Introdução
De acordo com o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS, 2018) registaram-se em todo o mundo 18 milhões de novos casos de cancro, sendo a taxa de incidência, no ano de 2018, de 23,4% na Europa. Em Portugal, a média é de 260 novos casos por cada 100.000 habitantes (Organisation for Economic Co-operation and Development [OECD], 2019).
Nas últimas décadas verificou-se um acréscimo acentuado na incidência de cancro nos grupos etários mais jovens, estimando-se a nível internacional que 15% das pessoas com cancro têm entre os 20 e os 50 anos (O´Neill et al., 2019). Em Portugal não são conhecidas as taxas de incidência do cancro nestas faixas etárias, no entanto, os tipos de cancro com um maior número de novos casos (colorretal, mama e próstata) são cada vez mais comuns nos adultos jovens. As implicações de um diagnóstico de cancro nestas faixas etárias diferem das encontradas nas pessoas idosas, pois muitas ainda trabalham ou estudam, e muitos são pais de filhos menores de 18 anos (Alexander et al., 2019).
Nas últimas décadas, os avanços da ciência levaram a que a abordagem do doente oncológico, quer na fase de diagnóstico, quer ao longo da progressão da doença seja holística, sendo fundamental integrar a família, nomeadamente os filhos (crianças/adolescentes) dos doentes.
Apesar de não existir um conceito de cancro parental, este compreende a vivência de cancro, numa idade precoce da vida adulta, em pessoas com filhos dependentes (Barbosa, 2015), o que representa um fator significativo de stress para doentes e filhos, devido à doença e à potencial ameaça de morte, podendo esta situação originar alterações na interação pais-filhos (Su & Ryan-Wenger, 2007).
Nos últimos 20 anos verificou-se um aumento de estudos sobre o impacto do cancro parental nas crianças e adolescentes, apontando os resultados para um risco aumentado de problemas psicológicos e sociais nesta população (O´Neill et al., 2019; Visser et al., 2004). Os estudos centram-se essencialmente nos problemas adaptativos das crianças e adolescentes, bem como na relação entre as características individuais e a adaptação ao cancro parental. No entanto, constata-se a inexistência de um modelo teórico estruturado que permita sustentar os programas de intervenção destinados às crianças/adolescentes e pais (Su & Ryan-Wenger, 2007).
De acordo com Ellis et al. (2016), as intervenções implementadas nos programas devem promover o conhecimento e a compreensão sobre a patologia (cancro); facilitar a comunicação familiar; reforçar a importância do suporte através do grupo de pares; proporcionar a normalização das emoções e experiências; promover o desenvolvimento de mecanismos de coping e preparar para a perda iminente de um dos pais e/ou intervir no processo de luto.
O facto de os profissionais de saúde que trabalham em hospitais especializados na prestação de cuidados a adultos poderem apresentar experiência limitada no cuidar de crianças e adolescentes, torna as equipas insuficientemente qualificadas para intervir junto dos filhos dos doentes (Alexander et al., 2019). E, atendendo a que o foco principal dos profissionais de saúde nestas instituições é o doente oncológico; as necessidades educacionais, sociais e emocionais dos descendentes são, muitas vezes, pouco consideradas, apesar de estas famílias necessitarem de orientação profissional que contribua para a adaptação à doença e bem-estar da díade (Arber & Odelius, 2017; Philips & Prezio, 2016). Assim, a prestação de cuidados aos doentes oncológicos deve incluir a avaliação da família, nomeadamente da componente estrutural a nível interno, e identificar a existência de crianças e/ou adolescentes no agregado familiar (Figueiredo & Martins, 2010; Su & Ryan-Wenger, 2007).
Estudos da avaliação da eficácia dos programas de intervenção para a adaptação ao cancro parental demonstram a existência de melhorias significativas nas crianças e adolescentes, nomeadamente a nível dos sintomas de stress pós-traumático e depressão (Alexander et al., 2019), qualidade de vida, desenvolvimento de mecanismos de coping, e aperfeiçoamento da comunicação e relacionamento pais-filhos (Su & Ryan-Wenger, 2007), permitindo aumentar a capacidade da família para lidar com o cancro.
