Introdução
A assistência pré-natal de enfermagem de saúde materna e obstétrica exige qualidade. O ato de cuidar é reconhecido pelos enfermeiros, por isso deve ser realizado com base no conhecimento científico, com aplicação da tecnologia adequada às condições materiais existentes para alcançar a qualidade pretendida e de acordo com a complexidade das necessidades do cliente.
A pandemia por COVID-19 teve impacto, tanto na prática de enfermagem como nas organizações de saúde. Surgiram vários desafios, entre os quais, o uso de equipamento de proteção individual (EPI), restrições na política de visitantes e também várias oportunidades, nomeadamente a vídeo consulta/teleconsulta (Direção-Geral da Saúde [DGS], 2020). Algumas dessas oportunidades foram instituídas e permanecem até hoje, dando assim uma alavancagem nos cuidados prestados. Durante a pandemia do COVID-19, as consultas de saúde materna e obstétrica, sofreram alterações, inibindo a presença do acompanhante durante as mesmas. Surge assim a importância de avaliar se os cuidados de enfermagem foram afetados pelas novas medidas instituídas.
Um dos indicadores para avaliação da qualidade com relação a assistência de enfermagem é através do grau de satisfação do cliente. Nesse sentido, a promoção da opinião dos clientes torna-se indispensável na garantia da qualidade dos cuidados de enfermagem. O cliente torna-se uma parte ativa e crítica no processo de melhoria contínua dos cuidados de enfermagem (Venturi et al., 2009).
Ao longo do artigo vamos utilizar a terminologia de enfermeiras obstétricas, por um lado por ser a terminologia utilizada como descritor em ciências da saúde, por outro lado por esta área de especialidade ser maioritariamente composta por profissionais do género feminino.
Por esse motivo, definimos como objetivo deste estudo avaliar a satisfação da grávida com a assistência das enfermeiras obstétricas nas consultas de vigilância da gravidez durante o contexto de pandemia COVID-19.
Enquadramento
A maternidade é um processo normal da vida, caracterizado não apenas por alterações fisiológicas e biológicas no corpo da mãe, incluindo alterações físicas no cérebro, mas também por uma adaptação psicológica à nova realidade da gravidez, parto e ao futuro bebé. A prevalência de ansiedade e depressão em mulheres grávidas aumentou significativamente após a propagação do coronavírus-19 (COVID-19) em todo o mundo. A ansiedade relacionada com a gravidez é relativamente comum, com uma prevalência atual relacionada com a COVID entre 26%-57% das mulheres, parecendo ser uma síndrome única que reflete medos sobre a saúde e o bem-estar de si e do bebé, do hospital e do parto iminente, e da paternidade ou do papel materno (Jimenez-Barragan et al, 2023).
Sendo a assistência pré-natal de enfermagem de saúde materna e obstétrica (enfermagem obstétrica) definida como o continuum de cuidados concebidos e implementados pela(o) enfermeira(o) obstétrica(o), que visa contribuir para uma experiência positiva da gravidez, esta deve ser implementada em contexto de consulta e/ou em intervenções de grupo (Ordem dos Enfermeiros [OE], 2021).
A enfermeira obstétrica detém níveis elevados de julgamento crítico e de tomada de decisão, assumindo a responsabilidade por um diagnóstico diferencial. Deste modo, torna-se oportuno realizar uma pesquisa onde a atuação da enfermeira obstétrica, está muito presente, como as consultas de vigilância pré-natal, de modo a obter informação acerca da satisfação do cliente com os cuidados especializados recebidos (OE, 2021). Deste modo, reflete-se a importância da vigilância da gravidez ser realizada por enfermeiras obstétricas, para obter ganhos em saúde, como por exemplo, na deteção precoce de complicações e referenciação atempada para o profissional competente, no que se refere a complicações da gravidez, do trabalho de parto ou pós-parto, complicações fetais e neonatais, complicações ginecológicas, problemas sociais e encaminhamento (violência doméstica, negligência no autocuidado/cuidados ao filho, entre outros; OE, 2021).
