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Psicologia, Saúde & Doenças
versão impressa ISSN 1645-0086
Psic., Saúde & Doenças vol.16 no.3 Lisboa dez. 2015
Sentido interno de coerência, qualidade de vida e bullying em adolescentes
Sense of coherence, quality of life and bullying in adolescents
Lurdes Bernardete Ferreira Cardoso1,2,*, Luís Carlos Carvalho Graça3, & Maria Isabel Soares Parente Lajoso Amorim3
1Clinica Médica da Marginal, Vila do Conde
2 Instituto de Emprego e Formação Profissional do Porto e Viana do Castelo
3Instituto Politécnico de Viana do Castelo Escola Superior de Saúde. Viana do Castelo
Endereço para Correspondência
RESUMO
Na sociedade contemporânea banaliza-se a violência e os jovens tendem a confundir brincadeiras e indisciplina (Grossi & Santos, 2009), tornando o bullying um fenómeno comum, com importantes implicações na qualidade de vida e na saúde mental das crianças e jovens contra os quais é perpetrado.
Com este estudo pretendeu-se analisar factores associados ao bullying em adolescentes do 3º ciclo do ensino básico em agrupamento de escolas da zona Norte de Portugal.
Sendo uma amostra de 363 adolescentes, estratificada por ano de escolaridade.
Preencheram individualmente o questionário dividido em quarto secções: caracterização; SOC (Sentido Interno de Coerência) versão reduzida (Antonovsky, 1987, versão Nunes,1999); KIDSCREEN 52 (Rvens-Sieberer & European Kidscreen Group, 2001; versão de Gaspar & Matos, 2008) e Bullying escala sobre agressores numa continuidade da decima dimensão do Kidscreen (Bullying- escala da vitima),
A prevalência de agressores foi de 56,7% e de vítimas 61,7%. A prevalência de vítimas major foi de 12,4%, enquanto de agressores major foi de 4,1%.
Predominam agressores com idades entre os 13 e 15 anos idade, que frequentam escolaridade mais elevada, percepcionando menor qualidade de vida.
Verificou-se associação entre vítimas e agressores. As vítimas apresentaram menor sentido de coerência, menor percepção de qualidade de vida e são portadores de doença crónica.
O desenvolvimento de competências pessoais e sociais é uma área de investimento prioritário com vista a melhorar a Saúde Mental e Qualidade de Vida
Palavras-Chave: Bullying, Qualidade de Vida, Sentido de Coerência.
ABSTRACT
In contemporary society, the concept of violence gets trivialized, where young people tend to confuse jokes and indiscipline (Grossi & Santos, 2009), making bulling a social phenomenon with important implications in the quality of live and mental health of children and adolescents against whom it is perpetrated.
Within this study its intended to analyze the factors associated with bulling in adolescents that attend the 3rd cycle of basic education at schools in the north of Portugal.
A sample of 363 adolescents stratify by grade. They individually carried out a survey that was divided into four sections: characterization, SOC (Sense of Coherence) reduce version (Antonovsky, 1987, version Nunes,1999); KIDSCREEN 52 (Rvens-Sieberer & European Kidscreen Group, 2001; version de Gaspar & Matos, 2008) and a Bullying questionnaire a scale of the bullies in continuity with the 10th dimension of the Kidscreen (Bullying- scale of the victim),
The offenders prevalence was 56,7% and the victims was 61,7%. The victims major prevalence was 12,4% while the offenders major was 4,1%.
The predominating offenders age is between 13 and 15 years old, that attend the highest school grade, a lower perceived quality of life.
It was verified an association between victims and ofenders. The victims present a lower sense of coherence, quality of life and are carriers of a chronical disease.
The development of personal and social skills its an area for priority investment with the purpose to improve the mental health and quality of life
Keyword: Bullying, Quality of Life, Sense of Coherence.
