Introdução
A identidade profissional do enfermeiro tem vindo a ser construída no decorrer das suas transformações históricas como profissão, a partir dos contextos socioeconómicos, políticos e culturais que permeiam a enfermagem como ciência. É uma construção social permanente, que envolve um processo de autorreconhecimento das suas competências, da sua inserção no ambiente de trabalho, das suas expectativas e das suas vivências individuais e coletivas.
Essa trajetória de estruturação da identidade profissionaldo enfermeiro é marcada por avanços e retrocessos. O processo de enfermagem (PE) é um exemplo de avanço, porque através do uso deste dispositivo como orientador do planejamento do cuidado e guiado por teorias que o fundamentam, os enfermeiros fortalecem e contribuem para a sua prática profissional .
O PE é definido como um instrumento metodológico, orientador do cuidado profissional de enfermagem e dos registos da prática profissional (Resolução Cofen nº 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem, 2009). No entanto, no quotidiano dos serviços, o PE é comumente percebido como atividade burocrática e sobrecarga de trabalho, sendo utilizado para o cumprimento da rotina do serviço e, consequentemente, pouco valorizado pela equipa de enfermagem
Neste sentido, estudos que fomentem a discussão da identidade profissional dos enfermeiros em diferentes ambientes de atuação provocam reflexão e fundamenta a compreensão do exercício profissional, visto que estudos revelam que profissionais que alcançam a perceção da sua identidade são mais confiantes na transformação de práticas (Nocerino et al., 2020).
Assim, com o intuito de preencher as lacunas de conhecimento existentes e produzir novos saberes que possam provocar mudanças nas atividades profissionais, o presente estudo teve como objetivo identificar os motivos da não implicação do PE na construção da identidade profissional dos enfermeiros.
Enquadramento
Na perspetiva sociológica de Claude Dubar (2005), a construção da identidade profissional dá-se pela influência de dois processos: o processo biográfico e o processo relacional. O primeiro refere-se a uma construção gradativa de identidades sociais e profissionais, a partir das categorias oferecidas por instituições como família, escola, mercado de trabalho e empresa. O processo identitário relacional reporta-se na identificação dentro de um ambiente legitimado, das identidades ligadas aos saberes, competências e retratos de si apontados e declarados pelos sujeitos nas instituições.
A interação desses processos é que constrói numa perspetiva mutável a identidade profissional. Para tanto, refletir sobre a construção da identidade profissional dos enfermeiros é reconhecer todo o contexto histórico e os aspectos socioeconómicos, políticos e culturais dessas trabalhadoras a partir da profissionalização da enfermagem. Tal, é reforçado por Figueiredo e Peres (2019) quando reportam que para compreender as minúcias da evolução da enfermagem é preciso resgatar a sua história. Assim, a forma como um grupo profissional específico se mostra e se reconhece coletivamente não está condicionado a possíveis definições, pelo contrário, compreende um processo complexo que envolve passado e presente, olhar intrínseco e extrínseco, anseios e insatisfações do grupo nas relações sociais (Queirós, 2015).
Logo, as relações sociais estabelecidas nos serviços reforçam a terceira tese de Dubar (2012), quando o autor interpreta que o trabalho pode ser orientador, em determinadas circunstâncias no exercício de uma função, como eixo estrutural para o desenvolvimento de habilidades, partilha de experiências e produção de conhecimentos vindouros.
Nesta direção, Motta e Freitas (2016) afirmam que o PE é proposto como eixo estruturante do trabalho do enfermeiro, pois implica diretamente na qualidade da assistência e na prática profissional, produz e organiza o cuidado de modo sistematizado, possibilitando um reconhecimento social, delimita-se área de atuação à medida que colabora com a manutenção das conquistas legais da profissão e, consequentemente, fortalece a sua identidade profissional à medida que a solidifica.
Assim, o PE configura-se como uma ferramenta de gestão, assumindo um papel de alicerce nos processos de tomada de decisão para a organização do trabalho do corpo de enfermagem (Pimenta & Souza, 2017).