Apesar da relevância do fenómeno cancro parental e do impacto no doente e nos filhos, desconhece-se existirem em Portugal programas com intervenções dirigidas para a díade pais-filhos. Acresce ainda o facto de existirem poucos estudos na área e de as intervenções serem escassas e não validadas em contextos clínicos (Alexander et al., 2019). Alguns autores (Alexander et al., 2019; Inhestern et al., 2016; Su & Ryan-Wenger, 2007) mencionam a necessidade do desenvolvimento de intervenções padronizadas para apoio às crianças/adolescentes e pais que vivenciam o cancro parental.
Tendo em conta esta problemática, realizou-se uma pesquisa de revisões na MEDLINE (via PubMed), CINAHL Complete (via EBSCO) e Cochrane Database of Systematic Reviews, tendo sido encontradas algumas revisões da literatura referentes a programas de intervenção para crianças, adolescentes e pais que vivenciam a experiência do cancro parental (Alexander et al., 2019; Ellis et al., 2016; Inhestern et al., 2016; Su & Ryan-Wenger, 2007).
O estudo realizado por Su e Ryan-Wenger (2007) é uma revisão integrativa da literatura, que teve como objetivo principal sintetizar a literatura existente sobre o tema e desenvolver um modelo teórico que sustentasse os programas de intervenção. A revisão sistemática da literatura desenvolvida por Ellis et al. (2016) excluía todo o tipo de revisões da literatura bem como programas de intervenção dirigidos apenas aos pais (doentes oncológicos), uma vez que a população-alvo do estudo eram crianças e adolescentes. A revisão sistemática realizada por Inhestern et al. (2016), excluía os estudos cujos programas não integrassem intervenções estruturadas, podendo, eventualmente, excluir programas promotores da adaptação ao fenómeno do cancro parental. A revisão sistemática desenvolvida por Alexander et al. (2019), envolvia apenas estudos com programas cuja população-alvo fossem crianças/adolescentes com pais com cancro, excluindo programas de intervenção dirigidos para os pais que, consequentemente, visassem dar resposta às necessidades da díade.
Esta revisão diferencia-se das revisões sistemáticas anteriores nesta área na medida em que prevê o mapeamento de programas de intervenção dirigidos às crianças/adolescentes, pais (doentes oncológicos), ou à díade, identificando a tipologia das intervenções implementadas bem como quais destas são desenvolvidas pelos diferentes profissionais de saúde com o objetivo de dar resposta às necessidades emergentes da população-alvo.
Considerando o descrito anteriormente, a presente scoping review tem como objetivos: mapear os programas de intervenção para crianças, adolescentes e pais, ou díade (doentes oncológicos e seus filhos) a vivenciar o cancro parental; identificar a tipologia das intervenções propostas nos programas; e identificar e descrever os programas de intervenção que são desenvolvidos por profissionais de saúde, nomeadamente enfermeiros. Desta forma, pretende-se dar resposta à questão de revisão: “Quais os programas que existem, dirigidos a crianças, adolescentes e pais a vivenciar o cancro parental?” e, consequentemente, às seguintes subquestões: “Que intervenções são desenvolvidas nos programas de intervenção dirigidos a crianças, adolescentes e pais a vivenciar o cancro parental?” e “Qual a tipologia das intervenções desenvolvidas pelos diferentes profissionais de saúde nos programas de intervenção dirigidos a crianças, adolescentes e pais a vivenciar o cancro parental?”.
Método de Revisão
Esta scoping review seguirá a metodologia recomendada pelo Joanna Briggs Institute (JBI; Peters et al., 2020), e de acordo com Preferred Reporting Items for Systematic Reviews - Scoping Reviews (PRISMA-ScR).
Serão definidos os critérios de elegibilidade com base na população, conceito e contexto (PCC), de acordo com a metodologia proposta pelo JBI (Peters et al., 2020).