A Promoção da Saúde tem a particularidade de visar capacitar os indivíduos, tornando-os capazes de tomarem decisões, de serem responsáveis e de preservarem a própria saúde, tornando-se, por isso, necessário investir em determinantes modificáveis, nomeadamente em determinantes sociais. A sociedade, ao focalizar-se nos determinantes da saúde, investe no próprio valor intrínseco e extrínseco da população, com o propósito de que as pessoas façam escolhas conscientes e saudáveis.
Perante a adversidade os indivíduos têm em resolver os conflitos no seu quotidiano, utilizando estratégias facilitadoras de resolução e gestão de problemas. Essas permitem que o adolescente resiliente identifique os recursos, internos ou externos, apropriados a utilizar nas situações adversas, estimulando o Sentido Interno de Coerência, através de uma observação coerente, previsível e através da qualidade das experiencias vivenciadas, promovendo assim a Saúde Mental (Ferreira, 2007).
Nunes (1999), refere que os alunos com um SOC elevado revelaram-se menos afectados a nível comportamental/ emotivo/ psicológico e psicossomático pelos efeitos dos stressores aos quais estavam submetidos no quotidiano. Erikson & Lindström, (2008) e Simonsson, Nilsson, Leppert & Diwan, (2008) referem que o individuo com um Sentido de Coerência elevado experimenta períodos mais curtos de tensões e experiencias negativas no quotidiano atribuindo-lhe uma boa saúde mental. Esta, segundo Jacobson, Churchill, Donovan, Garralda, & Fay. (2002) tende a ficar afetada na presença de comportamentos de bullying. Por outro lado, Antonovsky (Horsburgh, 2000) defende que o Sentido Interno de Coerência tende a tornar-se mais estável com a idade adulta.
De acordo com Flensborg-Madsen, Ventegodt & Merrick (2006) o Sentido de Coerência elevado relaciona-se com boa saúde física e boa saúde mental. Drageset, Nygaard, Eide, Bondevik, Nortvedt, & Natvig (2008) acrescentam que ao aumentar os recursos internos e externos face a condições adversas se promove uma melhoria da Qualidade de Vida no individuo.
De acordo com o mencionado, também a Qualidade de Vida do adolescente implica motivação e qualidades positivas, sendo necessária a descrição do próprio individuo sobre o que sente pela própria vida, focalizando múltiplas dimensões e contextos, como a relação com os pais, a família, os pares, a comunidade, sobre eles próprios e sobre as questões económicas (Gaspar, Matos, Ribeiro, & Leal, 2006).
Contudo, a Qualidade de Vida pode ficar comprometida com a presença de comportamentos disruptivos, entre estes, o bullying que, enquanto fenómeno social, obteve grande destaque nas últimas décadas.
Assim, se se associar os comportamentos disruptos (bullying) e Qualidade de Vida do adolescente, percebe-se que estudos demonstram o caráter negativo do bullying quando relacionado como o foro social. Quanto Maior a prevalência de situações de bullying em meio escolar, menor será a Qualidade de Vida dos adolescentes (Coutinho, Maciel & Araújo, 2009; Frisén & Bjarnelind, 2009; Matos & Gonçalves, 2009; Wilkins-Shurmer, O'Callaghan, Najman, Bor, Williams & Anderson, 2003).
Na sociedade contemporânea observa-se a banalização do conceito violência, em que os jovens tendem a confundir brincadeiras e indisciplina (Grossi & Santos, 2009). O termo violência em contexto escolar adotou a denominação bullying. Este conceito surgiu nos anos 80 na Suécia e estendeu-se rapidamente a outros países escandinavos. Dan Olweus descreveu o conceito, e diversos países desenvolveram estudos sobre o assunto e implementaram planos de intervenção e legislação (Santos, Mendonça & Leitão, 2010).
