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Psicologia, Saúde & Doenças
versão impressa ISSN 1645-0086
Psic., Saúde & Doenças vol.17 no.2 Lisboa set. 2016
https://doi.org/10.15309/16psd170209
Condutas de saúde de adolescentes segundo o sexo: uma revisão sistematizada
Health behavior of adolescents according to sex: a systematic review
Jakelline Raposo1, Ana Carolina Costa1, Monyque Silva2, Josemaira Pereira1, Paula Valença1, Carolina da Franca1, & Viviane Colares1
1Universidade de Pernambuco, Recife, Brasil,
2Centro de Formação, Aperfeiçoamento e Pesquisa – Ceffap, Recife, Brasil
Endereço para Correspondência
RESUMO
Os papéis de gênero tradicional, guiados pelos caracteres sexuais, continuam a dominar a cultura de muitos países, principalmente naqueles em desenvolvimento e/ou com governos autoritários. A formação do que é ser masculino e feminino vem carregado de comportamentos estereotipados, inclusive em relação à saúde e são mais vivenciados durante a adolescência. Esta revisão sistematizada objetivou investigar as diferenças nas condutas de saúde de estudantes adolescentes de acordo com o sexo. Para tal foi realizada uma busca na base de dados Pubmed com os termos: “global school based student health survey" or "global school based student health survey questionnaire" and "female" and "male". A análise para seleção dos estudos foi efetuada por duas pesquisadoras de maneira independente e as divergências foram solucionadas em discussão mediada por uma terceira pesquisadora. Dos 36 artigos encontrados, 5 foram excluídos, dos quais, 3 apresentavam faixa etária diversa da pesquisa, 1 estava publicado no idioma chinês e 1 não abordava condutas de saúde. Foi identificado que os meninos foram mais propensos a relatar consumir bebidas alcoólicas, tabaco e drogas ilícitas; ter hábitos alimentares inadequados; comportamento sexual de risco; comportamentos de violência e lesões intencionais. As meninas obtiveram condutas de risco mais prevalentes nos comportamentos relacionados aos indicadores de estresse à saúde mental e nível de atividade física insuficiente. Pode-se concluir que os meninos apresentaram maiores prevalências de condutas de risco à saúde em comparação com as meninas.
Palavras-Chave: Adolescente. Comportamentos saudáveis; Sexo
ABSTRACT
Traditional gender roles are still dominant in many countries, especially in developing countries with authoritarian governments. The male and female roles learned since childhood include stereotyped behaviors even in relation to health. This systematic review was aimed at investigating the differences in health behaviors of adolescent students according to sex. The search was conducted in the Pubmed database using "global school based student health survey" or "global school based student health survey questionnaire" and "female" and "male" as descriptors. Two separate researchers selected the material and disagreements were solved mediated by a third researcher discussion. Among the 36 articles found, 5 were excluded. The age range in 3 of them did not match that in the survey, 1 was in Chinese and 1 did not address health behavior. It was found that boys were more likely to report consuming alcohol, tobacco and illicit drugs, poorer dietary habits, sexual risk behavior, violent and intentional injuries. For girls, the most prevalent risk behaviors were those related to indicators of stress to mental health and insufficient level of physical activity. It can be concluded that, compared to girls, boys reported a higher prevalence of health risk behaviors.
Keywords: Adolescent. Health Behavior; Sex.
Os comportamentos estereotipados dos papéis de gênero são repassados através dos séculos por imposição cultural, social e econômica e eles se intensificam principalmente na adolescência em decorrência do aparecimento dos caracteres sexuais secundários e a pressão dos pares. A escolha do gênero no início da adolescência, geralmente é influenciada pelo sexo: o ser masculino e o ser feminino (Díaz-Aguado, & Martín, 2011; Fernández, 2010; Oliveira, Jesus, Arruda, Cunha, & Araújo, 2010; Santrock, 2014). Há uma urgência na definição do que se é e quais os comportamentos que o definem como homens ou mulheres (Fernández, 2010; Oliveira et al., 2010; Santrock, 2014).