A scoping review incluirá estudos cuja população são crianças e adolescentes, até aos 19 anos, com pelo menos um dos pais diagnosticado com cancro, independentemente do tipo de cancro e estadio da doença.
No que concerne ao conceito, pretende-se a inclusão de estudos que abordem programas de intervenção para crianças, adolescentes e pais que vivenciam o cancro parental, independentemente da tipologia das intervenções implementadas (psicoeducacionais e psicossociais), desenvolvidos por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos), assistentes sociais, professores, voluntários e/ou outros.
Os programas de intervenção têm como objetivo promover o ajuste da criança e adolescente ao cancro parental (Su & Ryan-Wenger, 2007), e atender às necessidades dos pais (doentes oncológicos), capacitando-os ao longo do processo de doença no desempenho das suas competências parentais e simultaneamente na vivência da doença oncológica (Hauken et al., 2019).
Relativamente ao contexto, serão considerados todos os contextos de intervenção, sem qualquer limitação: instituições de saúde (hospitais gerais ou oncológicos, centros de saúde), fundações, domicílio dos doentes e ambientes lúdicos (campos de férias). Relativamente ao tipo de estudo, serão incluídos estudos qualitativos, quantitativos ou mistos (descritivo-exploratório, ensaios clínicos randomizados e não randomizados, estudos de intervenção e observacionais), de qualquer nível de evidência, revisões da literatura e literatura cinzenta. Serão incluídos estudos em idioma inglês, português e espanhol e sem limite temporal.
Estratégia de pesquisa e identificação dos estudos
Relativamente à estratégia de pesquisa delineada e de identificação dos estudos, irão ser utilizadas as seguintes bases de dados eletrónicas: MEDLINE (via PubMed), CINAHL Complete (via EBSCO), Academic Search Complete (via EBSCO), MedicLatina (via EBSCO), Nursing & Allied Health Collection (via EBSCO), SciELO, Cochrane Central Register of Controlled Trials e Cochrane Database of Systematic Reviews. De modo a pesquisar estudos não publicados, será realizada a pesquisa nos Repositórios Científicos de Acesso Aberto de Portugal, OpenGrey e Dart-Europe.
A pesquisa realiza-se em três etapas. Numa fase inicial, com o objetivo de identificar as palavras-chave utilizadas, com maior frequência, nos títulos e resumos, bem como os termos de indexação utilizados na literatura, foi realizada uma pesquisa restrita nas bases de dados MEDLINE (via PubMed) e CINAHL Complete (via EBSCO; Tabela 1).
Base de dados | Estratégia | Nº de artigos |
MEDLINE (via PubMed) | Search ((((((program*[Title/Abstract] OR service*[Title/Abstract] OR intervention*[Title/Abstract] OR project*[Title/Abstract]))) OR (("Program Development"[Mesh]) OR "Program Evaluation"[Mesh]))) AND ((((child*[Title/Abstract] OR adolescent*[Title/Abstract] OR youth[Title/Abstract] OR teen*[Title/Abstract] OR Infant*[Title/Abstract] OR famil*[Title/Abstract] OR parent*[Title/Abstract] OR mother*[Title/Abstract] OR father*[Title/Abstract] OR spouses[Title/Abstract] OR offspring[Title/Abstract]))) OR (((("Infant"[Mesh]) OR "Child"[Mesh]) OR "Adolescent"[Mesh]) OR "Parents"[Mesh]))) AND ((“parental cancer”[Title/Abstract] OR “parent with cancer”[Title/Abstract] OR “parents with cancer”[Title/Abstract] OR “relatives with cancer”[Title/Abstract] OR “parent diagnosed with cancer”[Title/Abstract] OR “parent developing cancer”[Title/Abstract] OR “family cancer”[Title/Abstract])) | 226 |
CINAHL Complete (via EBSCO) | (TI ( program* OR service* OR intervention* OR project* ) OR AB ( program* OR service* OR intervention* OR project* ) OR (MH "Program Development+") OR (MH "Program Evaluation")) AND (TI ( child* OR adolescent* OR youth OR teen* OR Infant* OR famil* OR parent* OR mother* OR father* OR spouses OR offspring ) OR AB ( child* OR adolescent* OR youth OR teen* OR Infant* OR famil* OR parent* OR mother* OR father* OR spouses OR offspring ) OR (MH "Infant+") OR (MH "Child+") OR (MH "Adolescence+") OR (MH "Parents+")) AND (TI ( “parental cancer” OR “parent with cancer” OR “parents with cancer” OR “relatives with cancer” OR “parent diagnosed with cancer” OR “parent developing cancer” OR “family cancer” ) OR AB ( “parental cancer” OR “parent with cancer” OR “parents with cancer” OR “relatives with cancer” OR “parent diagnosed with cancer” OR “parent developing cancer” OR “family cancer” )) | 197 |
