SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.7 número2Estudo de ideação suicida em adolescentes de 13 e 19 anosLocus de controlo na saúde: conceito e validação duma escala em adolescentes com diabetes tipo 1 índice de autoresíndice de assuntosPesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

Artigo

Indicadores

Links relacionados

  • Não possue artigos similaresSimilares em SciELO

Compartilhar


Psicologia, Saúde & Doenças

versão impressa ISSN 1645-0086

Psic., Saúde & Doenças v.7 n.2 Lisboa  2006

 

O desempenho dos cuidadores informais na avaliação da qualidade de vida dos doentes oncológicos uma revisão do tema

Alexandra Oliveira* 1 & Francisco L. Pimentel2

1 Serviço de Oncologia Médica do Hospital de São Sebastião, Santa Maria da Feira, Portugal

2 Secção Autónoma das Ciências da Saúde, Universidade de Aveiro, Aveiro, Portugal

 

 

Resumo: Um dos maiores objectivos das intervenções com os doentes oncológicos é proporcionar-lhes a melhor Qualidade de Vida (QdV) possível. No entanto, é frequente a dificuldade em determinar a Qualidade de Vida Relacionada com a Saúde (QdVRS) para alguns doentes com cancro, devido a problemas psicológicos, cognitivos e físicos que limitam a sua capacidade em completar questionários. Desta forma, o cuidador surge como um meio natural de medir indirectamente a QdVRS do doente, muito importante para as decisões clínicas. O objectivo deste artigo é proporcionar uma revisão da literatura acerca da viabilidade em usar a informação prestada pelos cuidadores informais acerca da QdV do doente oncológico, contemplando resultados de estudos anteriormente publicados. Espera-se que este artigo possa contribuir e promover, em Portugal uma melhor compreensão e investigação acerca deste tema.

Palavras chave: Cuidador informal, Doente oncológico, Qualidade de vida.

 

The role of the proxys on cancer patients quality of life evaluation a literature review

Abstract: One of the main goals of the interventions with cancer patients is proportionate the best Quality of Life (QoL) to the patient. However, it is often difficult to determine the health related quality of life (HRQoL) of same cancer patients because psychological, cognitive and physical problems limit their ability to complete questionnaires. A proxy, such as family member, may be able to give accurate information about patients HRQoL, information with a great importance for medical decisions. The aim of this article is to proportionate a literature review on the viability in use the proxy derived information on patient QoL, using the results of previous studies. It is hoped that this article may contribute and promote, in Portugal a better understanding and investigation about this issue.

Key words: Cancer patient, Proxy, Quality of life.

 

 

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text only available in PDF format.

 

 

Referências

Becchi, A., Rucci, P., Placentino, A., Neri, G., & de Girolamo, G. (2004). Quality of life in patients with schizophrenia – Comparison of self report and proxy assessments. Social Psychiatry and Psychiatric Epidemiology, 39, 397-401.

Bennett, P. (2002). Introdução clínica à psicologia da saúde (C. Nordeste Trad.). Lisboa: Climepsi (Obra original publicado em 2000).

Blasco, T., & Rodríguez, E. (1995). Calidad de vida y bienestar en pacientes de cáncer que reciben quimioterapia a altas dosis: A pilot study. Clinica y Salud, 6(3), 331-340.

Brennan, C., & Steele, R. (1999). Measurement quality of life in surgery. The Royal College of Surgeons of Edinburgh, 44(4), 252-259.

Brunelli, C., Cstantini, M., Giulio, P., Gallucci, M., Fusco, F., Miccinesi, G., et al (1998). Quality-of-life evaluation: when do terminal cancer patients and health care providers agree? Journal of Pain and Sympton Menagement, 15(3), 151-158.

Dorman, P.J., Waddell, F., Slattery, J., Dennis, M., & Sandercock, P. (1997). Are proxy assessments of health status after stoke with the EuroQol questionnaire feasible, accurate, and unbiased? Stoke, 28, 1883-1887.

Epstein, A.M., Hall, J.A., Tognetti, T., Son, L.H., & Conant, L. Jr. (1989). Using proxies to evaluate quality of life. Can they provide valid information about patients’ health status and satisfaction with medical care? Medical Care, 27(Suppl 3), 91-98.

Fallowfield, L.P. (1990). The quality of life: The missing measures of health care. London: Souvenir Press.

Ferreira, P.L. (1994). Um paradigma para a saúde. In M.L. Mendes (Ed.), Livro de obstética (pp. 191-197). Coimbra: Almedina.

