Introdução
No âmbito das Doenças Crónicas Não Transmissíveis (DCNT`S), a Hipertensão Arterial (HTA), constitui um grave problema para a saúde pública (Vilaça, Vieira, Fernandes, Esteves, Bouça & Peixoto, 2018), com elevada prevalência em todo o mundo.
Devido ao crescimento e envelhecimento da população, o número de adultos com HTA aumentou de 594.0 milhões em 1975, para 1.3 triliões em 2015 (NCD-RisC, 2017). Na Europa, essa realidade é bastante expressiva pois 30.0% a 45.0% da população tem HTA, sendo que na maioria dos casos (90.0%) não existe uma causa conhecida associada (Sociedade Portuguesa de Hipertensão, 2018).
Portugal é um dos países da Europa, com uma das mais elevadas taxas de HTA. A sua elevada prevalência conduz a avultosos custos económicos, a nível individual e social (Godinho Andrade & Silva, 2017), pelo que se torna urgente o seu estudo e inerente intervenção. Neste sentido, é necessário intervir sobretudo nos dois primeiros níveis de prevenção. A prevenção primária é realizada através do controlo dos fatores de risco associados e a prevenção secundária desenvolvida através de rastreios e deteção precoce, na qual o enfermeiro tem um papel fulcral [World Health Organization (WHO), 2016].
Tendo em conta o objetivo deste estudo, será dado enfase ao controlo dos fatores de risco modificáveis (enquanto medida não farmacológica), através da adoção de um estilo de vida saudável (WHO, 2016), designadamente a alimentação saudável, a atividade física regular, a cessação tabágica e a diminuição do consumo de álcool.
O conceito de estilo de vida surge no âmbito de várias estratégias de promoção da saúde envolvendo comportamentos adotados a partir de diferentes escolhas que os indivíduos fazem e, que, são condicionados pelas oportunidades de vida, incluindo o contexto onde os indivíduos se inserem (Cockerham, 2005). A nível internacional e nacional os organismos governamentais têm desenvolvido vários programas que visam a promoção de um estilo de vida saudável.
Esta revisão tem como objetivo conhecer as evidências na literatura sobre o estilo de vida da pessoa com HTA. Para a sua concretização recorreu-se à análise do estado atual do conhecimento, de forma a obter contributos que possam otimizar a atuação de enfermagem no âmbito da promoção de um estilo de vida saudável na pessoa com HTA, com vista à obtenção de ganhos em saúde.
Face ao exposto, achou-se pertinente a formulação da seguinte questão de investigação: Quais as evidências na literatura sobre o estilo de vida na pessoa com HTA?
1. Métodos
1.1 Tipo de Estudo
Neste estudo foi utilizada uma revisão integrativa da literatura que aborda estudos, planos e programas de intervenção para a promoção de um estilo de vida saudável, na pessoa com HTA. Para isso a identificação dos artigos a incluir nesta revisão passou por um rigoroso processo de seleção.
1.2 Procedimentos
Assim, os artigos científicos utilizados nesta revisão foram selecionados através de uma pesquisa primária na plataforma da b-on, permitindo aceder a três bases de dados eletrónicas: a Complementary Index; a Academic Search Complete e a ScienceDirect. Na pesquisa realizada foram utilizados descritores do MeSH, tais como: “life style” AND “hypertension” AND “medication adherence” AND “community health nursing”.
Posteriormente, com o objetivo de aumentar o campo de pesquisa a ser analisado, efetuou-se uma pesquisa secundária livre nas páginas eletrónicas de organismos internacionais e nacionais de elevada credibilidade, tais como: a WHO e a Direção-Geral da Saúde (DGS). No total foram selecionados 583 artigos resultantes da pesquisa inicial nas bases de dados e 9 artigos da pesquisa complementar. No final dos 592 artigos, obtiveram-se 16 artigos após a exclusão dos restantes.