A adoção de condutas de risco à saúde durante a adolescência pode repercutir negativamente na vida adulta (Ayele, Taye, Avele, & Gelayne, 2013; Barros, Ritti-Dias, Honda Barros, Mota, & Andersen, 2013; Blum, & Nelson-Mmari, 2004; Glasier, Gülmezoglu, Schmid, Moreno, & Look, 2006; Tassitano, Dumith, Chica, & Tenório, 2014). Comportamentos como: pouca atividade física, consumo baixo de frutas e hortaliças e consumo de álcool e tabaco, estão associados a maiores chances para desenvolver doenças crônicas não transmissíveis (Ayele et al., 2013; Barros et al., 2013; Tassitano et al., 2014). Além destas condutas, hábitos precários de higiene (Ayele et al., 2013), sexo desprotegido (Glasier et al., 2006) e violência (Blum, & Nelson-Mmari, 2004) também podem apresentar consequências negativas em curto prazo.
As questões relacionadas ao sexo e às condutas de saúde são de extrema importância na elaboração e implantação de políticas de saúde para homens e mulheres (Backhans, Burström, Leon, & Marklund, 2012). No geral, os meninos estão mais envolvidos em condutas de risco relacionadas à violência, ao consumo de drogas, à prática do sexo inseguro, às lesões intencionais e não intencionais; enquanto as meninas são mais expostas às condutas sedentárias e prejudiciais a saúde mental (Adams et al, 2013; Castro, Cunha, & Souza, 2011; Colares, Franca, & Gonzalez, 2009; Horta, Horta, Pinheiro, Morales, & Strey, 2007; Karevold, Røysamb, Gustavson, & Mathiesen, 2013; Lemogne et al., 2012; Nilsen, Paiva, Calazans, Venturi, & Dias, 2008). No entanto, esse quadro pode estar mudando, depois da revolução feminina de 1960 as mulheres começaram a buscar igualdade de direitos e de comportamentos (Arán, 2003; Díaz-Aguado, & Martín, 2011), incorporando algumas condutas quase que exclusivamente masculinas (Horta et al., 2007; Malbergier, Cardoso, Amaral, & Santos, 2012; Viejo, Sanchez, & Ortega-Ruiz, 2014; Wolle et al., 2011).
Dessa forma, o objetivo desse estudo foi verificar as diferenças nas condutas de saúde entre estudantes adolescentes de acordo com o sexo.
MÉTODO
Trata-se de uma revisão sistematizada da literatura, conduzida entre os meses de junho e julho de 2014. Esse tipo de pesquisa busca sintetizar as informações disponíveis em certo momento sobre um tema específico de maneira objetiva e reprodutível.
Foi realizado um levantamento dos artigos científicos na base de dados Pubmed com os termos: “global school based student health survey" OR "global school based student health survey questionnaire" AND "female" AND "male".
As condutas de saúde foram investigadas apenas por artigos que relataram ter usado o Global School Based Student Health Survey como instrumento, a fim de conseguir uma maior padronização nos métodos utilizados e nas descrições das variáveis. Esse questionário foi desenvolvido pela Organização Mundial de Saúde com assistência técnica e financeira do Center for Disease Control and Prevention e já foi aplicado em cerca de 100 países em desenvolvimento (Word Health Organization, 2014). O instrumento está dividido em 10 módulos que avaliam o consumo de álcool; comportamentos alimentares; consumo de drogas; higiene; saúde mental; atividade física; fatores de proteção; comportamento sexual; consumo de tabaco; violência e lesões não intencionais.
Os critérios de inclusão foram: artigos publicados nos idiomas inglês, português ou espanhol; na faixa etária de 10 a 19 anos; com variável sexo e que avaliassem as condutas de saúde investigadas através do global school based student health survey. Os critérios de exclusão foram: estudos de revisão e artigos de validação e adaptação de questionário. A seleção dos estudos foi realizada por duas pesquisadoras de maneira independente e as divergências foram solucionadas em discussão mediada por uma terceira pesquisadora.
Foi realizada uma padronização nas definições de cada conduta de acordo com os artigos incluídos (quadro 1).
RESULTADOS
Foram encontrados inicialmente 36 artigos, após análise, 31 se enquadraram nos critérios de inclusão. Observou-se resultados de três dos cinco continentes, todos provenientes de regiões consideradas em desenvolvimento.
De acordo com os resultados obtidos, verificou-se que o consumo de álcool entre adolescentes apresentou significativamente maiores prevalências entre os meninos em quatro dos 11 estudos que investigaram essa conduta, com exceção do estudo realizado na Guatemala (Foulger et al., 2013) sem diferença entre os sexos (quadro 2), contudo essa pesquisa envolveu uma amostra não probabilística e utilizou uma versão adaptada do instrumento, o que pode ter ocasionado a ausência de diferenças significativas. Os demais apresentaram percentuais mais altos entre os meninos, exceto a pesquisa realizada na Zâmbia (Swahn et al., 2011) com maior prevalência para as meninas.