Considera-se portanto, que o bullying compreende todas as atitudes que podem ser adotadas por um ou mais estudantes contra outro(s), com a intenção de provocar dor e angústia, sendo executadas dentro de uma relação díspar de poder, provocado por diversas situações, nomeadamente pela diferença de idade, tamanho, desenvolvimento físico ou emocional, ou do Maior apoio dos demais estudantes (Carvalhosa, Moleiro & Sales, 2009; Fonseca & Veiga, 2007; Freitas, 2004; Instituto de Apoio à Criança [IAC], 2010; Lourenço, Pereira, Paiva & Gebara, 2009; Martinho & Quaresma, 2010; Matos & Gonçalves, 2009; Mendes, 2010; Santos, et al., 2010; Olweus, 1994); Pereira & Pinto, 1999; Pereira, Silva & Nunes, 2009; Simões & Carvalho, 2009).
Em meio escolar, quando se detectam comportamentos de bullying, é necessário compreender que há envolvidos os agressores, as vítimas e as testemunhas, sendo estas últimas, o grupo mais numeroso, mas habitualmente passivo, e que acabam por se transformar em agressores por recearem tornarem-se vítimas (Bittencourt, Castro, Alves, Palazzo, Monteiro, Vieira & Fredo, 2009; Freitas, 2004; Pereira & Pinto, 1999); IAC, 2010; Martinho & Quaresma, 2010; Santos, et al., 2010; Simões & Carvalho, 2009).
A este propósito, o estudo desenvolvido por Carvalhosa, Lima, & Matos (2001) conclui que cerca de 21% dos jovens foram vítimizados, 10% provocaram os outros e 26% envolveram-se duplamente. Os rapazes mais novos e os que frequentam anos de escolaridade mais baixos estão mais envolvidos no bullying. Mendes (2010), num estudo com 307 alunos, conclui que 50% eram vítimas, 30% eram agressores e 90% eram testemunhas.
Forero, McLellan, Rissel & Bauman, (1999) referem uma prevalência Maior de agressores (23,7%), o que também é defendido por Moura, Cruz & Quevedo, (2011) que apresentam uma prevalência de 17,1%. Esta prevalência de agressores tende a manifestar-se com o aumento da idade, a partir dos 11 anos (Carvalhosa et al., 2009). Segundo Pereira & Pinto, (1999), a prevalência de vitimização é observada em cerca de 1/3 das crianças, sendo Maior nos rapazes.
Por sua vez Lourenço, et al., (2009), referem uma prevalência mais elevada de vítimas (36,4%).
Wilkins-Shurmer, et al., (2003) demonstraram que ser vitimizado de uma forma contínua diminui a Qualidade de Vida e altera o bem estar psicológico do adolescente, o que acaba por afetar a sua saúde mental e por limitar os seus relacionamentos interpessoais e familiares.
Da prática de bullying, podem surgir consequências ao nível da saúde mental e da Qualidade de Vida do adolescente que, para que não se verifiquem, é primordial desenvolver programas com uma abordagem educacional mais alargada que potencie competências de resolução de problemas, de boa comunicação, de empatia, de emoções, e de bons relacionamentos interpessoais.
Conforme o descrito, a saúde mental pode manter-se desde que o adolescente desenvolva uma performance educacional com experiencias positivas e com boas relações interpessoais, e reduzidos comportamentos disruptivos do próprio ou dos pares.
Neste âmbito, também a percepção de Qualidade de Vida nos adolescentes se torna importante para perceber de que forma encaram a própria saúde, para se desenvolverem competências pessoais e sociais que colmatem os factores de risco existentes no seu quotidiano.
Por conseguinte, com o presente estudo, pretendeu-se analisar factores associados ao bullying em adolescentes que frequentam 3º ciclo de escolaridade do ensino básico em agrupamento de escolas da zona Norte de Portugal.
MÉTODO
Em conformidade com o objetivo, optou-se por um estudo descritivo-correlacional com o intuito de explorar e determinar as relações entre as variáveis.
