Serviços Personalizados
Journal
Artigo
Indicadores
- Citado por SciELO
- Acessos
Links relacionados
- Similares em SciELO
Compartilhar
Revista Portuguesa de Ciências do Desporto
versão impressa ISSN 1645-0523
Rev. Port. Cien. Desp. v.8 n.2 Porto ago. 2008
Prática desportiva de estudantes universitários: o caso da Universidade do Porto
Nuno Corte-Real
Cláudia Dias
Rui Corredeira
André Barreiros
Tânia Bastos
António Manuel Fonseca
Universidade do Porto, Faculdade de Desporto, Portugal
Resumo
Embora as vantagens associadas à prática desportiva por pessoas de todas as idades sejam hoje perfeitamente evidentes, vários estudos realizados com populações universitárias têm destacado o seu elevado sedentarismo, razão pela qual se justifica investigar as determinantes da sua actividade desportiva. Reconhecendo a importância assumida neste domínio pelas dimensões social, cognitiva e afectiva, este estudo procurou analisar a prática desportiva de estudantes universitários, relacionando-a com variáveis intrapessoais (e.g., sexo, idade) e interpessoais (e.g., hábitos desportivos de familiares e amigos). Participaram 2284 estudantes dos dois sexos, com idades entre os 18 e os 30 anos (M=21.87±2.37), que preencheram um questionário sobre a sua prática desportiva e a dos seus familiares e amigos. A análise dos resultados evidenciou que os estudantes: i) preferiam actividades de fitness, natação e futebol, bem como actividades menos tradicionais (e.g., capoeira); ii) praticavam maioritariamente desporto recreativo, ao longo de todo o ano, em associações/ academias/ ginásios; iii) os homens eram mais activos; iv) maioritariamente preferiam praticar desporto acompanhados, o que convergia com as correlações positivas encontradas entre a regularidade da sua prática e a dos seus amigos e familiares. Daqui resulta, portanto, a importância de adequar a oferta desportiva às preferências dos estudantes, não só em termos de modalidades e espaços, mas também considerando o papel dos outros significativos.
Palavras-chave: estudantes universitários, prática desportiva, influências sociais
Abstract
Sport practice of university students: the case of the University of Porto
Despite the clear benefits associated to sport practice to people of all ages, some studies with university students have shown high prevalence of sedentary habits, reason why it is important to investigate the determinants of their sport participation. Considering the importance in this domain of social, cognitive and affective dimensions, this study analysed sport practice of university students in relation with intrapersonal (e.g., sex, age) and interpersonal (e.g. relatives and friends sport habits) variables. Participated in this investigation 2284 male and female students, aged between 18 and 30 years (M=21.87±2.37), who filled out a questionnaire to assess their levels of sport practice, as well as their relatives and friends sport habits. Overall, results showed the students: i) preferred to practice fitness, swimming and soccer, as well as traditional activities (e.g., capoeira); ii) preferred to practice sport recreationally, all year long, in associations/ academies/ gymnasia; iii) men were more active; iv) preferred to practice sport in group, which is consistent with the positive correlations found between the students regular sport practice and their relatives and friends sport habits. Therefore, these results suggest the importance of matching the sport offer to the preferences of students, not only in relation to activities and places, but also considering the role of significant others.
Key-words: university students, sport practice, social influences
Texto completo disponível apenas em PDF.
Full text only available in PDF format.
REFERÊNCIAS
1. Pastor, Y. Balaguer, I. & Garcia-Merita, M. (1998). Una revisión sobre las variables de estilos de vida saludables. Revista de Psicologia de la Salud. 10, 1, 15-52. [ Links ]
2. Organização Mundial de Saúde (2002). Rapport sur la santé en Europe 2002. Genève (Suisse): Éditions OMS.
3. United States Department of Health and Human Services (1996). Physical activity and health: A report of the Surgeon General. United States Department of Health and Human Services, Centers for Disease Control and Prevention. Atlanta, GA: 1996.
4. Dishman, R. K. (1988). Exercise adherence. Champaign, IL: Human Kinetics.
5. Stephens, T., Jacobs, D. R., & White, C. C. (1985). A descriptive epidemiology of leisure-time physical activity. Public Health Reports, 100, 147-158.
6. Luepker, R., Perry, C. Mckinley, S., Nader, P., Parcel, G., Stone, E., Webber, L., Elder, J., Feldman, H., Johnson, C., Kelder, S. & Wu, M. (1996). Outcomes of a field trial to improve childrens dietary patterns and physical activity: The child and adolescent trial for cardiovascular health (CATCH). JAMA, 275 (10), 768-776.