É importante reforçar que todos os membros da equipa de enfermagem deveriam compreender todas as fases do PE, como também participar efetivamente na sua construção, outorgando-lhe racionalidade científica, contribuindo para comprovar a especificidade saber/fazer da profissão (Gutiérrez & Morais, 2017). Deste modo, o PE mobiliza forças para a valorização do trabalho dos enfermeiros e, consequentemente, contribui para a construção da sua identidade.
Questão de investigação
Que motivos levam à não implicação do PE na construção da identidade profissional dos enfermeiros?
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa guiada no aprofundamento e compreensão dos conteúdos latentes a respeito da não implicação do PE na construção da identidade profissional dos enfermeiros. Para qualidade da investigação e segurança do rigor na pesquisa qualitativa, foram seguidas as diretrizes do Consolidated Criteria For Reporting Qualitative Research (COREQ).
O estudo foi realizado numa unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) de um hospital público da cidade de Vitória da Conquista, interior da Bahia, Brasil. Os critérios que levaram à escolha desse serviço compreenderam o facto de representar um cenário de assistência a pacientes críticos, que demandam cuidados intensivos de enfermagem neonatal mais complexos e especializados; e ter o PE implantado.
Os participantes do estudo foram enfermeiros da UTIN que demonstraram interesse em participar voluntariamente no estudo. Os critérios de inclusão compreenderam: não estarem afastados por motivos de férias, licença ou atestado médico; trabalharem na assistência e terem no mínimo três meses de atuação no serviço.
Para colheita de dados foi utilizada a técnica da entrevista guiada por roteiro semiestruturado, tendo estas sido realizadas no período de junho a agosto de 2019, gravadas por meio de aplicativo de smartphone com duração média de 19 minutos. Para o encerramento da colheita de dados foi utilizado como parâmetro a saturação das respostas, tendi sido entrevistados 10 enfermeiros. Os participantes do estudo foram identificados com a letra E, seguida de uma sequência de número ordinal para garantia da confidencialidade. As entrevistas foram validadas após a transcrição ser avaliada e confirmada pelos participantes do estudo.
A análise dos dados foi concretizada em três etapas: ordenação dos dados, classificação dos dados e análise final dos dados. Alinhado ao método hermenêutico-dialético foi utilizado o software NVivo 11, para a ordenação e classificação dos dados, que auxiliou nesse processo de identificação das unidades de análise, permitindo a estratificação das falas de forma organizada e célere a partir das suas ferramentas. A análise hermenêutica dá-se pelas convergências, divergências, complementariedades e diferenças. Os achados ficaram situados nas convergências e complementariedades.
Foram respeitados todos os aspetos éticos previstos nas Resoluções 466/2012 e 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) e aprovação do Projeto de Pesquisa pelo Comissão de Ética sob o parecer nº 3187006 e CAEE 06501319900008089.
Resultados
Quanto à caracterização sociodemográfica dos participantes do estudo, nove são do sexo feminino e um do sexo masculino. A idade variou entre 32 a 60 anos, com tempo de formação entre 6 a 28 anos. Na sua maioria, os enfermeiros possuíam pós-graduação, cinco em UTIN e nove eram oriundas de instituições privadas.
Em relação ao número de vínculos de trabalho, dos 10 enfermeiros, oito tinham mais de um emprego. Apresentavam jornadas exaustivas de trabalho, sendo que oito cumprem mais de 60 horas semanais. O tempo de atuação na UTIN variou entre 7 meses a 16 anos.
Ficou evidenciado nos discursos dos entrevistados que nas suas práticas profissionais, por diferentes motivos, o PE não tem implicações para a construção da identidade profissional dos enfermeiros. Confrontando com o referencial téorico-filosófico de Dubar e com as possibilidades apontadas no software NVivo 11, elaborámos uma tabela de análise (Tabela 1).
