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Psicologia, Saúde & Doenças
versão impressa ISSN 1645-0086
Psic., Saúde & Doenças vol.21 no.2 Lisboa ago. 2020
https://doi.org/10.15309/20psd210212
Propriedades psicométricas e validação da versão portuguesa da Highly Sensitive Person Scale
Psychometric properties and validation of the portuguese version - Highly Sensitive Person Scale
Henrique Pereira1,2 & Samuel Monteiro1,3
1Departamento de Psicologia e Educação, Universidade da Beira Interior, Covilhã, Portugal, hpereira@ubi.pt
2Research Centre in Sports Sciences, Health Sciences and Human Development (CIDESD), Vila Real, Portugal
3Núcleo de Estudos em Ciências Empresariais (NECE), Covilhã, Portugal, smonteiro@ubi.pt
Endereço para correspondência | Dirección para correspondencia | Correspondence
RESUMO
A Alta Sensibilidade de Processamento Sensorial (ASPS) é a disposição de uma pessoa para percecionar e processar estímulos externos e internos mais intensamente do que a maioria da população. Para medir este traço, Aron & Aron (1997) desenvolveram um questionário unidimensional que tem sofrido diferentes validações internacionais. O objetivo deste estudo é contribuir para a validação psicométrica da versão portuguesa deste instrumento e, com isso, permitir a sua utilização no mundo lusófono. Método: participaram neste estudo 1169 indivíduos (66,1% mulheres, média de idades= 29,92 anos, DP=12,17). A análise confirmatória apresentou indicadores de um nível insuficiente de ajustamento pelo que se procedeu à análise exploratória, a qual resultou na presença de três fatores (Facilidade de Excitação; Limiar Sensorial Baixo; Sensibilidade Estética) cujos níveis de confiabilidade variaram entre ,87 e ,77. Assim, conclui-se que a versão portuguesa da HSPS apresenta boas propriedades psicométricas e está apta para ser utilizada como instrumento de avaliação da ASPS.
Palavras-chave: Sensibilidade de processamento sensorial, Highly Sensitive Person Scale, validação portuguesa.
ABSTRACT
High Sensitivity Sensory Processing (HSSP) is a person's willingness to perceive and process external and internal stimuli more intensely than the majority of the population. To measure this trait, Aron & Aron (1997) developed a one-dimensional questionnaire that has undergone different international validations. The purpose of this study is to contribute to the psychometric validation of the Portuguese version of this instrument and, therefore, to allow its use in the Portuguese-speaking world. Method: 1169 subjects participated in this study (66,1% women, mean age = 29,92 years, SD = 12,17). The confirmatory analysis showed indicators of an insufficient level of adjustment, which led to the exploratory analysis, which resulted in the presence of three factors (Ease of Excitation, Low Sensory Threshold, Aesthetic Sensitivity) whose reliability levels varied between ,87 and ,77. Thus, it is concluded that the Portuguese version of the HSPS has good psychometric properties and is suitable for use as an ASPS evaluation tool.
Keywords: Sensory processing sensitivity, Highly Sensitive Person Scale, validation, Portugal.
A alta sensibilidade de processamento sensorial (ASPS) é um fenómeno postulado por Aron e Aron (1997) que descreve o processamento e a perceção de estímulos externos e internos de forma mais intensa e, inerentemente, maior reatividade emocional e introversão, estando presente em 15 a 20% da população (Kagan, Snidman, Arcus, & Reznick, 1994).
Para medir a ASPS como um constructo unidimensional, Aron e Aron (1997) desenvolveram a Highly Sensitive Person Scale (HSPS) que é um questionário com 27 itens cujas respostas estão organizadas numa escala de tipo-Likert de sete pontos, tendo esta versão uni-fatorial sido validada por outros estudos com boas medidas de confiabilidade entre α = ,85 e α = ,87 (Hofmann & Bitran, 2007; Neal, Edelmann, & Glachan, 2002). No entanto, outros estudos não confirmaram esta solução uni-fatorial, encontrando dois fatores (Cheek, Bourgeois, Theran, Grimes, & Norem; 2009; Evans & Rothbart, 2008), três fatores (Evers, Rasche, & Schabracq, 2008; Liss, Mailloux, & Erchull, 2008; Smolewska, McCabe, & Woody, 2006) ou outras soluções multifatoriais: Meyer, Ajchen-brenner, e Bowles (2005) com quatro fatores e Blach e Egger (2014) com seis fatores.