1.3 Critérios de Inclusão
Os critérios de inclusão resultantes da pesquisa primária incluem o horizonte temporal de 2017 a 2019, a língua inglesa, com recurso aos descritores anteriormente referenciados. Foi ainda ativado o filtro limitador de texto completo e o tipo de fonte foram as revistas. Não foi definida qualquer restrição quanto ao tipo de estudo. Todas as publicações foram pré-selecionadas através da análise do título e do resumo. As etapas metodológicas de seleção dos artigos encontram-se esquematizadas na Figura 1.
2. Resultados e discussão
A pesquisa bibliográfica primária, segundo a estratégia pré-estabelecida, resultou num total de 583 artigos, dos quais: 350 artigos foram selecionados da base de dados Complementary Index; 153 artigos da Academic Search Complete e 80 artigos da ScienceDirect. De acordo com os critérios definidos na pesquisa primária, foram excluídos 566 artigos por não cumprirem os critérios de inclusão ou não estarem dentro do objeto de estudo.
A maioria dos artigos da pesquisa primária foram publicados no ano 2018 (57.1%) e 42.9% dos artigos foram publicados em 2017.
A Tabela 1 apresenta os estudos selecionados em relação a: autores, ano, local de realização, tipo de estudo, objetivos, amostra e principais resultados.
Constatou-se que 85.7% dos artigos da pesquisa primária pertencem a revistas que apresentam Fator de Impacto (FI), o que indica a relevância das publicações científicas de acordo com o Journal Citations Reports (JCR).
A maioria dos estudos, cerca de 85.7% foram realizados no continente Asiático e 14.3% foram realizados no continente Africano. Em Portugal não foram identificados estudos sobre a temática.
Autores, ano e país | Tipo de estudo | Objetivos | Amostra (n) e idade (I em anos) | Resultados |
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Daniali et al. (2017), Irão | Estudo randomizado controlado | Avaliar a eficácia da autogestão, automonitorização domiciliária em comportamentos de autocuidado, nos Centros de Saúde. | n=162 I= 30- 65 | O método participativo de educação, ajuda os clientes a melhorar o autocuidado no controlo da doença. A formação pode aumentar o conhecimento e habilidades na mudança do estilo de vida e prevenção de complicações. |
Sutipan & Intarakamhang (2017), Tailandia | Transversal | Identificar as necessidades de um estilo de vida saudável, explorar os comportamentos facilitadores e as barreiras associadas. | n= 400 I= ≥ 60 | O estilo de vida saudável tem responsabilidade na saúde. As barreiras identificadas são a falta de preocupação e de motivação com a saúde, deficiências físicas, a saúde mental e os recursos comunitários inadequados. Os mecanismos facilitadores são o conhecimento e o apoio de familiares. |
Wei & Omar (2017), Malasia | Transversal | Avaliar o conhecimento sobre a HTA, das pessoas portadoras da doença, residentes em casas de repouso, e o papel dos cuidadores no controlo da doença. | n= 200 I= ≥ 40 | As pessoas idosas com cuidados de enfermagem domiciliários apresentam um bom controlo da HTA, o que pode ser atribuído ao nível de conhecimentos, atitudes e perceção da DCNT. |
Kilic et al. (2018), Turquia | Estudo de caso controlo | Determinar o efeito da educação em clientes com HTA, baseado no Modelo de Adaptação de Roy. | n= 155 I= ≥ 35 | As sessões de educação realizadas aos clientes com HTA, foram eficazes, permitiram o controlo da HTA e reduziram a pressão arterial. |
Obirikorang et al. (2018), Gana | Transversal | Avaliar adesão ao tratamento e os fatores associados. | n= 678 I= ≥ 30 | A não adesão ao tratamento foi alta. Os preditores da não adesão foram as barreiras percebidas, a suscetibilidade e a gravidade da doença. |
Sheilini et al. (2018), Índia | Transversal | Identificar o padrão de prescrição nos idosos e explorar as razões da não adesão à terapêutica. | n= 800 I= ≥ 60 | As modificações no estilo de vida desempenham um papel vital na gestão da HTA. |
Zengin et al. (2018), Turquia | Transversal | Examinar os benefícios e as barreiras percebidas pelas pessoas com HTA quanto à restrição de sal. | n= 200 I= ≥ 18 | Para mudar as atitudes e os comportamentos negativos, os indivíduos devem ser ensinados sobre a importância de uma dieta restrita em sal. |
Legenda: I - Idade em anos
- A metodologia utilizada nos diferentes estudos consultados foi diversificada. Alguns autores utilizam a técnica de amostragem aleatória simples, em que a amostra engloba clientes hipertensos diagnosticados recentemente (Wei & Omar, 2017) ou medicados com antihipertensores há um ano ou mais (Obirikorang et al., 2018).