Categorias de análise: RV1 ... RV10 Síntese Horizontal Uma compreensão instrumental tecnicista Entre a subjacência e a incompreensão A procura da identidade e sua incompreensão Síntese Vertical |
*Adaptado de (Almeida, 2017).
A primeira categoria (Tabela 2) apresenta os modos de compreensão dos enfermeiros a respeito do PE nas suas práticas profissionais de modo singularizado, com o predomínio de uma visão estritamente técnica, conforme observado na convergência dos excertos das entrevistas. E, como elementos complementares, são descritas as atividades desenvolvidas no serviço pelos enfermeiros.
Na segunda categoria (Tabela 3) foram experenciadas conceções diferentes, ambíguas e manifestações subjetivas a respeito do PE. Emergiram conceitos elaborados pelos enfermeiros a partir das suas experiências individuais e profissionais associadas às relações sociais estabelecidas no ambiente de trabalho.
Foi possível apreender, a partir das falas, como a incompreensão do PE e da identidade profissional interfere no estabelecimento da conexão entre ambas e compromete o processo de identificação profissional dos enfermeiros.
Na terceira categoria (Tabela 4) é possível verificar depoimentos diversificados. As falas que são apresentadas de seguida são convergentes em relacionar a identidade profissional ao exercício da função e o cumprimento de rotinas.
Apesar da evolução da enfermagem como ciência, falas que sustentam características romantizadas da profissão ainda aparecem nos discursos. O modo como o enfermeiro percebe a sua profissão pode gerar divergências de ideias e perceções a respeito de si e dos seus pares. Estes conflitos demarcam à busca de uma identidade pelos enfermeiros e evidenciam a necessidade de uma discussão ampliada sobre essa construção permanente de identificação profissional.
Discussão
A primeira categoria retrata uma compreensão instrumental tecnicista evidenciado nos múltiplos discursos. Alguns participantes entendem o PE como uma forma de organização e direcionamento da assistência e o confundem com a sistematização da assistência de enfermagem (SAE). Este facto é bastante comum no quotidiano do trabalho e acontece porque os termos foram usados como sinónimos muitos anos pelos dispositivos legais da profissão (Resolução Cofen nº 358/2009 do Conselho Federal de Enfermagem, 2009).
Um dos entrevistados afirma que o PE é difícil de pôr em prática, conforme preconizado. Nesse discurso está implícito que apesar de se considerar o PE um instrumento importante, existem obstáculos como a sobrecarga de trabalho, subdimensionamento de pessoal e a falta de valorização do PE pela equipa que o impede de ser executado corretamente.
O entendimento dos entrevistados sobre o PE, maioritariamente, remete uma visão limitada, circunscrita a um enfoque técnico assistencial, outorgando-lhe apenas a função de norteador das atividades a serem desenvolvidas pela equipa. Essa valorização das atividades mais técnicas, tornam as práticas mecanicistas e tarefeiras, comprometendo o PE e a identidade profissional dos enfermeiros. Esta, deve ser pautada nas interações sociais estabelecidas no âmbito da sua função assistencial, educativa, científica, social e política (Padilha et al., 2011).
Portanto, fica evidenciado que reduzir a compreensão do PE ao enfoque técnico e assistencial acarreta a sua não implicação na construção da identidade profissional dos enfermeiros. É preciso pensar o PE nas suas dimensões técnicas, científicas, políticas e culturais, ampliando o olhar do enfermeiro quanto às suas possibilidades na prática profissional.
Já a segunda categoria, entre a subjacência e a incompreensão, reúne conteúdos ocultos e insipientes a respeito da temática. Foram reveladas conceções diferentes, com discursos abstratos sobre o PE. Tais falas permitem a subjetividade do conceito do PE pelos enfermeiros, denotando o que consideram relevante e o que esperam deste processo nas suas atividades profissionais.