Neste sentido, os estudos são inconclusivos relativamente ao facto da ASPS ser um constructo homogéneo ou não e, por outro lado, o facto de a maioria das amostras estudadas serem de pequena dimensão e com população específicas (por exemplo, estudantes ou mulheres) coloca em evidência as suas limitações. Ao mesmo tempo, não existe nenhuma versão validada em língua portuguesa.
Assim, o objetivo do presente estudo é examinar a estrutura fatorial da versão portuguesa da HSPS usando uma amostra heterogénea da grande dimensão, pretendendo, igualmente, clarificar a estrutura fatorial, testar a medida da invariância entre sexos e indivíduos com alta e baixa sensibilidade e fornecer as propriedades psicométricas da versão portuguesa da HSPS, no sentido de a validar para a população portuguesa.
Método
Participantes
Participaram neste estudo 1169 sujeitos cuja média de idade foi de 29,92 anos (DP=12,17), sendo que 33,9% foram homens e 66,1% mulheres. Relativamente ao estado marital, maioria disse ser solteiro (41,9%), ter algum compromisso afetivo (28,5%) ou casado (20%) e em relação à proveniência geográfica, a maioria dos participantes diz provir de um meio urbano (73%). Trata-se de uma amostra diferenciada, na medida em que a maioria diz ter formação universitária, sendo estudante (41%) ou trabalhador por conta de outrem (38%). A maioria dos participantes disse pertencente ao estatuto socioeconómico médio (55,7%) ou baixo médio (27,4%) e ser heterossexual (83,5%). Todos estes dados sociodemográficos podem melhor ser observados no quadro 1.
Instrumentos
Os instrumentos utilizados neste estudo foram: o questionário sócio-demográfico e a versão portuguesa da Highly Sensitive Person Scale (HSPS-PT) (Aron & Aron, 1997).
O questionário sociodemográfico foi construído pelos investigadores do presente estudo e envolvia as seguintes variáveis: idade, género, estado civil, estatuto socioeconómico, proveniência geográfica, situação profissional e orientação sexual.
A HSPS-PT foi, primeiramente, traduzida para português europeu de forma independente por dois psicólogos portugueses, proficientes em língua inglesa e foi, posteriormente, sujeita a retroversão por parte de um perito em linguística, nativo em língua inglesa. Este procedimento maximizou a uniformidade conceptual (Brislin, Lonner, & Thorndike, 1973), tendo sido ajustados os itens finais garantido a conformidade conceptual com a escala original de Aron, assim como a escala de resposta tipo-Likert de 7 itens (1 = nada; 7 = completamente).
Procedimentos
Os participantes foram recrutados através da Internet (mailing lists, redes sociais e fóruns), tendo recebido um convite eletrónico para o preenchimento dos instrumentos, tendo sendo garantido o anonimato e a confidencialidade das respostas. Os participantes responderam aos instrumentos através de uma página criada para os efeitos deste estudo onde se encontravam todas as informações relevantes acerca do mesmo, nomeadamente: objetivos, consentimento informado e conhecimento da natureza anónima e confidencial do estudo. Os dados foram guardados de forma segura numa base de dados em ambiente tecnologicamente controlado, assegurando a plena proteção dos dados. Os critérios de inclusão foram: ter 18 ou mais anos de idade e ser cidadão português. Este estudo foi aprovado pela Comissão de Ética da Universidade de Beira Interior.
