por avulsão aguda.
DIAGNÓSTICO
Avulsão aguda da espinha ilíaca antero‑inferior esquerda.
COMENTÁRIOS
A espinha ilíaca antero‑inferior é uma das áreas da pelve onde ocorrem mais frequentemente lesões por avulsão, junta‑ mente com a crista ilíaca, a espinha ilíaca antero‑superior e a tuberosidade isquiática. Aí se insere o músculo recto femoral e uma contração excêntrica como ocorre por exemplo durante a prática do futebol pode causar esse tipo de lesão por extensão da anca e flexão do joelho.
Estas lesões são mais frequentes em adolescentes, sobretu‑ do entre os 14 e os 17 anos.
As lesões podem ser agudas ou crónicas. As lesões agudas cursam com dor severa e impotência funcional e os fragmentos avulsivos são bem definidos(1). As lesões crónicas cursam com clínica mais insidiosa e achados radiográficos mais indefinidos, com ossificação e irregularidade obrigando ao diagnóstico dife‑ rencial com lesões mais agressivas, nomeadamente tumorais.
O tratamento é quase sempre não cirúrgico.
IMAGIOLOGIA
1‑Radiografia convencional
É o exame basilar. O fragmento avulsivo pode não ser visível na incidência de face pelo que é útil a obtenção de pelos menos duas incidências.
2‑TC/RMN
Nos casos em que o Rx não é conclusivo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Stevens Max A, El‑Khoury Georges Y, Brander Eric A, Chow S. Imaging features of avulsion injuries. Radiographics 1999; 19:655‑72. [ Links ]
Recebido a 28.07.2014 | Aceite a 01.08.2014