Por outro lado, o cuidado qualificado prestado ao paciente é sinalizado pelos entrevistados como eixo orientador da enfermagem. Os autores Merhy e Feuerwerker (2016) asseguram que o cuidado integral, centrado no paciente, continua a ser um enorme desafio para os gestores e trabalhadores comprometidos na produção do cuidado no interior das organizações e serviços de saúde.
Observa-se ainda um depoimento importante que expressa com certa dúvida do que se trata o PE e demonstra a sua forma de interpretação, como compreende a profissão e menciona a submissão dos enfermeiros ao profissional médico. Para Lage e Alves (2016) a falta de reconhecimento do trabalho do enfermeiro não é somente da sociedade, mas também da equipa de saúde, que de modo mais abrangente acaba por afetar a construção da sua identidade profissional e, assim, comprometendo as relações sociais.
Acredita-se que o PE deva ser guiado por uma teoria alinhada com os ideais da instituição, incorporado por toda a equipa de enfermagem e depois de consolidado, estar presente no processo de trabalho em saúde para que os demais membros da equipa multiprofissional o percebam como método científico com dimensões mais abrangentes do saber/fazer dos enfermeiros. Tal, é reforçado por Figueiredo e Peres (2019) quando asseguram que as pessoas precisam do reconhecimento do seu saber profissional pelos demais membros da sua prática. Portanto, mesmo que os seus pares reconheçam, a valorização dos demais profissionais de saúde é vital para os enfermeiros.
Destarte, esta categoria permitiu identificar as fragilidades da compreensão do PE e da identidade profissional pelos enfermeiros a partir dos diferentes contextos que reúnem os elementos constitutivos dos seus processos identitários, tais como: a biografia, formação académica, relações sociais e profissionais, ambientes de trabalho, entre outros.
Portanto, apesar de trabalharem num mesmo setor, cada enfermeiro apresenta uma compreensão singular sobre o PE e a identidade profissional e os conduz de forma diversificada. Corroborando o conceito de Dubar (2005), acredita-se que a identidade é um processo permanente em construção, desconstrução e reconstrução.
Assim, a terceira categoria, a procura da identidade e a sua incompreensão, demonstram as ideias ocultas sobre esse processo inconclusivo que é a construção da identidade profissional dos enfermeiros.
Emergiram falas que traduzem a ideia de que a identidade profissional está voltada para as ações desempenhadas pelos enfermeiros no seu ambiente de trabalho. Segundo Campos e Oguisso (2008), essa falta de clareza da identidade profissional aparece, uma vez que muito do que o enfermeiro faz se afasta do que ele é. Sendo assim, é fundamental estabelecer as especificidades da profissão e apresentar o enfermeiro pelo o que ele é e não pelo que faz.
Existe uma carência do enfermeiro compreender a sua identidade profissional como uma construção social, que transcende as suas funções técnico-assistenciais, visto que quotidianamente são identificadas pelas atividades que realizam e não pelo que realmente representam.
O discurso em que aparece a expressão “dona de casa” está relacionado com o estereótipo do género que está presente desde a institucionalização da profissão. Outro ponto importante a ser destacado é distinguir os termos identidade profissional do enfermeiro e a identidade da profissão (enfermagem).
Os termos usualmente são confundidos como sinónimos, na visão de Porto (2004), a identidade profissional é em todo o tempo de uma pessoa ou de um grupo de pessoas. Ela está incorporada e conectada com a identidade da profissão, uma vez que a enfermagem engloba elementos que ultrapassam o domínio da identidade profissional. Assim, existe uma relação dialógica entre a identidade da enfermagem e a identidade profissional do enfermeiro, de modo que as duas sofrem interferências mútuas (Teodosio et al., 2020).
Já a referência de que “ele não se reconhece como profissional está sempre submetido a outros” aborda as relações de submissão estabelecidas pelos profissionais no ambiente de trabalho. Essas relações de subordinação dos enfermeiros são resultantes da génese da profissão e estão ligadas a supremacia médica.
