INTRODUÇÃO
No final de 2019, o mundo foi surpreendido pelo aparecimento de uma virose denominada de COVID-19 e causada por um vírus da família coronaviridae denominado de Coronavírus 2 ou SARS-CoV-2. A COVID-19 se alastrou progressivamente pelo mundo, a partir da China, adquirindo o status de pandemia pela Organização Mundial de Saúde (OMS) (Li et al., 2020). Dessa forma, por causa da globalização o vírus se alastrou pelo mundo trazendo vários impactos na vida das pessoas e dos profissionais de Educação Física.
Com o início do vírus no Brasil, o impacto na economia sofreu bastante por causa da quarentena que foi necessária para diminuir os casos de infeção por covid-19. E assim, os profissionais de Educação Física tiveram que parar seus ofícios, por conta das relações interpessoais estabelecidas durante a crise justifica-se a relevância do trabalho.
A profissão de Educação Física no Brasil é dividida em duas áreas que são licenciatura e bacharelado. Enquanto, o profissional formado em licenciatura trabalha na área formal contemplando educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, o bacharel trabalha em academias, clubes de futebol, acessórias esportivas contemplando a área não formal da profissão.
Atualmente no Brasil, têm aproximadamente 463.022,00 mil profissionais. Sendo, 273.384,00 do gênero másculo e 189.638,00 do gênero feminino inscritos no Conselho Federal de Educação Física (Confef, 2020). Desse modo, estudo realizado com profissionais de Educação Física no Brasil constatou uma predominância de 62,9% masculino e 34,1% feminino e a classe de atividades mais bem pagas são atividades de condicionamento físico, administração pública em geral e clubes sociais, esportivos e similares (Proni, 2010). Com isso, os alunos preferem contratar os profissionais de Educação Física que sejam competentes, dedicados, que se atualizem, tenham uma relação interpessoal, um comportamento adequado na sociedade e um corpo em forma independendo do gênero (Bardini, 2020).
O interesse em realizar tal estudo sobre o impacto da pandemia da COVID-19 entre profissionais de Educação Física do Nordeste e do Sul do Brasil deve-se ao fato do pesquisador ser profissional de Educação Física e trabalhar em uma equipe multidisciplinar na área da saúde.
Dessa maneira, o objetivo do presente estudo é comparar o impacto da pandemia da COVID-19 entre profissionais de Educação Física do Nordeste e do Sul do Brasil.
MÉTODOS
Caracterização da pesquisa
O presente estudo de caráter transversal foi realizado com profissionais de Educação Física residentes em Estados do Nordeste e do Sul do Brasil. A coleta de dados ocorreu por meio digital sob parecer nº 3.997.229 do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade de Fortaleza.
Amostra e procedimentos para convocação
Através dos Formulários Google® foi criado um questionário, com perguntas de múltipla escolha e múltiplos gabaritos, sendo este disseminado através das redes sociais Whatsapp®, Instagram@ e Facebook@. O questionário constou de perguntas relacionadas a aspectos socioeconômicos e demográficos dos profissionais de Educação Física, tendo-se obtidos respostas de residentes em todos os 9 Estados Nordestinos (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe) e nos 3 Sulistas (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).
Também foram incluídas no questionário perguntas relacionando o participante com questões referentes aos seus comportamentos e impactos que possam sofrer com a pandemia.
Tratamento estatístico
Os dados foram tabulados em planilha de Excel e analisados por meio do software SPSS versão 24.0®. Foram calculadas frequências absoluta e relativa de todas as variáveis do estudo. A associação entre variáveis foi verificada por meio do teste Qui-quadrado. Foi adotado um nível de significância de 5% para os procedimentos inferenciais.
RESULTADOS
O estudo teve um total de 746 participantes, sendo 50,8% da Região Sul e 49,2% da Região Nordeste. A maioria era do sexo masculino (61,9%) e tinha filhos (52,8%).