A procura contínua de melhores resultados e da qualidade na oferta dos serviços de saúde tem sido considerada de extrema importância, no desenvolvimento de uma política organizacional mais eficiente e adequada às necessidades dos clientes. Assim, a satisfação do cliente surge como meio condutor de contribuição para a promoção da qualidade das organizações de saúde, permitindo a avaliação, análise e identificação das dimensões mais relevantes para o cliente e o grau de satisfação destes para com as mesmas. É reconhecido que os cuidados de enfermagem especializados promovem uma maior satisfação e produzem ganhos em saúde, sendo essencial a procura contínua de resultados do cuidado de enfermagem com a finalidade de obter informações sobre como os cuidados beneficiam os clientes tanto a nível individual como a nível familiar e/ou a nível da comunidade. A Ordem dos Enfermeiros reconhece esses ganhos em saúde através da criação de indicadores que são ferramentas que medem o desempenho e caracterizam o estado de saúde das populações. Esses indicadores promovem a monitorização, avaliação e promoção da qualidade dos cuidados prestados pelas enfermeiras obstétricas (OE, 2021). Logo, é imprescindível perceber o grau de satisfação com a assistência de enfermagem.
Questão de investigação
Qual é a satisfação da grávida com a assistência das enfermeiras obstétricas nas consultas de vigilância da gravidez durante o contexto de pandemia COVID-19?
Metodologia
Este estudo é transversal descritivo de natureza quantitativa.
O tipo de amostra foi não probabilístico de conveniência, tendo por base as grávidas vigiadas em consulta externa de obstetrícia do Hospital CUF Descobertas aquando da realização de cardiotocografia (CTG’s).
Os critérios de inclusão foram: domínio do idioma português, idade superior a 18 anos, grávida vigiada na consulta externa do Hospital CUF Descobertas, participar de livre vontade e ter acesso à internet para realização do questionário. Os critérios de exclusão foram: grávida de nacionalidade estrangeira sem domínio do idioma português, referencia a doença do foro mental/psiquiátrico e grávida com idade inferior a 18 anos.
A amostra foi constituída por 196 grávidas, que reuniam critério de elegibilidade, no espaço temporal de fevereiro a junho de 2021. Foram assegurados e garantidos todos os princípios éticos inerentes a este tipo de investigação. Foi pedida autorização aos autores da escala, ao Conselho de Direção e Comissão de Ética da instituição, tendo obtido parecer favorável (Projeto/estudo 87).
A recolha de dados foi dividida em duas secções, a primeira referente às variáveis sociodemográficas (idade, estado civil, religião, nacionalidades, habilitações literárias) e obstétricas (número de partos, gravidez planeada, gravidez desejada, local da vigilância da gravidez, realização de curso de preparação para o parto (CPP), se teve acompanhante durante as consultas de vigilância da gravidez). A segunda secção é constituída pela Escala de Satisfação dos Pacientes com a Assistência em Enfermagem (ESPAE), desenvolvida por Halcomb et al. (2011) e validada para a língua portuguesa por Pereira et al. (2020), esta é constituída por quarto dimensões: relacionamento interpessoal e comunicação, confiança, credibilidade e dedicação. É composta por 21 itens, avaliados por uma escala de likert de 5 pontos de discordo totalmente a concordo totalmente, sendo a pontuação de 1 a de menor valor e de 5 a de maior valor de satisfação.
O questionário autoadministrado, foi preenchido pelas próprias grávidas, através da internet, que ficou disponível para preenchimento pelo link enviado por e-mail e/ou por um código QR fornecido em formato autocolante, colado no boletim da grávida. Os dados foram recolhidos através da plataforma google forms.
O tratamento de dados foi realizado com recurso ao programa IBM SPSS Statistics, versão 24.0. Os dados foram tratados e analisados com recurso à estatística descritiva e inferencial. Para este estudo foram utilizadas as frequências absolutas e relativas, as medidas de tendência central (média, mediana e moda), as medidas de dispersão ou variabilidade (desvios padrão, valor mínimo e valor máximo), o teste paramétrico (t de Student), coeficiente de correlação de Pearson ou r de Pearson e o coeficiente Alfa de Cronbach.