Fitzsimmons, D., George, S., Payne, S., & Johnson, C.D. (1999). Differences in percepcion of quality of life issues between health professionals and patients with pancreatic cancer. Psycho-Oncology, 8, 135-143.

Magaziner, J., Simosick, E., Kashner, T., & Hebel, J. (1988). Patient proxy response comparability on measures of patients health and functional status. Journal of Clinical Epidemiology, 41, 1065-1074.

McLachlan, S.A., Devins, G.M., & Goodwin, P.J. (1998). Validation of the European Organization for Research and Treatment of Cancer quality of life questionnaire (QLQ-C30) as a measure of psychosocial function in breast cancer patients. European Journal of Cancer, 34(4), 510-517.

Oliveira, A. (2005). Qualidade de Vida do Doente Oncológico: Comparação entre a avaliação realizada pelo doente e pelo cuidador. Monografia apresentada na Universidade Fernando Pessoa do Porto.

Paci, E., Miccinesi, G., Toscani, F., Tamburini, M., Brunelli, C., Constantini, M., et al. (2001). Quality of life assessment and outcomes of palliative care. Journal of Pain and Symptom Management, 21(3), 179-188.

Pierre, U., Wood-Dauphinee, S., Korner-Bitensky, N., Gayton, D., & Hanley, J. (1998). Proxy use the canadian SF-36 in rating health status of the disabled elderly. Journal of Clinical Epidemiology, 51(11), 447-459.

Pimentel, F.L. (2003). Qualidade de vida do doente oncológico. Porto: Tipografia Nunes, Lda.

Pimentel, F.L., & Oliveira, A. (2005). Comparison of cancer patients Quality of Life measured by themselves and proxies. Quality of life reseach, 14(9), 2008.

Raymonds, S.K., Woo, J., Karen, C.H., Li, C., Winnie, H., Johnson, P., et al (2002). Quality of life of palliative care patients in the last two weeks of life. Journal of Pain and Symptom Management, 24(4), 388-397.

Sales, C.A., Paiva, L., Scandiuzzi, D., & Anjos, A.C. (2001). Qualidade de vida de mulheres tratadas de câncer de mama: Funcionamento social. Revista Brasileira de Cancerologia, 47(3), 263-272.

Secchi, G., & Strepparava, M.G. (2001). The quality of life in cancer patients: A cognitive approach. European Journal of Internal Medicine, 12, 35-42.

Sneeuw, K., Aaronson, N.K., De Haan, R.J., & Limburg, M. (1997). Assessing quality of life after stroke: The value and limitations of proxy ratings. Stroke, 28, 1541-1549.

Sneeuw, K., Albertsen, P.C., Aaronson, N.K. (2001). Comparison of patient and spouse assessments of health related quality of life in men with metastatic prostate cancer. Journal of Urology, 165, 478-482.

Sneeuw, K., Aaronson, N.K., Sprangers, M.A., Detmar, S.B., Wever, L.D., & Schornagel, J.H. (1998). Comparision of patient and proxy EORTC QLQ-C30 ratings in assessing the quality of life cancer patients. Journal of Clinical Epidemiology, 51(7), 617-631.

Sprangers, M.A., & Aaronson, N.K. (1992). The role of health care providers and significant others in evaluating the quality of life of patients with chronic disease: a review. Journal of Clinical Epidemiology, 45, 743-760.

Stancliffe, R. J. (1999). Assessing opportunities for choice making: A comparision of self-and staff reports. American Journal on Mental Retardation, 99, 418-429.

Stancliffe, R.J. (2000). Proxy respondents and quality of life. Evaluating and Program Planning, 23, 89-93.

Velikova, G., Wright P., Smith, A.B., Stark, D., Perren, T., Brown, J., et al. (2001). Self-report quality of life of individual cancer patients: concordance of results with disease course and medical records. Journal of Clinical Oncology, 19(7), 2064-2073.

Wilson, K.A., Dowling, A.J., Abdolell, M., & Tannock, I.F. (2000). Perception of quality of life by patients, partners and treating physicians. Quality of Life Research 9, 1041-1052.

Zimmerman, S., & Magaziner, J. (1994). Methodological issues in measuring the functional status of cognitively impaired nursing home residents: The use of proxies and performance based measures. Alzheimer Disorder Association, 8(suppl. 1), 281-290.

 

* Contactar para E-mail: alexandra.t.oliveira@gmail.com

Recebido em 21 de Abril de 2006 / Aceite em 23 de Setembro de 2006