Análise e validação da estrutura dimensional do HSPS-PT
Análise confirmatória
A partir do instrumento concebido e desenvolvido por Aron e Aron (1997) e dos desenvolvimentos advindos da adaptação e/ou administração por outros investigadores em diferentes amostras e contextos (e.g., Evans & Rothbart, 2008; Konrad & Herzberg, 2017; Liss, Mailloux, & Erchull, 2008; Meyer, Ajchenbrenner, & Muriel, 2005); Smolewska, McCabe, & Woody, 2006) visou-se, numa primeira análise empírica, testar a validade do modelo de medida da escala HSPS a partir de uma análise fatorial confirmatória, assumindo, como referencial para a especificação e estimação, os desenvolvimentos do modelo teórico de base expostos no estudo de Smolewska et al. (2006).
Utilizando o método de estimação da máxima verosimilhança (Maximum Likelihood) sujeitou-se o modelo composto por 27 itens, emergente da análise de Smolewska et al. (2006), divididos por 3 fatores, correlacionados entre si, aos procedimentos da técnica da Análise Fatorial Confirmatória (CFA - Confirmatory Factor Analysis). Esta análise envolveu a especificação de parâmetros fixos (conhecidos) e a estimação de parâmetros livres (desconhecidos), variáveis latentes ou constructos hipotéticos (Bryant & Yarnold, 2003).
Apresenta-se, neste ponto, a avaliação do ajustamento do modelo a partir de critérios analíticos globais e específicos. O teste do Qui-Quadrado de ajustamento dos dados para o modelo hipotético de base revelou, conforme expectável, pela amplitude da amostra, um valor estatisticamente significativo (χ2 = 2247,230, 272 g.l., p < ,001). A análise complementar dos diversos índices de ajustamento demonstrou que os valores dos índices IFI, do TLI e do CFI oscilam entre ,782 e ,854, articulados com o RMSEA, cujo valor obtido de ,079, se podem considerar indicadores de um nível insuficiente de ajustamento (cf. quadros 2 e 3).
Relativamente aos valores do ajustamento entre diferentes índices Hair et al. (2010) relativizam os valores de corte segundo a complexidade dos modelos, ou seja, de acordo com o número de sujeitos e o número de variáveis observadas. Para um número de sujeitos superior a 250 e um número de variáveis observadas entre 12 e 30 são esperados valores significativos do qui-quadrado, o CFI ou TLI deverão ser superiores a ,92 e o RMSEA deverá apresentar valores inferiores a ,07, em conjugação com o CFI superior a ,92. Verifica-se, assim, que os principais indicadores globais obtidos nos resultados da análise fatorial confirmatória à estrutura emergente do estudo original (cf. Quadro 2) convocam a um esforço analítico reinterpretativo e, a partir de alguns indicadores, a uma possível reanálise e adaptação seletiva do modelo hipotético de base. Estes indicadores globais de ajustamento indiciam que a estrutura emergente da aplicação da versão do questionário HSPS, de 27 itens, não mimetiza na sua versão portuguesa, de forma direta, integral e linear, a estrutura dimensional que resultou da aplicação do instrumento na versão apresentada por Smolewska et al. (2006).
Em relação a indicadores específicos, a determinação da manutenção ou exclusão de itens com base nos pesos fatoriais tem sofrido alguma mudança, denotando-se a adoção gradativa de critérios mais exigentes. Se há autores que indicam o ponto de corte de ,30 (e.g., Bryman & Cramer, 1993), autores como Stevens (1986) refere ,40, mais recentemente autores como Pestana e Gageiro (2007) e Hair et al. (2010) referem ,50 como valor que assegura, de forma ambiciosa e exigente, a não inclusão de itens responsáveis por menos de 25% de variância. A análise do quadro 3 permite identificar 7 itens com um valor de saturação inferior a ,50, mas superior a ,40, e apenas um item com um valor inferior a ,40, especificando, o item 17, com a saturação de ,396.
