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Jornal Português de Gastrenterologia
versão impressa ISSN 0872-8178
J Port Gastrenterol. vol.21 no.3 Lisboa jun. 2014
https://doi.org/10.1016/j.jpg.2014.05.004
EDITORIAL
Tempo de reflexão
A time for reflection
Helena Cortez-Pinto
Diretora-Adjunta do GE - Portuguese Journal of Gastroenterology
Correio eletrónico: hlcortezpinto@gmail.com
Mais uma vez o GE está em mudança. O corpo editorial do GE vai ser renovado, pelo que pretendo aqui fazer um balanco da atividade do corpo editorial cessante.
Durante estes 2 anos e meio, desde que iniciámos a nossa atividade, publicaram-se 28 artigos originais, 29 editoriais, 55 casos clínicos e 44 instantâneos endoscópicos/imagens em gastrenterologia, na Revista Portuguesa de Gastrenterologia (GE).
Em relação aos 2 objetivos principais que nos tínhamos proposto no início da nossa atividade, realizámos o primeiro, ou seja, a passagem da edição do GE para a editora Elsevier. Realizou-se em março de 2012, em grande parte graças ao trabalho realizado pelo corpo editorial que nos tinha precedido. Esta alteração tem, na minha perspetiva, provado ser benéfica. Ficou facilitado todo o sistema de envio e de revisão dos manuscritos, com uma maior transparência. Foi também possível reduzir os tempos de espera entre a receção do artigo e a sua publicação. Além disso, pelas características de edição, conseguiram incluir-se mais artigos em cada número e com isso não existem neste momento artigos com atraso significativo para publicação. De notar também que a revista passou a estar indexada na Scopus através da Elsevier, estando também indexada no Scielo.
Quanto ao nosso segundo objetivo, a indexação na Medline e na Thomson Reuters, este não foi conseguido. Seria de qualquer forma muito difícil consegui-lo a tão curto prazo. No balanco, consideramos que continua a haver menos artigos originais do que gostaríamos, acabando por se publicar mais casos clínicos e instantâneos endoscópicos. Este facto não facilita a possibilidade de indexação da revista na Medline ou na Thomson Reuters (fator de impacto), resultando num ciclo vicioso em que a ausência de indexação não estimula a publicação de bons artigos no GE e a carência de maior número de bons artigos não facilita a indexação. Espero muito sinceramente que a nova direção editorial consiga de alguma forma resolver este problema ou iniciar o caminho para a sua resolução. Sabemos que depende, sobretudo, do esforço dos médicos portugueses que se interessam pela gastrenterologia, enviando bons artigos para o GE. Há, na minha opinião, um lugar muito importante para os trabalhos relacionados com a realidade portuguesa.
Finalmente, quero agradecer à equipa editorial todo o esforço realizado. Os editores-adjuntos adaptaram-se rapidamente às novas regras da revisão de artigos através da Elsevier, conseguindo-se assim uma transição suave e sem problemas, e pela sua rapidez de resposta conseguiram reduzir tempos de espera. Quero também agradecer a todos os revisores, que juntam esta tarefa a mais uma série de tarefas e que na maioria dos casos nos deram respostas positivas ao pedido de revisão, que realizaram em tempo razoável. A nossa assistente-editorial foi também incansável no seu apoio ao GE, incentivando-nos a ser mais eficazes e sugerindo ideias que pudessem contribuir para a melhoria do GE. Finalmente quero agradecer também à indústria farmacêutica que tem patrocinado o GE.
Termino, desejando as maiores felicidades à equipa que nos sucede e esperando que consigam realizar os objetivos que se propõem, de forma a que possamos vir a ter uma revista mais interessante, mais internacional e que seja citada na literatura internacional.