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Revista Portuguesa de Ciências do Desporto
versão impressa ISSN 1645-0523
Rev. Port. Cien. Desp. v.6 n.2 Porto maio 2006
Não se deve identificar força explosiva com potência muscular, ainda que existam algumas relações entre ambas.
Carlos Carvalho
Alberto Carvalho
Laboratório do Movimento Humano, Instituto Superior da Maia, Portugal.
RESUMO
O objectivo deste trabalho é procurar diferenciar a força explosiva da potência muscular. Apesar de ambas serem manifestações de força rápida, dependem de factores bastante diferentes, têm características distintas e necessitam de metodologias e métodos específicos e independentes no seu treino e desenvolvimento. Sumariamente, podemos dizer que o treino de força explosiva se deve realizar com cargas máximas e a máxima velocidade de contracção muscular, para que se garanta uma suficiente activação nervosa dos factores intramusculares (recrutamento, frequência e descarga dos impulsos e sincronismo das unidades motoras). Contrariamente, o treino da potência deve ser realizado com cargas médias, com máxima velocidade de execução de um determinado gesto, acção e/ou sequência motora específica. Daí cair fortemente na esfera do treino coordenativo ou técnico. Assim se depreende que sejamos da opinião de que estas duas manifestações de força rápida não podem, nem devem, ser identificadas como sinónimos de uma mesma capacidade motora.
Palavras-chave: força explosiva, potência muscular, treino da força.
ABSTRACT
One should not identify explosive strength with muscular power even if some connection can be found between them.
The aim of this paper is to search for the difference between explosive strength and muscular power. In spite of both being expressions of speed-strength, they depend on very different factors, have distinct characteristics and need specific and independent methods and methodologies. To sum it all up, it can be said that explosive strength training should be done with maximum loads and the maximum rate of velocity of muscular contraction so that a sufficient nervous activation can be achieved in the intramuscular factors (recruitment, firing frequency and synchronism of nervous stimulus). Contrarily to this, power should be trained with medium loads but with high speed of execution of any specific motor action and/or sequences, therefore falling on a more technical or coordinative training. We can deduce from all this that these two expressions of speed-strength should not be identified as synonyms of the same physical abilities.
Key Words: explosive strength, muscular power, strength training.
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CORRESPONDÊNCIA
Carlos Carvalho
Laboratório do Movimento Humano
Instituto Superior da Maia
Av. Carlos Oliveira Campos
4474-690 Avioso, S. Pedro
PORTUGAL