Com relação à formação e atuação profissional, a maioria tinha até 10 anos de formado (59,5%), quando somados aqueles de até 5 anos e de 6 a 10 anos, possuíam licenciatura plena ou as ambas as modalidades (61,3%) e atuava no Setor privado/Profissional liberal (52%). Na comparação entre os grupos verificou-se que os profissionais de Educação Física nordestinos tinham o tempo de formado menor do que os sulistas (p< 0,001), além de uma maior quantidade de profissionais que tinham somente licenciatura (p< 0,001). Já entre os profissionais sulistas, aqueles que trabalham no Setor Público são em maior número do que os nordestinos, que estão mais no Setor privado/Profissional liberal (p< 0,001) (Tabela 1).
Variáveis | Região | Valor p | |||
---|---|---|---|---|---|
Nordeste | Sul | ||||
n | % | n | % | ||
Tempo de formado? (anos) | |||||
Até 5 | 147 | 40,1 | 99 | 26,1 | < 0,001 |
6 a 10 | 94 | 25,6 | 104 | 27,4 | |
11 a 15 | 58 | 15,8 | 70 | 18,5 | |
16 a 20 | 27 | 7,4 | 58 | 15,3 | |
20 ou mais | 41 | 11,2 | 48 | 12,7 | |
Qual sua formação? | |||||
Licenciatura | 93 | 25,3 | 33 | 8,7 | < 0,001 |
Ambas/Plena | 202 | 55 | 255 | 67,3 | |
Bacharelado | 72 | 19,6 | 91 | 24 | |
Onde você atua? | |||||
Setor púbico | 84 | 22,9 | 129 | 34 | < 0,001 |
Setor privado/Profissional liberal | 229 | 62,4 | 159 | 42 | |
Ambos | 54 | 14,7 | 91 | 24 | |
Teste Qui-quadrado |
Considerando-se as questões de planejamento financeiro e de saúde, a maioria dos participantes era o principal mantenedor da casa (64,9%), não tinham realizado reserva financeira (75,9%), nem tinham plano de saúde (58,6%) ou de aposentadoria (67%). Ainda, 95,4% afirmou que suportariam ficar sem remuneração durante a pandemia de 1/2 meses. Enquanto os nordestinos possuem mais plano de saúde privado (p= 0,038), os sulistas são os principais mantenedores das despesas de suas casas (p= 0,047) (Tabela 2).
Variáveis | Região | Valor p | |||
---|---|---|---|---|---|
Nordeste | Sul | ||||
n | % | n | % | ||
Você é o principal mantenedor das despesas da sua casa? | |||||
Sim | 226 | 61,6 | 258 | 68,1 | 0,047 |
Não | 141 | 38,4 | 121 | 31,9 | |
Você tem algum plano de aposentadoria? | |||||
Sim | 118 | 32,2 | 128 | 33,8 | 0,567 |
Não | 249 | 67,8 | 251 | 66,2 | |
Você possui plano de saúde privado? | |||||
Sim | 165 | 45 | 144 | 38 | 0,038 |
Não | 202 | 55 | 235 | 62 | |
O exercício da profissão lhe permitiu fazer uma reserva financeira? | |||||
Sim | 89 | 24,3 | 91 | 24 | 0,896 |
Não | 278 | 75,7 | 288 | 76 | |
Tempo sem remuneração durante a pandemia? (meses) | |||||
1/2 | 350 | 95,4 | 363 | 95,8 | 0,752 |
> 6 ou mais | 17 | 4,6 | 16 | 4,2 | |
Teste Qui-quadrado |
Com relação às atitudes e riscos frente à pandemia, um total de 94,5% dos profissionais de Educação Física afirmou estar em isolamento, muito embora 45,7% concordassem com o isolamento vertical. Somente 30% consideraram como alto o risco de contaminação durante o exercício laboral e 49,9% estavam fazendo trabalhos on-line através de redes socais ou videoconferências enquanto 43,4% estavam parados em suas atividades. Ainda 77% consideraram-se ansiosos ou muito ansiosos. Quando comparados os grupos observou-se que os nordestinos são mais favoráveis ao isolamento horizontal (p= 0,006) e consideram alto o risco de contaminar-se durante a intervenção profissional (p= 0,046). Em contrapartida, os sulistas estão realizando mais trabalhos on-line (p= 0,019) e sentem-se muito ansiosos (p= 0,034) (Tabela 3).