Resultados
Este estudo foi constituído por uma amostra (Tabela 1) de 197 grávidas, sendo que a maior parte (39,6%) situa-se na faixa etária dos 31-35 anos e, (47,2%) são licenciadas. A maioria das grávidas (88,3%) é casada ou vive em união de facto, (98%) são de nacionalidade portuguesa e, (80,7%) são católicas. Em relação aos dados obstétricos, 45,2% das grávidas são primíparas, a gravidez, na maioria dos casos, foi planeada (81,7%), desejada (98,5%) e vigiada (100%) no hospital privado (70,1%). Durante a gravidez, a maioria das mulheres não realizaram cursos de preparação para o nascimento (52,8%). A maioria (97,5%) das grávidas não teve acompanhamento da pessoa significativa, durante a vigilância da gravidez. O motivo de não estarem acompanhadas foi relacionado com a pandemia COVID-19.
Variáveis Sociodemográficas e Obstétricas | N | % | |
Estado Civil | Casada/união de facto Separada/Divorciada Solteira Viúva | 174 3 19 1 | 88,3 1,5 9,6 0,5 |
Idade | 21-25 anos 26-30 anos 31-35 anos 36-40 anos 41-45 anos 46-50 anos Mais de 50 anos | 2 39 78 65 12 1 | 1 19,8 39,6 33 6,1 0,5 |
Nacionalidade | Outra Portuguesa | 4 193 | 2 98 |
Religião | Agnóstico/Ateu/sem religião Católica Outra Protestante Testemunha de Jeová | 29 159 7 1 1 | 14,7 80,7 3,6 0,5 0,5 |
Habilitações Literárias | Ensino básico Ensino secundário Curso de especialização tecnológica Bacharelato Licenciatura Mestrado Doutoramento | 4 23 6 2 93 66 3 | 2 11,7 3 1 47,2 33,5 1,5 |
Número de partos | 0 1 2 3 | 89 83 23 2 | 45,2 42,1 11,7 1 |
Gravidez planeada | Sim Não | 161 36 | 81,7 18,3 |
Gravidez desejada | Sim Não | 194 3 | 98,5 1,5 |
Local da vigilância da gravidez | CS e Hospital Privado Hospital Privado | 59 138 | 29,9 70,1 |
Realizou algum CPP? | Sim Não | 93 104 | 47,2 52,8 |
Teve acompanhante durante as consultas de vigilância da gravidez? | Sim Não | 5 192 | 2,5 97,5 |
Nota. N = Número de elementos da amostra; % = Percentagem; CPP = Curso de preparação para o parto.
Segundo Vilelas, o coeficiente Alfa de Cronbach serve para avaliar a validade de consistência interna, e apresenta valores entre 0 e 1, onde alfa é um coeficiente de correlação ao quadrado que mede a homogeneidade das perguntas correlacionando as médias de todos os itens para estimar a consistência do instrumento (Vilelas, 2020).
Com relação à escala ESPAE, foi realizada uma análise da consistência interna da escala de satisfação composta por 21 itens tendo-se obtido um alfa de Cronbach de 0,97, o que confirma que existe uma boa fiabilidade da medida. Os domínios da escala apresentam uma boa fiabilidade também, com valores alfa de Cronbach a variar entre 0,75 e 0,95, como mostra a Tabela 2.
No contexto Brasileiro, a aplicação da Escala de satisfação do paciente com a assistência de enfermagem foi realizada em 199 pacientes e o estudo de Pereira et al. (2020) revela que o instrumento apresentou consistência interna satisfatória, com alfa de Cronbach 0,93, variando entre 0,87 e 0,66 para as dimensões Relacionamento interpessoal e comunicação e Dedicação respetivamente. No contexto Australiano, a aplicação da ESPAE foi realizada em 739 pacientes e o estudo de Halcomb et al. (2011) revela consistência interna satisfatória com o alfa de Cronbach de 0,97 variando entre 0,95 e 0,90 para as dimensões Confiança e Credibilidade e Relacionamento interpessoal e comunicação respetivamente. Observamos que os resultados se mostram similares aos obtidos na versão original da escala em relação ao total da escala (alfa de Cronbach de 0,97; Halcom et al., 2011) e superiores aos da versão brasileira, que apresenta um alfa de Cronbach de 0,93 para o total da escala e valores para os subdomínios a variar entre 0,66 e 0,87 (Pereira et al., 2020).