Tal, é reforçado por Melo et al. (2016) no momento em que afirma que o modelo assistencial biomédico reduz a autonomia técnica do enfermeiro devido à sua influência na organização do processo de trabalho em saúde. É complementado por Almeida (2017), que afirma como risco potencial para o estabelecimento de profissionais submissos, o facto de não compreenderem a sua prática e o seu objeto de trabalho.
Portanto, é preciso romper com essas práticas de subordinação nos serviços a partir da apropriação da sua construção social como profissional, respeitando as singularidades e tornar visível o seu trabalho como enfermeiro.
As expressões usadas pelos entrevistados, que denotam a incompreensão sobre a identidade profissional, manifestadas mesmo após fluírem os significados produzidos por cada participante, sugerem a necessidade de ampliar a discussão sobre a temática.
A expressão “devemos primeiramente descobrir a nossa identidade profissional”, desperta para refletir sobre a descoberta e a temporalidade. Este pensamento é também defendido por Dubar (2005), quando acrescenta que as particularidades profissionais não são transmitidas de uma geração de profissionais para a geração seguinte, a menos que os trabalhadores envolvidos materializem tais peculiaridades.
Despontam expressões que descrevem a identidade profissional como autoreconhecimento e processo de afirmação profissional. Essa busca de identidade pelo enfermeiro é descrita por Collière (1999) como influenciada pelas diferentes correntes socioeconómicas sobre a prática da enfermagem, modificando o seu papel e as suas expectativas. A representação do enfermeiro é transformada e diversificada, torna-se mais complexa ao passo que é fragilizada a estabilidade do seu papel.
O estudo apresenta limitações porque retrata uma realidade pensada e vivenciada num contexto particularizado sob a ótica de apenas uma categoria profissional. No entanto, esta investigação demonstra a sua pertinência diante de escassas publicações na literatura científica que façam a conexão entre o PE e a construção da identidade profissional dos enfermeiros, e principalmente porque sinaliza a necessidade de ampliar as investigações sobre o tema e aponta caminhos para potencializar o PE como um dispositivo para consolidar os processos identitários e o empoderamento dos enfermeiros em diferentes campos de atuação.
Conclusão
O presente estudo alcançou o seu objetivo identificando as razões da não implicação do PE na construção da identidade profissional dos enfermeiros, bem como ampliou o sentido dado ao PE, trazendo o debate e a reflexão dos vínculos estabelecidos entre eles.
Este estudo constatou que a não implicação do PE na construção da identidade profissional está relacionada com a forma rotinizada, automática e irreflexiva no uso do PE na UTIN pelos enfermeiros, o que expressa a necessidade de ampliar o debate sobre o PE, SAE, e identidade profissional para os enfermeiros e demais profissionais de enfermagem. O PE somente se consolidará na realidade dos serviços quando for prioridade da gestão institucional em consonância com a valorização dessa importante ferramenta por todos os trabalhadores de enfermagem.
O estudo sinalizou dois importantes determinantes que influenciam neste contexto: a centralização do modelo biomédico interferindo negativamente no processo de construção da identidadedos enfermeiros e nas relações sociais do processo de trabalho em saúde; e a necessidade de o enfermeiro compreender a sua identidade profissional como uma construção social, que transcende funções técnico-assistenciais.
A efetivação do PE na prática profissional ainda constitui um desafio para a enfermagem brasileira. O PE, como método para o cuidado, é percebido no quotidiano do serviço da UTIN com reduzido teor de criticidade e desprovido de perspetivas políticas, sociais, culturais e económicas para a visibilidade da profissão.
O estudo sinaliza que o PE deve ser pensado e incorporado por todos os membros da equipa de enfermagem. Como produto da pesquisa foi elaborado um projeto de intervenção com o propósito de reestruturação do PE na UTIN com escopo na construção da identidade profissional dos enfermeiros do serviço, através de ações educativas e envolvimento da equipa de enfermagem, para que todos se identifiquem e se sintam corresponsáveis em potencializar o PE como instrumento de empoderamento e reconhecimento profissional.