Participantes
A amostra foi de 363 adolescentes, a frequentar o 3º ciclo do ensino básico de um agrupamento de escolas da região norte de Portugal, tendo sido estratificada por ano de escolaridade e turma. Os adolescentes têm idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos de idade, predominam os de sexo masculino (51,0%), de nacionalidade portuguesa (95,3%) e da religião católica (89,8%), encontrando-se 32,3% a frequentar os 7ºano, 36,6% a frequentar o 8º ano e 30,6% a frequentar o 9º ano de escolaridade. O insucesso escolar está presente em 19% dos adolescentes e a e a doença crónica em 11,9%. Quanto à nacionalidade dos pais, constatou-se que 7,2 % são de outra nacionalidade que não a portuguesa, havendo Maior prevalência de famílias nucleares (64,7%) e de pais casados ou em união de facto (86,5%).
Material
O instrumento de colheita de dados utilizado foi o questionário pelas características da amostra e por se pretender uma amostra de grande dimensão. Procedeu-se à elaboração de um instrumento final que incluíu quatro secções: caracterização sociodemográfica; Sentido de Coerência versão reduzida de Antonovsky (1987), na versão portuguesa de Nunes (1999); KIDSCREEN 52 de Rvens-Sieberer & European Kidscreen Group (2001), na versão portuguesa de Gaspar & Matos (2008). Para o Bullying vítima considerou-se a dimensão provocação do Kidscreen e para caracterizar o bullying vitima agressor construíram-se cinco questões.
A escala de avaliação do sentido de Coerência, tem por base o modelo Salutogénico que foi desenvolvido por Antonovsky (1987). É composto por três dimensões: capacidade de compreensão (capacidade de enfrentar vários estímulos estruturados, prediríeis e explicáveis), capacidade de investimento (quando as exigências merecem investimento e empenho por parte do individuo) e capacidade de gestão (recursos pessoais que satisfaçam as exigências colocadas por esses estímulos). É um instrumento fechado e sistematizado que compreende 29 itens com questões que avaliam a orientação do indivíduo perante as várias contendas que surgem no seu quotidiano, (Dantas, 2007; Nunes, 1999).
Optou-se pela versão simplificada do instrumento, com 13 itens, sendo que cinco estão relacionados com a capacidade de Compreensão (itens 1, 5, 12, 19 e 21), quatro com a capacidade de Gestão (itens 6, 9, 25 e 29) e quatro relativas à capacidade de Investimento (itens 4, 8, 16 e 28), (Nunes, 2008; Dantas, 2007).
As questões encontram-se organizadas numa escala ordinal de sete pontos num diferencial semântico e por adição a valores Maiores corresponde Maior Sentido de Coerência.
A escala apresenta razoável consistência interna (alfa de Cronbach 0,72) ligeiramente mais baixo quando comparado com os valores da revisão de literatura realizada por Horsburgh (2000) que variavam entre 0,76 e 0,87.
Para a avaliação da Qualidade de Vida Relacionada coma Saúde utilizou-se o Kidscreen 52 relativo à perspetiva dos adolescentes. A escala é constituída por por 52 questões distribuída em 10 dimensões: Saúde e Atividade Física (5 itens); Sentimentos (6 itens); Estado de Humor Geral (7 itens); Auto-perceção sobre si próprio (5 itens); Tempo Livre (5 itens); Família e Ambiente Familiar (6 itens); Questões Económicas (3 itens); Amigos (6 itens); Ambiente escolar e Aprendizagem (6 itens); Provocação Bullying (3 itens), (Gaspar & Matos, 2008).
As questões foram operacionalizadas numa escala ordinal do tipo likert com 5 itens. No sentido de homogeneizar os resultados, inverteram-se todos os itens das dimensões Estado de Humor Geral e Provocação para que, a valores Maiores correspondesse melhor percepção de Qualidade de Vida.