Neste ponto, consideraram-se em termos de prossecução da estratégia de validação duas vias possíveis. Uma primeira, mais linear, consistiria na imediata ponderação da re-especificação do modelo adotado, na análise fatorial confirmatória, a partir dos seus resultados analisados à luz dos referenciais teóricos de partida. Uma segunda via, pela qual se optará, assume que nesta investigação se procura a validação de uma escala que embora integre itens e escala de resposta já utilizados em investigações prévias foi, pela primeira vez, administrada na versão em língua portuguesa e autoadministrado numa amostra de participantes em contexto cultural Português. Entende-se, assim, que há sentido para, previamente a qualquer exercício de re-especificação, ainda que teoricamente norteado e estatisticamente fundamentado, se deva explorar, sob o ponto de vista estatístico, a estrutura e configuração de relações exploratoriamente emergentes. Entendemos, deste modo, e na articulação com os resultados globais do exercício de análise fatorial confirmatória (cf. Quadro 2), articulada com múltiplos resultados fatoriais, como os evidenciados por Konrad e Herzberg (2017), que há elementos que justificam e nos permitem fundamentar, nesta etapa, a realização de uma análise fatorial de natureza exploratória do questionário HSPS.
Análise exploratória
Os resultados e as considerações apresentadas nos parágrafos precedentes conduziram-nos, assim, à realização de uma análise fatorial exploratória do instrumento adotado, com o intuito de se explorar a dimensionalidade e a adaptação da estrutura na amostra de participantes portugueses. Realizou-se, tal como adotado no estudo de Smolewska et al. (2006), uma análise exploratória pelo método das componentes principais, com extração livre de fatores para avaliar a estrutura relacional dos 27 itens do “HSPS” na presente amostra.
Ao nível dos pressupostos no uso da análise fatorial exploratória considerou-se a dimensão amostral, a normalidade e linearidade das variáveis, os valores extremos univariados e multivariados dos casos, a multicolinearidade, a singularidade e outliers das variáveis (Tabachnick & Fidell, 2007).
O indicador estatístico do teste Kaiser-Meyer-Olkin Measure of Sampling Adequacy com valor superior a ,90, pode ser considerado muito bom indicador para a realização destas análises (cf. Quadro 5).
Para a determinação do número de fatores assumiram-se, sobretudo, critérios estatísticos, na medida em que se trata de uma análise exploratória (Ledesma & Valero-Mora, 2007). Neste sentido, considerámos o critério de Kaiser, o teste scree de Cattell, a análise paralela (Enzmann, 1997), mas, também, a percentagem total de variância explicada e a interpretabilidade conceptual dos fatores emergentes, segundo a matriz teórico-conceptual a partir do qual foi esboçado e desenvolvido (Aron & Aron, 1997; Smolewska et al., 2006).
Segundo o critério de Kaiser, os fatores que apresentam eigenvalues superiores a 1 e uma percentagem de variância explicada superior a 5% são retidos e interpretados. A análise deste critério no output da extração livre sugere a existência de cinco fatores. Segundo a análise do gráfico Screeplot, no caso em análise, sugere-se a potencial existência de três fatores. Para identificar o valor dos eigenvalues aleatórios recorreu-se também aos softwares RanEigen 2.0, de acordo com os procedimentos referidos por Lautenschlager (1989) e também o “Monte Carlo PCA for parallel analysis” desenvolvido por Watkins (2000).
O quadro 6 mostra os eigenvalues empíricos assim como os aleatórios. Conforme se pode verificar, o componente três é o último em que os eigenvalues empíricos são superiores aos aleatórios. Já no componente quatro, os valores empíricos são menores do que o valor aleatório. Estes dados indiciam a existência de 3 componentes, o que permite, segundo este critério, antecipar uma estrutura comparável à emergente dos estudos de Smolewska et al. (2006).
Optou-se, assim, por uma solução forçada a três fatores, sujeita a rotação Varimax. Uma análise aos itens, em cada uma das três dimensões, e o exame dos pesos ou cargas fatoriais dos 27 itens revelou que não se verificaram itens candidatos a extração, com base no valor das saturações inferiores ao ponto de corte de ,50 nem itens com saturação similar em mais do que uma componente, ou seja, com um diferencial inferior a ,10 (Hair et al., 2010).
