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Millenium - Journal of Education, Technologies, and Health

versão impressa ISSN 0873-3015versão On-line ISSN 1647-662X

Mill  no.esp12 Viseu jun. 2023  Epub 30-Jun-2023

https://doi.org/10.29352/mill0212e.31457 

Editorial

Nova perspectiva da estratégia do prado ao prato da união europeia

New perspective on the farm to fork strategy of the european union

Nueva perspectiva sobre la estrategia de la granja a la mesa de la unión europea

1 Centro de Investigação de Montanha (CIMO), Instituto Politécnico de Bragança, Bragança, Portugal

2 Laboratório Associado para a Sustentabilidade e Tecnologia em Regiões de Montanha (SusTEC), Instituto Politécnico de Bragança, Bragança, Portugal


Nova perspectiva da estratégia do prado ao prato da união europeia

Atualmente, a Estratégia do Prado ao Prato, além de continuar a querer garantir a rastreabilidade dos produtos, visa criar sistemas alimentares mais justos, que promovam a saúde dos consumidores e sejam amigos do ambiente.

A pandemia de COVID-19 e a guerra na Ucrânia demonstraram que os sistemas alimentares têm que ser resilientes e, portanto, sustentáveis. É de extrema importância diminuir a emissão de gases de efeito estufa (procurando ter um impacto neutro ou positivo em termos ambientais e ajudando a mitigar as alterações climáticas), reduzir o consumo de fontes naturais, mitigar ou reverter a perda de biodiversidade e minimizar os impactos na saúde humana. Neste caso em particular, a segurança alimentar assume especial importância, devendo-se garantir a todos o acesso a alimentos seguros e nutritivos. Além de todos os pontos anteriormente mencionados, é essencial que exista um retorno económico justo para todos os elos intervenientes da cadeia alimentar e, em particular, dos produtores primários. Assim, o comércio justo deve ser promovido.

A União Europeia elaborou um plano de ação, o qual contém propostas de alteração à legislação vigente, incluindo revisões e iniciativas. Os pontos que estão a ser debatidos são: (i) a utilização sustentável dos pesticidas; (ii) a criação de uma rotulagem nutricional a colocar na frente da embalagem; (iii) o estabelecimento de perfis nutricionais que restrinjam a promoção de alimentos com elevado teor de sal, açúcares e/ou gordura; e (iv) a avaliação e revisão da legislação relativa ao bem-estar animal.

A União Europeia visa ainda atingir as seguintes metas em 2030: (i) Reduzir em 50% a utilização e o risco dos pesticidas químicos e a utilização dos pesticidas mais perigosos; (ii) Reduzir, pelo menos, em 50% a perda de nutrientes, garantindo-se, contudo, que a fertilidade do solo não seja comprometida. É ainda referido que se pretende reduzir em, pelo menos, 20% o uso de fertilizantes; (iii) Reduzir em 50% a aplicação de antimicrobianos (como por exemplo, antibióticos aplicados a animais de criação e de aquicultura); e (iv) Converter, pelo menos, 25% das terras agrícolas em modo biológico. A União Europeia pretende, em simultâneo, implantar a Internet de banda larga rápida em todas as zonas rurais em 2025.

Não serão estas metas demasiado ambiciosas? Vamos ver o que o futuro nos reserva. É papel de todos promover a utilização e a adaptação de novas tecnologias e resultados da investigação, em combinação com a maior atenção que a sociedade manifesta, na produção de alimentos mais sustentáveis para Todos.

Pelo Planeta e Pela Nossa Sociedade!

New perspective on the farm to fork strategy of the european union

Currently, the Farm to Fork Strategy, in addition to continuing to ensure product traceability, aims to create fairer food systems that promote consumer health and are environmentally friendly.

The COVID-19 pandemic and the war in Ukraine demonstrated that food systems must be resilient and sustainable. It is extremely important to reduce the emission of greenhouse gases (trying to have a neutral or positive impact in environmental terms and helping to mitigate climate change), reduce the consumption of natural sources, mitigate or reverse the loss of biodiversity and minimize the effects on human health. Food safety is important in this particular case, and everyone must have access to safe and nutritious food. In addition to all the points mentioned above, there must be a fair economic return for all the intervening links in the food chain, particularly the primary producers. Thus, fair trade must be promoted.

