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Sociologia, Problemas e Práticas

versão impressa ISSN 0873-6529

Sociologia, Problemas e Práticas  n.46 Oeiras set. 2004

 

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA MATEMÁTICA

A bela ou o monstro?

 

Madalena Ramos*

 

Resumo

Representações sociais da matemática: a bela ou o monstro?

Quer seja nos meios de comunicação social, quer seja em conversas ouvidas entre amigos, todos os dias deparamos com referências à matemática, em particular ao insucesso escolar que aí se regista e à “aversão” que um conjunto bastante vasto de pessoas sente por ela. Na tentativa de perceber como se constrói esta valorização negativa da disciplina surge como imperioso o conhecimento das representações sociais da matemática. Um inquérito por questionário, aplicado a uma amostra de alunos do 9.º ano do concelho de Lisboa, permitiu concluir que aquilo que mais sobressai na sua relação com a matemática é o sentimento de insegurança face ao seu elevado nível de dificuldade, que coexiste com o reconhecimento da sua importância e utilidade.

Palavras-chave Representações sociais, matemática, educação.

 

Abstract

The social representations of mathematics: beauty or the beast?

Every day, in the media or in conversations among friends, we come across references to mathematics and, in particular, to the failure in school associated with it and the “aversion” that a fairly large number of people feel towards it. For any attempt to understand how this negative assessment of the subject has built up, knowledge of the social representations of mathematics appears indispensable. From a questionnaire survey among a sample of 9th grade pupils in the municipality of Lisbon it was possible to conclude that the salient characteristic of their relationship with mathematics is that a sense of insecurity arising from the difficulty of the subject coexists with a recognition of its importance and usefulness.

Key-words Social representations, mathematics, education.

 

Résumé

Représentations sociales des mathématiques: la belle ou la bête?

Que ce soit dans les médias ou dans les conversations entre amis, les mathématiques reviennent souvent à l’ordre du jour, en particulier pour évoquer de l’échec scolaire ou bien l’aversion qu’un nombre de personnes éprouvent pour cette matière. Afin de comprendre comment se construit cette perception négative des mathématiques, il est essentiel d’en connaître les représentations sociales. Une enquête par questionnaire menée à Lisbonne, auprès d’un échantillon d’élèves en 9 ème année de scolarité (15 ans de moyenne d’âge), a permis de conclure que ce qui ressort le plus dans leur relation avec les mathématiques est le sentiment d’insécurité face au degré de difficulté élevé de cette matière, allié à la reconnaissance de son importance et de son utilité.

Mots-clés Représentations sociales, mathématiques, éducation.

 

Resumen

Representaciones sociales de las matemáticas: ¿la bella o la bestia?

Bien sea en los medios de comunicación social o en las conversaciones entre amigos, todo los días nos encontramos con referencias a las matemáticas, más concretamente al fracaso escolar que aquí se registra y a la “aversión” que un conjunto bastante amplio de personas siente por esta disciplina. En el intento de comprender como se construye esta valoración negativa de la materia surge como imperioso el conocimiento de las representaciones sociales de las matemáticas. Un sondeo realizado por cuestionario, aplicado a un segmento de alumnos de 9.º curso (3.º de ESO) del municipio de Lisboa, permitió concluir que lo más destacable en su relación con las matemáticas es el sentimiento de inseguridad ante su elevado nivel de dificultad, que coexiste con el reconocimiento de su importancia y utilidad.

Palabras-clave Representaciones sociales, matemáticas, educación.

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

Referências bibliográficas

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Moscovici, S. (1976), La Psychanalyse, Son Image et Son Public, Paris, PUF.         [ Links ]

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Schoenfeld, A. H. (1989), “Explorations of student’s mathematical beliefs and behavior, Journal for Research in Mathematics Education, 4, pp. 338-355.         [ Links ]

 

* Madalena Ramos. Departamento de Métodos Quantitativos. Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa. E-mail: madalena.ramos@iscte.pt

 

 

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