O instrumento tem boa consistência interna (alfa de Cronbach 0,91), variando nas dimensões entre 0,6 para a dimensão sobre si próprio a 0,88 para a dimensão questões económicas.
Os scores foram obtidos por adição, em que a valores mais elevados corresponde uma perceção mais positiva de QV. No sentido de homogeneizar os resultados procedeu-se à transformação de base 100.
O último bloco de questões refere-se ao bullying (agressor), composto por cinco questões operacionalizadas numa escala ordinal de 5 itens em a valores menores corresponde menor prática bullying. As questões foram construídas com base na revisão da literatura. Também neste caso se observou boa consistência interna (alfa de Cronbach - 0,86).
Para o estudo da prevalência do bullying dicotomizou-se a variável considerando-se como vítimas ou agressores os que referiram de raramente a sempre e não-vitimas ou não-agressores os que referiram nunca.
No que se refere ao bullying major considerando-se agressores ou vitimas major os que referiram frequentemente ou sempre.
Procedimentos
Os sujeitos do estudo aceitaram voluntariamente participar, tendo o preenchimento uma duração de 15 a 20 minutos.
Foram garantidos os procedimentos éticos adequados ao estudo, nomeadamente o pedido de autorização aos encarregados de educação, anonimato e confidencialidade.
Os dados foram colhidos durante Janeiro e Fevereiro de 2013, de forma presencial com a investigadora e o respectivo director de turma. O nível de significância admitido foi de 5% e para a análise estatística dos resultados utilizou-se o programa de estatística Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), versão 17.0 para Windows.
RESULTADOS
A percepção de QV pelos adolescentes (Tabela 1) é mais elevada nas dimensões correspondentes às dimensões Questões Económicas, Ambiente Familiar e Amigos variando entre 0 e 100, com média de 77,8 ± 24,3; 77,1 ± 20,5; 76,1 ± 18,1 respetivamente.
No pólo oposto a menor percepção de QV observa-se nas dimensões Ambiente Escolar e Aprendizagem e Sobre Ti Próprio, com valores entre 0 e 100, e a média de 60,4 ± 18,2 e 65,1 ± 19,7, respetivamente. Nas restantes dimensões observam-se valores intermédios.
Relativamente ao Sentido de Coerência os valores variavam entre 22 e 85, com média de 56,7 ± 10,47.
No que se refere à prevalência do bullying verificou-se que 61,6% dos adolescentes consideraram ter sido vítimas ao referirem que pelo menos numa das situações enunciadas já terem sentido medo de colegas, terem sido gozados ou provocados.
No que se refere ao bullying agressor 56,7% dos adolescentes referiram que já fizeram mal, gozaram, bateram e tiraram objetos intencionalmente.
Para a avaliação do bullying major consideraram-se as situações em que os adolescentes responderam frequentemente ou sempre. Assim a prevalência de bullying major observou-se em 12,4% dos adolescentes enquanto os agressores major representam 4,1%.
Observa-se associação estatisticamente significativa, entre vítimas e agressores, quer para o bullying (χ 2 13,286; 1; p=0,000), quer para o bullying major (χ 2 10,926; 1; p=0,001) com Maior prevalência de agressores que também referem ter sido vítimas.
Relativamente a factores sociodemográficos associados ao bullying vítima (Tabela 2) verifica-se associação estatisticamente significativa para a presença de doença crónica, em que há Maior prevalência de vítimas entre os adolescentes com doença crónica. Situação similar se observa quando consideramos o bullying major.
No que se refere ao bullying agressor (Tabela 3) verifica-se associações estatisticamente significativas para o grupo etário, com Maior proporção de agressores entre os adolescentes do grupo etário dos 13 aos 15 anos, comparativamente com os adolescentes com 11 a 13 anos; para a nacionalidade do adolescente, para a nacionalidade do pai, com Maior prevalência de agressores entre os adolescentes filhos de pai não português; e para o ano de escolaridade, em que há Maior prevalência de agressores entre os adolescentes do 9º ano e menor entre os do 7º ano.