Um dos estudos utilizou uma amostra aleatória estratificada, em que foi utilizada uma lista de clientes seguidos em domicílio, com pressão arterial alta há pelo menos 1 ano. Este estudo consistiu em duas entrevistas de grupos focais distintas, envolvendo um grupo de idosos com HTA não controlada e outro grupo de idosos com HTA controlada (Sutipan & Intarakamhang, 2017). Também foi utilizada uma amostra aleatória não probabilística, em clientes hipertensos, independentes nas suas atividades de vida diárias, que frequentavam o Centro de Saúde (Kilic et al., 2018).
Outra metodologia utilizada foi um estudo randomizado controlado, com um grupo de controlo e um grupo de intervenção com programa educacional. O grupo intervenção participou em seis sessões semanais. As variáveis foram analisadas após a intervenção (Daniali et al., 2017).
Na recolha de dados foram utilizados questionários validados (Wei & Omar, 2017; Kilic et al., 2018; Obirikorang et al., 2018; Zengin et al., 2018) e entrevistas (Sutipan & Intarakamhang, 2017).
- Em relação ao horizonte temporal, a maioria são estudos longitudinais, vão desde um período mínimo de 3 meses a um período máximo de 24 meses.
- Os principais resultados encontrados abrangem aspetos sociais e hábitos como a dieta saudável, prática de atividade física, tabagismo e consumo de bebidas alcoólicas. Na maioria dos artigos é recomendada a mudança do estilo de vida como forma de promoção da saúde e prevenção de complicações associadas à HTA. Para além do exposto, constatou-se também que a educação dos clientes por parte dos profissionais de saúde e o apoio dos familiares podem ser facilitadores no controlo da HTA e na modificação do estilo de vida.
Os artigos pesquisados inicialmente respondem à questão de investigação total e/ou parcialmente, salientando-se que o estilo de vida tem influência na saúde da pessoa com HTA. A maioria deles focou-se nos itens que compõe o estilo de vida e outros relacionam-se com a influência de aspetos sociais, como a educação para a saúde e o apoio dos familiares.
Estes resultados corroboram com os escassos estudos realizados em Portugal, em que o estilo de vida desempenha um papel determinante no controlo da HTA (Afonso, 2018). Assim, é fundamental intensificar as sessões de educação para a saúde e estratégias de informação sobre o estilo de vida saudável das pessoas com HTA, bem como da população em geral (Pintassilgo, Abecasis, Beirão & Cunha, 2018). O enfermeiro é o agente transmissor de informação e apoio, capacitando a pessoa e responsabilizando-a (Afonso, 2018).
Como se pode constatar, verificou-se um baixo número de publicações sobre estilo de vida na pessoa com HTA.
Houve necessidade de incluir outros documentos acedidos em sítios eletrónicos de organismos internacionais e nacionais credíveis, como já foi mencionado anteriormente. Dessa pesquisa complementar resultaram mais 9 artigos que foram analisados e que se enquadravam no objeto de estudo. A Tabela 2 apresenta os resultados de entidades com programas na área em estudo, País, Plano/ Programa e link onde se encontram localizados os documentos. Assim, no total foram analisados 16 artigos, de ambas as pesquisas.
