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Nascer e Crescer
versão impressa ISSN 0872-0754
Nascer e Crescer vol.23 supl.3 Porto nov. 2014
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PM-6
Dislipidémia na infância
Mónica BagueixaI; Cátia A. PereiraII
IUnidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Santa Maria 2, Centro de Saúde de Bragança Unidade Local de Saúde do Nordeste
IIUnidade Local de Saúde do Nordeste
Introdução: Com base numa prevenção quaternária, Médico de Família é confrontado com os pós e contras do rastreio e tratamento das dislipidémias em crianças.
O rastreio para as dislipidémias é um procedimento invasivo com potenciais implicações no bem-estar da criança e família.
Quanto à abordagem terapêutica, os estudos demonstram que as estatinas são efetivas e habitualmente bem toleradas, no entanto não são isentas de efeitos adversos, sendo necessários estudos que comprovem a sua segurança a longo prazo.
Objetivo: Rever a abordagem terapêutica na dislipidémia na infância.
Metodologia: A pesquisa foi efetuada em Julho de 2014 nas bases de dados Medline/Pubmed.
Resultados: A dislipidémia constitui um fator de risco para desenvolvimento da doença cardiovascular. Existe cada vez mais evidência de que o processo aterosclerótico tem início em idade pediátrica e que está relacionado com a presença e intensidade de fatores de risco cardiovascular, nomeadamente de dislipidémia.
De acordo com os dados científicos disponíveis pode concluir-se que não existe evidência do benefício do rastreio de dislipidémias em crianças e adolescentes na diminuição do risco e da morbilidade cardiovascular.
A terapêutica inicial de todas as crianças é não farmacológica (dietética).O tratamento farmacológico continua a gerar uma controvérsia de opiniões, mas é iniciado em crianças com idade superior a 8 a 10 anos com risco cardiovascular muito elevado. A monitorização do tratamento inclui a repetição do perfil lipídico ao fim de 6 semanas a 3 meses assim como a provas da função hepática.
O tratamento com estatinas atrasa a progress ão do espes samento da íntima da carótida e n ão possui efeitos adversos. A eficácia do tratamento está relacionada com idade, obtendo-se melhores resultados quanto mais cedo se inicie o mesmo. O National Heart, Lung, and Blood Institute publicou em 2011 aconselhamento para que seja efetuado um rastreio universal dos lípidos nas crianças com idades entre 9 e os 11 anos, permitindo a discriminação entre a hipercolesterolemia familiar e as outras causas de colesterol LDL elevado.
Discussão: Continua a existir controvérsia sobre a utilização de terapêutica farmacológica na dislipidémia em idade pediátrica.
São necessários mais estudos para aperfeiçoar a terapêutica da dislipidémia na infância.