The European Union has drawn up an action plan containing proposals for changing the current legislation, including revisions and initiatives. The points being debated are (i) the sustainable use of pesticides; (ii) the creation of a nutritional label to be placed on the front of the pack; (iii) the establishment of nutritional profiles that restrict the promotion of foods with high salt, sugar and/or fat contents; and (iv) the evaluation and review of legislation relating to animal welfare.

The European Union also aims to achieve the following targets in 2030: (i) Reduce by 50% the use and risk of chemical pesticides and the use of the most dangerous pesticides; (ii) Reduce nutrient loss by at least 50%, ensuring, however, that soil fertility is not compromised. It is also mentioned that the intention is to reduce the use of fertilizers by at least 20%; (iii) Reduce by 50% the application of antimicrobials (such for example, antibiotics applied to farmed and aquaculture animals); and (iv) Convert at least 25% of agricultural land to organic mode. The European Union intends to simultaneously deploy fast broadband Internet in all rural areas by 2025.

Aren't these goals too ambitious? Let's see what the future holds for us. It is everyone's role to promote the use and adaptation of new technologies and research results, combined with society's greater attention to producing more sustainable food for All.

For the Planet and Our Society!

Nueva perspectiva sobre la estrategia de la granja a la mesa de la unión europea

Actualmente, la Estrategia de la Granja a la Mesa, además de seguir asegurando la trazabilidad del producto, tiene como objetivo crear sistemas alimentarios más justos, que promuevan la salud del consumidor y sean amigables con el medio ambiente.

La pandemia de COVID-19 y la guerra en Ucrania demostraron que los sistemas alimentarios deben ser resistentes y, por lo tanto, sostenibles. Es de suma importancia reducir la emisión de gases de efecto invernadero (intentando tener un impacto neutro o positivo en términos ambientales y contribuyendo a mitigar el cambio climático), reducir el consumo de fuentes naturales, mitigar o revertir la pérdida de biodiversidad y minimizar los impactos en la salud humana. En este caso particular, la seguridad alimentaria adquiere especial importancia, y se debe garantizar a todos el acceso a alimentos seguros y nutritivos. Además de todos los puntos mencionados anteriormente, es fundamental que exista un retorno económico justo para todos los elementos que intervienen en la cadena alimentaria y, en particular, los productores primarios. Por lo tanto, se debe promover el comercio justo.

La Unión Europea ha elaborado un plan de acción, que contiene propuestas para cambiar la legislación actual, incluidas revisiones e iniciativas. Los puntos en debate son: (i) el uso sostenible de plaguicidas; (ii) la creación de una etiqueta nutricional que se colocará en el frente del paquete de alimentos; (iii) el establecimiento de perfiles nutricionales que restrinjan la promoción de alimentos con alto contenido de sal, azúcar y/o grasas; y (iv) la evaluación y revisión de la legislación relacionada con el bienestar animal.

La Unión Europea también pretende alcanzar los siguientes objetivos en 2030: (i) Reducir en un 50% el uso y el riesgo de pesticidas químicos y el uso de los pesticidas más peligrosos; (ii) Reducir la pérdida de nutrientes en al menos un 50%, asegurando, sin embargo, que la fertilidad del suelo no se vea comprometida. También se menciona que la intención es reducir el uso de fertilizantes en al menos un 20%; (iii) Reducir en un 50% la aplicación de antimicrobianos (como, por ejemplo, antibióticos aplicados a animales de granja y acuicultura); y (iv) Convertir al menos el 25% de las tierras agrícolas a la agricultura ecológica. La Unión Europea tiene la intención de implementar simultáneamente Internet de banda ancha rápida en todas las zonas rurales para 2025.

No son estos objetivos demasiado ambiciosos? Veamos qué nos depara el futuro. Es papel de todos promover el uso y la adaptación de las nuevas tecnologías y los resultados de la investigación, en combinación con la mayor atención que la sociedad pone en la producción de alimentos para todos más sostenibles.

Por el Planeta y Por Nuestra Sociedad!

Recebido: 07 de Junho de 2023; Aceito: 07 de Junho de 2023

Autor Correspondente Elsa Ramalhosa Campus de Santa Apolónia 5300-253 - Bragança - Portugal elsa@ipb.pt

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