As alterações do estilo de vida do indivíduo fazem parte do tratamento não farmacológico da HTA (DGS, 2013). Estas alterações podem ter um efeito benéfico na descida da pressão arterial e na redução das suas complicações (Sutipan & Intarakamhang, 2017; Sheilini et al., 2018; Sales & Cunha, 2018).
Entidades governamentais a nível internacional e nacional têm publicado diversos planos e programas onde definem estratégias específicas no âmbito do estilo de vida na HTA, pelo que se torna imprescindível conhecer alguns desses planos e programas:
“Plano de Ação Global para a Prevenção e Controlo de DCNT`S de 2013 a 2020” (WHO, 2013).
Este plano apresenta estratégias para a prevenção e gestão dos fatores de risco das doenças cardiovasculares, onde se insere a HTA, através do programa “Global Hearts Initiative”.
Programa “Global Hearts Initiative”.
O objetivo deste programa é prevenir e controlar as doenças cardiovasculares, nos Cuidados de Saúde Primários (CSP), assegurando o acesso equitativo a cuidados contínuos, para pessoas com risco elevado de desenvolverem doenças cardiovasculares (WHO, 2017). As intervenções do programa incluem: i) gestão de um estilo de vida saudável; ii) abordagem sobre os quatro principais fatores de risco (alimentação não saudável, uso nocivo de álcool, o tabaco e o sedentarismo); iii) o acesso a medicamentos essenciais e tecnologia e iv) cuidados descentralizados, baseados na comunidade e centrados no cliente (WHO, 2016).
“Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares (PNDCC)”.
Este programa visa evitar as doenças cardiovasculares e reduzir as incapacidades causadas por estas. Na sua missão, entre vários aspetos, objetiva a redução do risco cardiovascular, através do controlo dos fatores de risco modificáveis, como a HTA e a dislipidémia (DGS, 2017a).
O PNDCC procura: i) promover e dinamizar a monitorização dos indicadores para uma permanente avaliação do impacto das doenças cérebro-cardiovasculares; ii) desenvolver programas de promoção da prevenção, tratamento e reabilitação das doenças cérebro-cardiovasculares; iii) desenvolver estratégias organizadas designadas de “vias verdes”, através de sistemas integrados que contemplem a vertente pré-hospitalar e hospitalar; iv) implementar projetos com o objetivo de disponibilizar meios complementares de diagnóstico e terapêutica na área cardiovascular, nos CSP e v) incentivar o desenvolvimento de sistemas de avaliação do impacto de novos métodos de diagnóstico e terapêutica (DGS, 2017a).
“Plano de Ação de 2015 a 2020 na área de Alimentação e Nutrição” Este plano elege estratégias de redução da ingestão média de sal da população em 30.0%, para a prevenção das DCNT`S na Europa (WHO, 2012).
“Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS)”.
O PNPAS visa promover a saúde da população portuguesa, atuando no determinan te da alimentação, designadamente (DGS, 2017b): i) controlar a prevalência do excesso de peso e da obesidade na população infantil e escolar; ii) reduzir em 10.0% a média da quantidade de sal e reduzir em 10.0% a média da quantidade de açúcar, nos principais fornecedores alimentares; iii) reduzir a quantidade de ácidos gordos trans para menos de 2.0% no total das gorduras; iv) aumentar o número de pessoas que consome fruta e produtos hortícolas diariamente em 5.0% e v) aumentar o número de pessoas que conhece os princípios da dieta mediterrânica em 20.0%.
“Plano Nacional para a Redução dos Comportamentos Aditivos e das Dependências (PNRCAD)”.
O PNRCAD tem como objetivo consolidar e aprofundar uma política pública integrada e eficaz em relação aos comportamentos aditivos e dependências, baseada na articulação intersectorial, visando a obtenção de ganhos em saúde e bem-estar a nível social. Este plano tem como estratégia global promover a intervenção dos serviços de saúde, para alterar padrões de consumo perigosos e tratar as alterações de saúde associadas ao consumo de álcool, também a regulação ou proibição de venda de bebidas alcoólicas, a realização de campanhas educativas e de informação de apoio às medidas políticas (SICAD, 2013). Neste âmbito, foi criada uma plataforma a nível nacional, designada de Fórum Nacional Álcool e Saúde (SICAD, 2013).