Posteriormente, na segunda etapa, os termos naturais e as palavras-chave listadas serão combinadas de modo a formar uma expressão de pesquisa, sendo esta adaptada às especificidades de cada base de dados ou repositório. Na terceira e última etapa, com o intuito de identificar potenciais estudos a incluir na scoping review, serão analisadas as referências bibliográficas de todos os artigos e estudos selecionados na tentativa de identificar outros estudos passíveis de ser incluídos nesta revisão.
Os resultados da pesquisa nas diferentes bases de dados serão exportados para o gestor de referências Mendeley Desktop (versão 1.19.4), através do qual serão identificados e removidos os registos duplicados. Seguidamente, será realizada a triagem dos estudos através da análise do título e resumo, com o intuito de verificar a elegibilidade dos documentos. Este processo será desenvolvido por três revisores independentes (AFS, JFR, MJD), recorrendo-se a um quarto elemento para clarificar quaisquer divergências que possam existir no processo de seleção dos artigos. Caso seja necessário, os autores dos estudos serão contactados de modo a clarificar dúvidas ou fornecer informações adicionais que se consideram necessárias. Os documentos que cumpram os critérios de elegibilidade delineados passam para a fase seguinte, a leitura integral, ou seja, a análise do texto completo. Os resultados obtidos com o processo de triagem serão apresentados de acordo com as recomendações do PRISMA Extension for Scoping Reviews (Tricco et al., 2018).
Extração de dados
A extração dos dados será realizada com recurso a instrumentos desenvolvidos pelos revisores, para a presente revisão (Tabela 2 e 3) os quais poderão sofrer eventuais alterações após a análise dos dados obtidos nos artigos selecionados. Este processo será desenvolvido por três revisores independentes (AFS, JFR, MJD).
INSTRUMENTOS EXTRAÇÃO DE DADOS | ||||||||
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Título da Revisão | Programas de intervenção para crianças, adolescentes e pais que vivenciam a experiência do cancro parental: Protocolo de scoping review | |||||||
Questões de revisão | “Quais os programas que existem, dirigidos a crianças, adolescentes e pais a vivenciar o cancro parental?”; “Que intervenções são desenvolvidas nos programas de intervenção dirigidos a crianças, adolescentes e pais a vivenciar o cancro parental?”; “Qual a tipologia das intervenções desenvolvidas pelos diferentes profissionais de saúde nos programas de intervenção dirigidos a crianças, adolescentes e pais a vivenciar o cancro parental?”. | |||||||
Metodologia (Mnemónica PCC) | População: Crianças e adolescentes, até aos 19 anos, com pelo menos um dos pais diagnosticado com cancro, independentemente do tipo de cancro e estadio da doença. Conceito: Programas de intervenção para crianças, adolescentes e pais que vivenciam o cancro parental, independentemente da tipologia das intervenções implementadas (psicoeducacionais e psicossociais), desenvolvidos por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos), assistentes sociais, professores, voluntários, e/ou outros. Contexto: Todos os contextos de intervenção, sem qualquer limitação: instituições de saúde (hospitais gerais ou oncológicos, centros de saúde), fundações, domicílio dos doentes e ambientes lúdicos (campos de férias). | |||||||
CARACTERÍSTICAS DO ARTIGO | ||||||||
Artigo | Título | Autores | Ano publicação | País de origem | Desenho do estudo | Objetivo | Participantes | Contexto |
Síntese de dados
Os dados serão apresentados em formato narrativo, com recurso a tabelas, sempre que necessário, tendo em consideração o objetivo e foco da scoping review. Este processo de síntese e apresentação dos resultados será realizado por cada um dos três revisores (AFS, JFR, MJD), de modo independente. Por forma a responder às questões de revisão delineadas, foram elaboradas tabelas síntese de dados. A Tabela 4, de identificação dos programas de intervenção para crianças/adolescentes e pais a vivenciar o cancro parental, encontra-se dividida em três secções de acordo com a população-alvo (díade, crianças/adolescentes e pais). A Tabela 5 destina-se à identificação da tipologia das intervenções realizadas nos programas bem como à sua descrição e identificação dos programas desenvolvidos por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, psicólogos) especificando qual a sua intervenção no desenvolvimento e implementação.