Itens | Alfa de Cronbach | ||
---|---|---|---|
Relacionamento interpessoal e comunicação | 0,95 | ||
Confiança | 0,89 | ||
Credibilidade | 0,86 | ||
Dedicação | 0,75 | ||
Satisfação com a assistência de enfermagem | 0,97 |
O grau satisfação com os cuidados de enfermagem é alto, com um valor médio no total da escala de 89,93. Em cada um dos cinco itens em particular, a média de satisfação também é alta. Contudo, para o total da escala e individualmente para os domínios da relacionamento interpessoal e comunicação e confiança, a heterogeneidade dos resultados é elevada, como demonstrado pelo desvio-padrão superior a 1 (Tabela 3).
Discussão
O grau satisfação com os cuidados de enfermagem é alto, com um valor médio no total da escala de 89,93. Em cada um dos quatro itens em particular, a média de satisfação também é alta.
Este resultado é concordante com os resultados do estudo de construção da escala (Halcom et al., 2011) e da versão brasileira de Pereira et al. (2020), os quais revelaram níveis elevados de satisfação dos pacientes com os cuidados de enfermagem.
Em relação à dimensão relacionamento interpessoal e comunicação, foram abordadas questões referentes ao auxílio dos enfermeiros na compreensão da saúde dos pacientes, explicações claras e completas, paciência, cordialidade, trabalho em equipa, respeito, atenção e incentivo (Chaves et al., 2020; Paiz et al., 2021; Sims et al., 2018). Esta dimensão corrobora com estudos realizados em que indicam que a comunicação é um elemento essencial nos cuidados tornando-se num alicerce de relações interpessoais (Chaves et al., 2020; Paiz et al., 2021; Sims et al., 2018). As grávidas apresentam-se em média mais satisfeitas na dimensão relacionamento interpessoal e comunicação. A dimensão mostrou-se pertinente, pois dificuldades relacionadas à comunicação e relacionamento interpessoal com enfermeiros podem prejudicar o atendimento (Chaves et al., 2020; Paiz et al., 2021; Sims et al., 2018).
Na dimensão da confiança foram abordadas questões relativas ao paciente acreditar no que o enfermeiro informa, confiar no atendimento, seguir as recomendações do enfermeiro, confiar na capacidade de cuidado pelo enfermeiro, observar o quanto o enfermeiro é atualizado e recomendar a equipa de enfermagem aos amigos e parentes (Desborough et al., 2018; Jimenez-Barragan et al., 2023). Estudos revelam que existe uma distinção entre confiança e credibilidade. É necessário existir confiança para depois ocorrer a credibilidade. Deste modo, são necessários estes atributos serem abordados separadamente (Desborough et al., 2018). Outros estudos comprovam que o paciente confia na capacidade do enfermeiro desempenhar as suas funções e se está atualizado com a evidência científica (Castro et al., 2016; Chaves et al., 2020; Desborough et al., 2018).
Na dimensão da credibilidade foram abordadas questões relativas a opinião positiva dos pacientes sobre o enfermeiro, desejo de repetição dos procedimentos pelos enfermeiros e a questão do atendimento cuidadoso prestado pelos enfermeiros (Chaves et al., 2020; Kvael et al., 2018;). Esta dimensão mostrou-se consistente com a literatura, que evidenciou que a credibilidade, apesar de não ter um conceito fechado, possui relação direta com a opinião dos pacientes e aceitação (Kvael et al., 2018). Isso está diretamente relacionado com a satisfação do paciente com os serviços de enfermagem e ocorre após o paciente sentir confiança no que o enfermeiro diz e faz. Por serem atributos subjetivos, a credibilidade pode demorar a ocorrer ou até mesmo não acontecer (Chaves et al., 2020; Paiz et al., 2021; Kvael et al., 2018).