“Programa Nacional para a Prevenção e Controlo do Tabagismo (PNPC)”.
O PNPC visa promover um futuro mais saudável, totalmente livre de tabaco as suas metas (DGS, 2017c), englobam: i) promover a monitorização do consumo de tabaco e das suas repercussões na saúde e nas desigualdades; ii) implementar a Convenção-Quadro da WHO para o controlo do tabaco e as Diretivas Europeias nesta matéria; iii) elaborar propostas de revisão da legislação em vigor; iv) desenvolver iniciativas de prevenção do consumo de tabaco, de cessação tabágica e de proteção da exposição ao fumo ambiental; v) identificar necessidades e organizar iniciativas de formação; vi) promover estudos de investigação, divulgar informação no domínio da prevenção e controlo do tabagismo e vii) identificar e promover boas práticas de intervenção.
“Plano de Ação Global para a Atividade Física de 2018 a 2030” com o tema "Think Global, Act Local".
Este documento, com versão síntese em português, pretende orientar países de todo o mundo para a promoção da atividade física (WHO, 2018).
“Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (PNPAF)”.
O objetivo do PNPAF é consciencializar a população para os benefícios da atividade física na saúde, e implementar políticas intersectoriais e multidisciplinares para diminuir o sedentarismo e aumentar os níveis de atividade física. A sua missão é contribuir para a criação, a implementação e o desenvolvimento de condições para que toda população conheça os benefícios para a saúde e se adotem comportamentos fisicamente ativos (DGS, 2016).
Estes programas educacionais são muito importantes, pois Kilic et al. (2018) revelam que após a sua realização, as pessoas com HTA adotaram um estilo de vida saudável e uma melhor adaptação ao seu tratamento (Kilic et al., 2018).
Conclusões
As DCNT`S, designadamente a HTA, são uma realidade com elevada prevalência a nível internacional e nacional. Neste contexto, será cada vez mais importante refletir sobre a necessidade de, não só intervir na prevenção e controlo da HTA, como também na promoção de um estilo de vida saudável, particularmente através de estratégias que são focadas pelos estudos, planos/ programas abordados ao longo deste estudo.
Assim, para melhorar o estilo de vida dos clientes é importante a promoção de uma alimentação saudável (designadamente a redução do consumo de sal), prática regular de atividade física, diminuição do consumo de álcool e cessação tabágica.
Nesta lógica de promoção de saúde, o enfermeiro tem um papel preponderante na intervenção junto da comunidade, assumindo um papel fundamental no diagnóstico, no planeamento e na intervenção em saúde, visando um envolvimento e capacitação da pessoa com HTA na adoção de um estilo de vida saudável.
Apesar do baixo número de publicações na área de pesquisa nomeadamente em Portugal, considera-se que esta revisão integrativa ficou enriquecida devido ao facto dos estudos abordados englobarem diferentes áreas do estilo de vida. Permitindo, assim disponibilizar um conjunto de informações relevantes para que os enfermeiros possam desenvolver projetos baseados na evidência científica, no âmbito do estilo de vida da pessoa com HTA.
Dentro deste contexto, é de suma importância considerar as perceções da pessoa relativamente ao conhecimento da doença, promover a auto-responsabilidade, para que esta possa assumir um papel ativo e modificar os seus comportamentos em relação à saúde.
Sendo a HTA uma doença multifatorial, como sugestões para futuras linhas de investigação, será pertinente desenvolver um estudo em que se identifiquem as barreiras existentes na adesão dos clientes ao tratamento não farmacológico da HTA, o que inclui a modificação do estilo de vida. Assim como fatores determinar os condicionantes da adesão ao tratamento farmacológico e a sua relação com aspetos demográficos, sociais, económicos e culturais.