A solução final, com três componentes, permite explicar 44,8% da variância total. Todos os itens apresentam comunalidades satisfatórias e saturações fatoriais acima do ponto de corte de ,40. Pode, assim, verificar-se que todos os valores são superiores ao mínimo recomendado por Hair e colaboradores (2010) e por Nunnally (1978).
A estimação da fiabilidade das dimensões encontradas foi realizada por intermédio do coeficiente alpha de Cronbach (cf. Quadro 7).
Discussão
Embora a análise fatorial exploratória deva ser, sobretudo, guiada pelos resultados estatísticos, é importante denotar que as alterações não deverão colocar em causa, de forma significativa, o sentido e a validade de constructo e sua articulação com a conceptualização das variáveis.
Analisando comparativamente os itens integrantes de cada dimensão na presente solução e na emergente do estudo de Smolewska et al. (2006) verifica-se, na primeira componente, denominada facilidade de excitação a não inclusão do item 17 e a inclusão dos itens 5 e 11, não apresentados na solução final de Smolewska et al. (2006). A primeira dimensão permanece, em termos de conteúdo dos itens, relacionada com a facilidade de excitação, ou seja, relacionada com a facilidade, ou não, em ficar mentalmente sobrecarregado por fatores e exigências externas e/ou internas.
Verificou-se nas análises realizadas que a segunda e terceira dimensão surgem, no nosso estudo, em ordem inversa da apresentada no estudo de Smolewska et al. (2006). Ultrapassando a questão superficial da ordenação e atendendo à constituição das componentes verifica-se a manutenção, na generalidade, dos mesmos itens por componente. Relativamente à nossa segunda dimensão, denominada baixo limiar de sensibilidade, comparada com a terceira apresentada por Smolewska et al. (2006), verifica-se que a nossa solução integra mais um item, o item 1, não apresentado em qualquer das dimensões na solução de Smolewska et al. (2006). O sentido teórico da dimensão permanece com o seu sentido intocável, sendo referente à excitação sensorial desagradável por estímulos externos.
A terceira dimensão na presente solução fatorial vai no sentido da integração de itens avaliativos da consciência estética, denominando-se sensibilidade estética. Comparada com a segunda dimensão de Smolewska et al. (2006) revelou itens similares, excetuando-se, a consideração na nossa solução do item 17 e na consideração na solução dos autores do item 5 que surgiu, na nossa solução, integrado na primeira componente.
Calculou-se, para cada escala e respetivas subescalas, o valor da consistência interna através do alfa de Cronbach. Procedimento considerado como uma boa estimativa da fidelidade de um teste (Nunnaly, 1978; Anastasi, 1990). Os valores encontrados encontraram-se nos intervalos considerados bom e razoável, de acordo com Nunnally (1978) e também Hill e Hill (2000). O primeiro componente apresentou um valor de ,869, o segundo de ,802 e o terceiro de ,771.
Em suma, após a realização dos procedimentos de análise fatorial confirmatória e exploratória considera-se que se mantém, na generalidade, na amostra Portuguesa, o sentido teórico e a validade de constructo do modelo conceptual na base do desenvolvimento matricial do instrumento mas, sobretudo, que se reforça o sentido de uma conceptualização e de avaliação enriquecido com os contributos de Smolewska et al. (2006) para a alta sensibilidade de processamento sensorial, considerando-se, também na validação do instrumento em língua portuguesa, o valor para a conceptualização e para a avaliação, da lógica estrutural em três componentes: facilidade de excitação, limiar sensorial baixo e sensibilidade estética.
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Faculdade de Ciências Sociais e Humanas – Universidade da Beira Interior. Pólo IV – Estrada do Sineiro, s/n, 6200-209 Covilhã, Portugal. email: hpereira@ubi.pt
Recebido em 22 de janeiro de 2020/ Aceite em 26 de junho de 2020