Relativamente ao agressor major as associações estatisticamente significativas observam-se para a nacionalidade do adolescente, nacionalidade do pai e nacionalidade da mãe, com Maior prevalência de agressor entre os de nacionalidade estrangeira quando comparados com os de nacionalidade portuguesa.
O ano de escolaridade é uma situação borderline, com comportamento idêntico ao observado no bullying vitima.
Para a análise da associação do Bullying e a Qualidade de Vida e do Bullying e o Sentido de Coerência recorreu-se à Correlação de Pearson (Tabela 4).
Todas as correlações são negativas em que a scores mais elevados de bullying está associada pior percepção de qualidade de vida ou de Sentido de Coerência
No que se refere ao bullying vítima observam-se correlações estatisticamente significativas e negativas em todas as dimensões da qualidade de vida, variando de muito fraca para a Saúde e Atividade Física, Tempo livre/ Autonomia, Família e Ambiente Familiar e Ambiente Escolar e Aprendizagem (r> 0,168 <0,191) ,a moderada para o Estado de Humor Geral (r= - 0,403), sendo as restantes correlações fracas. Também com o Sentido de Coerência a correlação é significativa e moderada (r=-0,308)
A associação entre o bullying agressor e as dimensões da qualidade de vida é estatisticamente significativa para todas as dimensões à excepção de Saúde e Atividade Física, Tempo livre/ autonomia e Amigos.
A correlação mais elevada observa-se na dimensão do ambiente escolar e aprendizagem (R=-0,292). Também com o sentido de Coerência se observa uma correlação significativa e baixa.
Comparando os coeficientes das correlações entre a vítima e o agressor, constata-se que nos primeiros são quase o dobro dos segundos, à excepção do Ambiente escolar e Aprendizagem que é mais elevado no agressor.
DISCUSSÃO
Com o estudo pretendeu-se analisar factores associados ao bullying em adolescentes que frequentam 3º ciclo de escolaridade do ensino básico em agrupamento de escolas da zona Norte de Portugal, nomeadamente características sociodemográficas, sentido de coerência e percepção de qualidade de vida. A Maioria dos adolescentes sentem que são provocados e provocam com frequência. No entanto observa-se Maior prevalência de vítimas do que de agressores, o que vai de encontro aos estudos Forero, et al., (1999) ou de Moura, et al., (2011).
Relativamente aos agressores 56,7% dos adolescentes referem já terem feito mal, gozado, provocado, batido ou tirado objectos intencionalmente a outros colegas adolescentes. Se considerarmos os que apresentam comportamentos de agressão mais frequentes, e que denominamos de agressor major, constatou-se uma diminuição substancial, cifrando-se em 4,1%. Isto pode decorrer do facto de só uma minoria ter comportamentos de agressividade constantes, enquanto ter este comportamento esporádico é mais frequente.
Por outro lado a prevalência de vitimas é mais elevada uma vez que 61,7% dos adolescentes auto-percepcionam-se como vitimas, por já terem sentido medo, sido gozados ou provocados pelos colegas. Estas taxas são idênticas às de outros autores, que também mencionam uma prevalência Maior de vitimas em relação aos agressores, (Martinho & Quaresma, 2010; Lourenço, et al., 2009; Seixas, 2005; Carvalhosa, et al., 2001; Pereira & Pinto, 1999).
Sobre a prevalência do bullying major, observa-se uma prevalência Maior de vítimas (12,4%), quando comparada com a de agressores.