Embora com uma média alta (12,86), as grávidas da nossa amostra manifestaram-se menos satisfeitos com a dimensão dedicação, o que nos leva a refletir sobre a necessidade de melhorar os aspetos relacionados com esta dimensão no sentido de aumentar os níveis de satisfação das mesmas.
Nesta dimensão, foram apresentadas questões que se referiram a recomendações úteis dos enfermeiros para os pacientes, consulta de enfermagem e tempo no atendimento. Este facto está em consonância com a literatura, uma vez que a continuidade temporal, as informações e orientações úteis e com qualidade são importantes em termos de acompanhamento e valorização ao paciente, contribuindo para a sua satisfação com o atendimento de enfermagem (Kvael et al., 2018). Uma vez que as consultas não são realizadas sempre pela mesma enfermeira obstétrica, isso pode ser um dos motivos por esta dimensão ter uma média mais baixa em relação às restantes dimensões.
Podemos verificar que o grau de satisfação da grávida com a assistência das enfermeiras obstétricas é alto mesmo em tempo de pandemia. Significa, que mesmo em tempos conturbados, de mudança e desafios, a qualidade da assistência fornecida pelas enfermeiras obstétricas é alta. As enfermeiras obstétricas devem oferecer atenção e orientar as grávidas nas consultas de vigilância pré-natal (Santos, 2018). As consultas de vigilância pré-natal visam melhorar a qualidade pré-natal através de ações preventivas e educação para a saúde. São um excelente meio para as enfermeiras obstétricas criarem empatia com o casal, transmitindo informações acerca da gravidez, parto e pós-parto (Santos, 2018). As enfermeiras obstétricas assumem assim o objetivo de fornecer à grávida/casal competências promotoras para a transição da parentalidade, promovendo não só a satisfação com os cuidados das enfermeiras obstétricas, mas também a autonomia e confiança das grávidas para o papel parental. As enfermeiras obstétricas desenvolvem, juntamente com a grávida/casal, medidas de manutenção do autocuidado através da aquisição de conhecimentos e competências (ICM, 2019).
A DGS salienta as preocupações relativas à qualidade no Sistema Nacional de Saúde (SNS). Nesse sentido, através do Departamento da Qualidade na Saúde, foi estabelecido a implementação de sistemas de monitorização periódica do grau de satisfação dos utilizadores do sistema de saúde. Por esse motivo é fundamental envolver o utente nas decisões da sua própria saúde e do funcionamento do sistema de saúde (DGS, 2015).
Como limitações deste estudo evidenciam-se a amostra reduzida e o método de amostragem, sendo não probabilístico, adaptado ao tempo, recursos disponíveis e ao tipo de estudo delineado, o que poderá limitar a generalização dos dados. Esta temática demonstra ser ainda pouco explorada, sendo difícil encontrar outros estudos que permitem a comparação mais alargada dos resultados.
Conclusão
O grau satisfação com os cuidados das enfermeiras obstétricas durante a pandemia COVID-19 é alto e em cada um dos cinco itens da ESPAE em particular, a média também é alta. Deste estudo emergem novos conhecimentos, relevantes e específicos, úteis no contexto da vigilância pré-natal que visam implementar boas práticas no cuidado à gestante e fortalecer as premissas de experiência positiva de gestação, parto e nascimento propostas internacionalmente pela Organização Mundial de Saúde.
A identificação da satisfação dos clientes é extremamente útil para a prática de enfermagem, especialmente como meio para promover o desenvolvimento profissional destinado para melhoria no atendimento aos mesmos.
A ESPAE, provou ser um instrumento válido e fiável. Deste modo promove a reflexão das enfermeiras obstétricas, trazendo ganhos em saúde para todas as famílias e profissionais de saúde.
Este estudo contribui para a reflexão acerca do grau de satisfação com a assistência das enfermeiras obstétricas durante as consultas de vigilância pré-natal. Sugere-se realizar um estudo comparativo entre a satisfação das grávidas com os cuidados das enfermeiras obstétricas antes, durante e após a pandemia COVID-19.