O consumo de drogas foi significativamente maior entre os meninos em todas as regiões investigadas. Assim como o consumo do tabaco, com exceção de dois estudos recentes realizados na Argentina (Pierobon et al., 2013) e na Guatemala (Foulger et al., 2013) que não encontraram diferença significativa entre os sexos no consumo do tabaco (quadro 3). Esse último estudo também foi o único a investigar o fumo passivo, que diferente do consumo de tabaco, foi avaliado nos últimos sete dias.
Três estudos abordaram hábitos alimentares, sendo dois na Índia (Rani, & Sathiyasekaran, 2013; Singh et al., 2006). Para essa região, ambos os sexos apresentaram baixo consumo de frutas e verduras, ao mesmo tempo em que os meninos consumiram mais bebidas carbonatadas e alimentos do tipo fast food,. Enquanto que os níveis insuficientes de atividade física e comportamento sedentário nos finais de semana foram mais prevalentes nas meninas no Brasil (Barros et al., 2013; Tenório et al., 2010) e Argentina (Pierobon et al., 2013) (quadro 4).
Uma pesquisa abordou higiene e quatro investigaram a presença dos pais na rotina dos adolescentes. Não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas no comportamento higiênico de ambos os sexos. Observou-se que um maior envolvimento dos pais na vida das meninas, exceto na Argentina (Pierobon et al., 2013), onde elas relataram que os pais nunca ou raramente checam os deveres de casa (quadro 5).
A prática de atividade sexual, maior número de parceiros e relação sexual precoce forammais, , informadas pelos meninos. Só um estudo investigou o conhecimento sobre HIV na África e Ásia (Boneberger et al., 2012), onde mais de 60% dos estudantes informaram ter algum conhecimento, e sem diferenças significativas entre os sexos (quadro 6).
A saúde mental foi investigada por nove artigos, com o envolvimento de diversas variáveis, dentre elas, destacam-se os pensamentos de tristeza, solidão e comportamentos suicidas, que foram significativamente mais prevalentes nas meninas com exceção de um estudo realizado na Guatemala e Índia (Foulger et al., 2013; Hasumi et al., 2012), onde o sentimento de tristeza não apresentaram diferenças significativas entre os sexos(quadro 7). Com relação à violência e lesões não intencionais, os meninos apresentaram maiores prevalências de vitimização e envolvimento em briga física, com exceção da exposição à violência sexual, que foi investigada apenas no continente Africano (Brown et al., 2009), sendo maior entre as meninas (quadro 7).
DISCUSSÃO
De maneira geral, observou-se que os meninos apresentaram percentuais mais altos de condutas de risco à saúde, especialmente nas condutas relacionadas ao consumo de álcool, de tabaco e drogas ilícitas; hábitos alimentares inadequados; comportamento sexual de risco; comportamentos relacionados à violência e lesões não intencionais. No entanto, em algumas regiões, condutas comumente masculinas apresentaram prevalências mais altas nas meninas como o consumo do álcool (Zâmbia-África), tabaco (Argentina) e violência (Zâmbia-África). Esses três estudos utilizaram dados secundários provenientes dos resultados do Global School Based Student Health Survey, que apresenta um método rigoroso e reprodutível, sendo representativo para os estudantes das regiões estudadas, isso leva a crer que o aumento do consumo de álcool e tabaco entre as meninas deva ser melhor explorado.
A maior prevalência entre os meninos pode ser explicada através da representação de gênero, sobre o que o define como homem, pois tanto as mudanças introduzidas pelo pensamento operacional formal como o crescente interesse pelas questões de identidade levam os adolescentes a refletirem e a redefinir suas atitudes e comportamentos (Oliveira et al., 2010; Santrock, 2014; Wiese & Saldanha, 2011). A masculinidade tradicional, por exemplo, inclui a prática de alguns comportamentos que apesar de não ter aprovação social, confirmam a masculinidade, tais como o comportamento sexual de risco e a violência (Santrock, 2014; Wiese & Saldanha, 2011).