Neste estudo, a associação entre os adolescentes vitimizados e agressores permitiu constatar que há um elevado número de vítimas que são, por sua vez, também agressores, valor este, próximo do encontrado por Moura, et al., (2011) e por Carvalhosa, et al., (2001) que relatam, que entre as vítimas também há agressores. Schwartz, et al., e Brandy (mencionados por Meque, 2011) referem que este género de resultados normalmente surge pela elevada vitimização que sofrem e como não conseguem verbalizar ou não é reconhecido socialmente este sofrimento optam por agredir, exteriorizando todas as provocações sofridas noutros jovens. Ao adolescente duplamente envolvido, pode associar-se um Maior factor de risco para a saúde mental e para a qualidade de vida, como expõe Leonardo (2007).
Também relativamente ao bullying major se observou associação entre os adolescentes vítimizados e os agressores major.
No que se refere aos fatores associados ao bullying agressor, observam-se no Grupo etário, Nacionalidade do pai e Escolaridade.
Na associação entre o Grupo etário e o agressor, reconhece-se que há mais agressores nas idades entre os 13 e os 15 anos de idade, o que coincide com os estudos de Meque (2011) ou de Pereira & Pinto (1999), que mencionam que os alunos mais velhos são mais frequentemente identificados como agressores, considerando Carvalhosa, et al., (2001), que os alunos mais novos são mais vitimizados, atribuindo a estes uma Maior fragilidade a nível social. Esta prevalência de agressividade em idades superiores, pode ser justificada com a falta de autocontrolo de sentimentos negativos que os adolescentes possuem nestas faixas etárias (Georgiou & Stavrinides, 2008). Por outro lado, pode estar relacionada com o sentimento de confusão e por não ter um conceito claro da sua personalidade (Serrate, 2009), apresentando-se falta de competências sociais básicas para estabelecer relações interpessoais positivas (Matos & Sampaio, 2009).
Relativamente a outras varáveis observa-se associação, entre a Nacionalidade do pai e o agressor, e a Nacionalidade da mãe e agressor major, com uma proporção Maior de adolescentes agressores de outra nacionalidade, contrastando com os adolescentes que têm o pai e mãe de nacionalidade portuguesa. Do mesmo modo, também entre os adolescentes de outra nacionalidade que não portuguesa há Maior prevalência de agressores major. Estes comportamentos agressivos adoptados por estes adolescentes, poderão relacionar-se com atitudes de líder que adoptam quando surgem no novo grupo de pares. Primeiro, o grupo de pares pode considera-los como novidade o que os torna lideres e para adquirirem uma posição de relevo tendem a adoptar atitudes e comportamentos mais agressivos.
Carvalhosa, et al., (2001) e Pereira & Pinto (1999) encontraram um predomínio de agressores nos alunos mais velhos, também neste estudo observou-se associação quer com o ano de escolaridade, em que os alunos que frequentavam anos mais avançados (9º ano) desenvolviam mais práticas agressivas que os alunos que frequentam o 7º ano, quer com a idade em que o grupo etário entre os 13 e 15 anos de idade há Maior prevalência de agressores.
A relação negativa entre o Sentido de Coerência e vítima poderá indicar que adolescentes vitimizados terão uma menor capacidade adaptativa, para saber lidar, superar e resistir face a situações adversas de violência que lhe surgem no quotidiano. No que se refere à Qualidade de vida, nas dimensões Saúde e Actividade Física, Sobre si próprio e Ambiente escolar e aprendizagem percepcionam-se valores menores de perceção de qualidade de vida, manifestando um sentimento de bem estar físico e psicológico, uma imagem corporal, auto-estima razoáveis, com um razoável conforto com a própria aparência e uma capacidade razoável em se relacionarem bem com professores e com o seu grupo de pares.