7. Calfas, K., J., Sallis, J. F., Lovato, C. Y. & Campbell, J. (1994). Physical a ctivity and its determinants before and after college graduation. Medicine, Exercise, Nutrition and Health, 3, 323-334.
8.Ruiz, F., Garcia, M. E. & Gómez, M. (2005). Prática de actividad físico-deportiva de tiempo libre. In F. Ruiz, M. E. Garcia & M. Gomez (Eds.), Hábitos físico-deportivos en centros escolares y universitarios. Madrid (Spain): Editorial Gymnos.
9. Sanz, E. (2005). La práctica físico-deportiva de tiempo libre en universitarios: Análisis y propuestas de mejora. Logroño (Spain): Universidade de La Rioja, Servicio de Publicaciones.
10. Buckworth, J. (2001). Exercise adherence in college students: Issues and preliminary results. Quest, 53, 335-345.
11. Caspersen, C. Nixon, P. & Durant, R. (1998). Physical activity epidemiology applied to children and adolescents. Exercise and Sport Sciences Reviews, 26, 341-403.
12. Wallace, L. S., Buckworth, J., Kirby, T. E. & Sherman, W. M. (2000). Characteristics of exercise behavior among college students: Application of Social Cognitive Theory to predicting stage of change. Preventive Medicine, 31, 494-505.
13. Sallis, J. F. & Mckenzie, T. L. (1991). Physical educations role in public health. Research Quarterly for Exercise and Sport, 62, 124-137.
14. Balaguer, I. (1999). Estilo de vida de los adolescentes de la comunidad valenciana: Un estudio de la socialización para la vida saludable. DGICYT (PB94-1555).
15. Montil, M. (2006). Determinantes de la conducta de la actividad física em población infantil. In A. Jiménez & M. Montil (Eds.), Determinantes de la práctica de actividad física: Bases, fundamentos e aplicaciones (pp. 191-229). Madrid (Spain): Dykinson, S.L.
16. Tinsley, B. J., Holtgrave, D. R., Reise, S. P., Erdley, C. & Cupp, R. G. (1995). Developmental status, gender, age, and self-reported decision-making influences on students risky and preventive health behaviors. Health Education Quarterly, 22, 3244-3259.
17. Butcher, S. (1993). Socialization of adolescent girls participation in physical activity. Adolescence, 18, 753-766.
18. Carratalá Deval, V., Garcia Ferriol, A. & Carratalá Sánchez, E. (1998). Análisis de las diferencias por género e por grupo en los factores de los iguales relacionados con la práctica deportiva. Revista de Psicología del Deporte, 2 (7), 283-293.
19. Fox, K. (1992). Physical education and the development of self-esteem in children. In N. Armstrong (Ed.), Towards a National Curriculum-2: New Directions in physical education. Champaign, IL: Human Kinetics.
20. Wold, B. & Anderssen, N. (1992). Health promotion aspects of family and peer influences on sport participation. International Journal of Sport Psychology, 23, 343-359.
21. Devis, J. (2000). Actividade física, deporte y salud. Alicante: Editorial Marfil, SA.
22. Corte-Real, N. (2006). Desporto, Saúde e Estilos de Vida: Diferentes olhares, objectivos e subjectivos, sobre os comportamentos dos adolescentes. Dissertação de doutoramento. Porto: Faculdade de Desporto da Universidade do Porto.
23. Conselho da Europa (1995). The significance of sport for society: Health, socialization, economy. Committee for the Development of Sport (CDDS): Holanda.
24. Sallis, J. F. (1995). A behavioural perspective on childrens physical activity. In L. W. Y. Cheung & J. B. Richmonds (Eds.), Child health, nutrition, and physical activity (pp.125-139). Champaign, IL: Human Kinetics.
25. Matos, M., Simões, C., Carvalhosa, S., & Canha, L. (2003). Saúde e estilos de vida em jovens portugueses: Estudo nacional da rede europeia HBSC/OMS (1996). Lisboa: Faculdade de Motricidade Humana, Universidade Técnica de Lisboa.
26. Sallis, J. F. (2000). Age-related decline in physical activity. Medicine and Science in Sports and Exercise, 32, 598-600.
27. Sallis, J. F., Prochaska, J., & Taylor, W. (2000). A review of correlates of pshysycal activity of children and adolescents. Medicine Science in Sports and Exercise, 32 (5), 963-975.
CORRESPONDÊNCIA
Nuno Corte-Real
Faculdade de Desporto da Universidade do Porto
Rua Dr. Plácido Costa, 91 – 4200.450 Porto
Portugal
E-mail: ncortereal@fade.up.pt