Programas de intervenção dirigidos à díade (n= -- estudos e n= --- intervenções) | |||||||
Autor e ano do artigo | Nome do programa | População-alvo | Objetivos do programa | Profissionais de saúde do programa | Estrutura do programa de intervenção | ||
Modelo-teórico | Periodicidade/ Duração das sessões | Tipologia das sessões | |||||
Programas de intervenção dirigidos às crianças e adolescentes (n= -- estudos e n= --- intervenções) | |||||||
Autor e ano do artigo | Nome do programa | População-alvo | Objetivos do programa | Profissionais de saúde do programa | Estrutura do programa de intervenção | ||
Modelo-teórico | Periodicidade/ Duração das sessões | Tipologia das sessões | |||||
Programas de intervenção dirigidos aos pais (n= -- estudos e n= --- intervenções) | |||||||
Autor e ano do artigo | Nome do programa | População-alvo | Objetivos do programa | Profissionais de saúde do programa | Estrutura do programa de intervenção | ||
Modelo-teórico | Periodicidade/ Duração das sessões | Tipologia das sessões | |||||
Apresentação e interpretação dos resultados
O mapeamento dos programas de intervenção existentes, bem como das intervenções implementadas pelos profissionais de saúde dirigidas às crianças, adolescentes e pais que vivenciam o cancro parental poderá constituir uma ferramenta informativa de suporte na tomada de decisão e prática clínica dos profissionais de saúde, além de contribuir para a disseminação da evidência disponível sobre o tema.
Conclusão
A literatura aponta para a necessidade de direcionar e centralizar as intervenções utilizadas para a díade crianças/adolescentes e pais, sendo posteriormente necessário desenvolver estudos de validação que sigam as diretrizes metodológicas apropriadas e que envolvam adequadamente as crianças/adolescentes e pais no processo de avaliação. Apesar das evidências científicas disponíveis, a prática clínica realizada não vai ao encontro das mesmas, não sendo implementados programas de intervenção na população-alvo.
Neste sentido, pretende-se que a scoping review resultante deste protocolo responda aos objetivos formulados, através do mapeamento dos programas de intervenção dirigidos a crianças/adolescentes e pais a vivenciar o cancro parental, bem como a identificação da estrutura e tipologia das intervenções utilizadas nos programas e que intervenções são desenvolvidas pelos diferentes profissionais de saúde.
Assim sendo, este protocolo constitui-se um ponto de partida para a posterior análise e sistematização das principais evidências existentes neste âmbito temático.
Pretende-se que a scoping review resultante deste protocolo reúna informação pertinente que sirva de fundamentação para a construção de um programa de intervenção de enfermagem para adolescentes e pais que vivenciam a experiência do cancro parental e se afigure como um contributo informativo que suporte a análise de práticas vigentes no âmbito do cancro parental.