Outro resultado preocupante observado nos meninos foi a associação de várias condutas de risco. Os comportamentos relacionados à violência (envolvimento em briga física, ser vítima de ataque físico e bullying), consumo de álcool, tabaco e uso de drogas, planos suicidas e já ter iniciado à vida sexual foram associados entre si positivamente (Bezerra et al., 2009; Carvalho et al., 2011; Page, & Hall, 2009; Pierobon et al., 2013; Turagabeci et al., 2008).
As meninas foram mais propensas a apresentar indicadores de estresse à saúde mental e baixo envolvimento em atividades físicas e desportivas e de maneira geral apresentaram menos condutas de risco do que os meninos, Os indicadores de estresse estiveram associados ao consumo de álcool e tabaco no sexo feminino (Carvalho et al., 2011; Pierobon et al., 2013). Além disso, as meninas expostas a violência física (Brown et al., 2009; Pierobon et al., 2013; Turagabeci et al., 2008) e sexual (Brown et al., 2009; Turagabeci et al., 2008) foram mais propensas a relatarem múltiplos parceiros sexuais (Tassitano et al., 2010; Turagabeci et al., 2008) e a relatarem uso de drogas (Pierobon et al., 2013; Turagabeci et al., 2008).
A presença dos pais na rotina dos adolescentes foi divergente em algumas regiões, mas com maior prevalência de baixo envolvimento dos pais na rotina dos meninos. Essa autonomia precoce dada aos meninos pode ser um fator de risco para adoção de condutas prejudiciais à saúde. Um estudo demonstrou resultado oposto (Pierobon et al., 2013), com o hábito dos pais de nunca ou raramente checarem os deveres de casa significativamente maior nas meninas. No entanto, essa exceção pode ser decorrente de justificativas opostas: ou esse comportamento dos pais se deve à confiança nas meninas ou de fato a ausência dos pais na rotina da vida das meninas.
O bullying demonstrou resultados controversos, pois ainda não se sabe se existe diferença entre os sexos. Por outro lado, esse tema é relativamente novo nos objetos de estudo. Tanto nas meninas quanto nos meninos a ocorrência de bullying e envolvimento em violência física foram associados ao consumo de bebidas alcoólicas, de cigarro e atividade sexual (Brown et al., 2009; Pierobon et al., 2013; Turagabeci et al., 2008).
Quanto aos fatores de proteção, o envolvimento dos pais e a assiduidade às aulas foram fatores protetores para pensamento e tentativa de suicídio para ambos os sexos (Bittecourt et al., 2009).
Apesar de todos os estudos incluídos nesta pesquisa serem do tipo transversal, podendo apresentar o viés de causalidade reversa, o consumo do álcool, principalmente nos meninos, esteve associado às outras condutas de risco, sendo também a droga mais utilizada pelos adolescentes em todas as regiões pesquisadas. A implantação de políticas públicas, leis específicas, assim como as restrições de propagandas podem ser eficazes para reduzir a adoção destas condutas (Swahn et al., 2011; Szklo et al., 2012).
Essa pesquisa teve como limitação a utilização em alguns estudos de uma versão adaptada do instrumento (Araújo, & Costa, 2009; Barros et al., 2013; Bezerra et al., 2009; Bittecourt et al., 2009; Carvalho et al., 2011; Foulger et al.,2013; Legnani et al., 2010; Rani, & Sathiyasekaran, 2013; Singh et al., 2006; Tassitano et al., 2010; Tenório et al., 2010), o que contribuiu para uma dificuldade na padronização das definições operacionais das variáveis.
O ponto forte dessa pesquisa se deve ao fator de reafirmar que existem diferenças entre os sexos nas condutas de risco à saúde nos países em desenvolvimento e que essas condutas estão mais presentes no sexo masculino. Porém alguns hábitos que já foram tidos como exclusivamente masculinos como o consumo de álcool, de tabaco e violência podem estar sendo incorporadas ao estilo de vida das meninas. Sugere-se um monitoramento dessas condutas, levando em consideração as diferenças entre os sexos para o planejamento nas ações de saúde.
CONCLUSÃO
Os meninos apresentaram maiores prevalências de comportamentos de risco à saúde em comparação com as meninas nos comportamentos relacionados ao consumo de álcool; hábito alimentar inadequado; consumo de drogas; comportamento sexual de risco; consumo de tabaco e comportamentos de violência. As adolescentes obtiveram condutas de risco mais prevalentes nos indicadores de estresse à saúde mental e nível de atividade física insuficiente.
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Recebido em 26 de Setembro de 2014/ Aceite em 05 de Abril de 2016