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Nascer e Crescer
versão impressa ISSN 0872-0754
Nascer e Crescer vol.25 supl.2 Porto dez. 2016
RESUMO DOS POSTERS
PO16_26
Tumefação da região frontal – será hematoma?
Cláudia João Lemos1; Liliana Teixeira1; Alexandre Fernandes1; Catarina Sousa2; Ana Ramos1
1 Serviço de Pediatria do Centro Materno Infantil do Norte, Centro Hospitalar do Porto
2 Serviço de Pediatria do Instituto Português de Oncologia do Porto
Introdução: As tumefações na região frontal do crânio numa criança saudável são habitualmente pós-traumáticas. Os autores apresentam um caso clínico que ilustra a impor- tância da pesquisa de outras etiologias.
Caso Clínico: Criança sexo feminino de 15 meses, sem antecedentes patológicos relevantes, sem história de infeções respiratórias, com boa evolução estaturo-ponderal e desenvolvimento psico-motor normal.
Observada na consulta de Pediatria por tumefação na região frontoparietal esquerda com cerca de 4 semanas de evolução, com rubor intermitente, não dolorosa. Não frequenta infantário, estando aos cuidados dos pais que negam traumatismo prévio, febre, anorexia, perda ponderal ou alterações do comportamento. Ao exame objetivo apresentava tumefação com cerca de 3x4cm, na região fronto-parietal esquerda, com consistência mole, não móvel, sem sinais inflamatórios associados e sem alteração da pigmentação. A radiografia de crânio demonstrou área unilateral hipertransparente de limites bem definidos na região frontoparietal e a ecografia revelou imagem focal, relativamente circunscrita, com aparente interrupção da calote, medindo 29x16 mm, com padrão ecostrutural interno complexo. A tomografia computadorizada cranio-encefálica confirmou lesão ocupando espaço, centrada na calote craniana frontal esquerda, com destruição óssea, apresentando margens ósseas biseladas e massa com densidade de tecidos moles algo heterogénea, de limites regulares e bem definidos. Avaliada por Neurocirurgia que colocou a hipótese de quisto dermóide, orientando-se para exérese da lesão. Radiografia de corpo inteiro sem alterações osteo-articulares e analiticamente sem alterações relevantes.
Cerca de 1 mês depois, aparecimento de lesão exofítica da arcada dentária inferior à esquerda, discretamente sangrante, pelo que foi orientada para o IPO do Porto.
Discussão: Apesar da maioria dos casos de tumefação do crânio resultarem de traumatismos, no caso apresentado o tempo de evolução da mesma e as suas características motivaram uma investigação da etiologia.