Ao analisar a associação entre a vítima e a Qualidade Vida, observa-se que há uma associação negativa e moderada com a dimensão Estado de humor geral, em que os adolescentes mais vitimizados têm menor percepção de QV na dimensão Estado de humor geral, associando-se a sentimentos e emoções depressivas, stressantes e mau humor, sendo a solidão uma característica de isolamento social entre as vítimas pelo que pode afectar a própria personalidade do adolescente
Há no estudo uma associação negativa e baixa entre as dimensões Sentimentos, Sobre si próprio, Questões económicas e Amigos e bullying vitima. Aos scores da dimensão Sobre si próprio e a vítima, são os mais baixos o que poderá significar baixa auto-estima, insatisfação com a própria, infelicidade e sentimento de desconforto com a sua aparência (Gaspar & Matos, 2008).
Quanto às dimensões Questões económicas e Amigos observou-se em termos descritivos valores elevados quanto à própria percepção de Qualidade de vida dos adolescentes sentindo-se satisfeitos com os recursos financeiros e a forma como se encontram integrados no grupo de pares. No entanto, também estas dimensões têm uma associação negativa baixa relativamente à vítima, sendo que pode significar que os alunos mais vitimizados apresentem alguma limitação financeira ou experimentem alguma exclusão entre pares.
À associação entre a dimensão entre os Sentimentos e a vítima, é negativa e baixa, o que traduz uma possível insatisfação com a vida e falta de prazer por parte do adolescente vitimizado.
Observa-se ainda associação negativa e baixa entre o Ambiente escolar e aprendizagem e o agressor, o que pode indicar que os alunos que são agressores normalmente não têm uma boa relação com os professores e pares e possuem um mau desempenho escolar (Gaspar & Matos, 2008).
Todas as restantes dimensões apresentam uma associação negativa mas muito baixa com o agressor.
Em conclusão, através da discussão dos resultados constata-se uma associação negativa entre Sentido Interno de Coerência e o bullying vitima e agressor e entre a Qualidade de Vida e o bullying vitima e agressor, o que indica que quanto Maior o bullying menor o Sentido de coerência e a qualidade de vida.
Face a estes resultados, deve-se fazer a identificação precoce de vítimas e agressores para se desenvolver a partilha de experiências, o desenvolvimentos de competências de resiliência, conhecimentos e atitudes, que os ajudem a compreender o comportamentos e as consequências mantendo uma boa saúde mental.
Os profissionais de saúde e de educação têm sem dúvida um papel importante para ajudar as crianças e adolescentes a promover a Saúde mental e a resiliência positivas. Primeiro porque, acompanham e ajudam à escolha de estilos de vida saudáveis no seu quotidiano (como o exercício, a alimentação, a higiene física, a higiene do sono, sobre álcool, drogas, educação sexual) e segundo, porque na presença de comportamentos considerados de risco detectam precocemente e acompanham imediatamente quando estão perante o comportamento de risco.
Ao explicar, com comunicação adequada, as consequências que podem advir destes comportamentos pode-se desenvolver com o adolescente um clima saudável em meio escolar, promovendo as boas relações interpessoais entre pais, alunos, professores, profissionais de saúde e comunidade, ajudando a diminuir a prevalência do bullying e por sua vez, evitando problemas que ponham em causa a Saúde mental do adolescente e a sua perceção de Qualidade de Vida.
Deve-se defender uma intervenção precoce na família e noutras estruturas comunitárias, que recebam formação com o objectivo de desenvolverem conhecimentos sobre estratégias de gestão de conflitos e alívio do stresse, assim como outras informações imprescindíveis à implementação de soluções que previnam a violência.
Assim, em síntese, o contributo deste estudo baseia-se no desenvolvimento do conhecimento em Promoção da Saúde e Educação para a Saúde no âmbito do bullying contribuindo para o desenvolvimento de possíveis estratégias que promovam a saúde mental e a qualidade de vida.
REFEREÊNCIAS
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Endereço para Correspondência
Travessa da Covinha, 80, S. Pedro de Rates, 4570-426 Póvoa de Varzim. Telef.: 917375059/ 965165442. E-mail: lurdesbernardetecardoso@gmail.com
Recebido em 04 de Julho de 2014
Aceite em 30 de Setembro 2015