Variáveis | Região | Valor p | |||
---|---|---|---|---|---|
Nordeste | Sul | ||||
n | % | n | % | ||
Está em isolamento social? | |||||
Sim | 348 | 94,8 | 357 | 94,2 | 0,719 |
Não | 19 | 5,2 | 22 | 5,8 | |
A favor de qual modalidade de isolamento? | |||||
Horizontal | 218 | 59,4 | 187 | 49,3 | 0,006 |
Vertical | 149 | 40,6 | 192 | 50,7 | |
Você está trabalhando durante o isolamento? | |||||
Sim, estou fazendo atendimento pessoal | 19 | 5,2 | 31 | 8,2 | 0,019 |
Estou fazendo somente trabalhos on line (redes sociais e etc..) | 171 | 46,6 | 201 | 53,0 | |
Não | 177 | 48,2 | 147 | 38,8 | |
Como você avalia seu grau de ansiedade com a atual situação? | |||||
Não sinto-me ansioso | 96 | 26,2 | 75 | 19,8 | 0,034 |
Sinto-me ansioso | 188 | 51,2 | 192 | 50,7 | |
Sinto-me muito ansioso | 83 | 22,6 | 112 | 29,6 | |
Como você avalia o seu risco em contaminar-se com a Covid-19 durante um atendimento? | |||||
Alto | 125 | 34,1 | 99 | 26,1 | 0,046 |
Médio | 136 | 37,1 | 148 | 39,1 | |
Baixo | 106 | 28,1 | 132 | 34,8 | |
Teste Qui-quadrado |
DISCUSSÃO
Em relação ao impacto relacionado a formação e atuação dos profissionais de Educação física na pandemia, dois aspectos devem ser considerados, o gênero e o tempo de formado dos profissionais. Com relação ao gênero, um trabalho realizado com universitários demonstrou que o nível de atividade física depende do gênero do estudante, e as mulheres têm menor nível do que os homens (Mateus, Luna, & Vivanco, 2019). Um outro estudo com adolescentes e universitários também encontrou resultados semelhantes, indicando que os homens praticam mais exercício físico do que as mulheres, independente da idade (Gonçalves & Martínez, 2018).
Isso também é latente das aulas de Educação Física na escola. É possível dizer que ainda hoje estas aulas na escola possuem características tecnicistas, biologicistas e que ainda privilegiam a performance esportiva em muitas situações, reproduzindo desigualdades da sociedade em geral, favorecendo maior adesão dos homens (Frizzo, Alves, & Cecchim, 2018). Talvez isso possa explicar que mais homens procurem o Curso de Educação Física, e também pode ter relação com a maior participação dos homens em nosso questionário. Não há estudos que mostrem o perfil de gênero dos graduados em Educação Física nas Regiões Nordeste e Sul. Além disso, o Conselho Federal de Educação Física (Confef) também não disponibiliza esta informação.
Quando é observado que a maioria dos profissionais que responderam o questionário deste estudo tinha até 10 anos de formado, é importante destacar que entre 1995 e 2015, o número de jovens entre 18 e 24 anos de idade que cursavam ou haviam concluído o ensino superior no Brasil aumentou mais de 250%, passando de 1.279.366 estudantes para 4.779.597, sendo maior o número de matrículas no ensino privado quando comparado com o ensino público (Salata, 2018). Ou seja, nos últimos anos o número de graduados é de fato maior, o que pode explicar a maioria dos respondentes com graduação nos últimos 10 anos.
Já em relação ao planejamento financeiro e de saúde do profissional de Educação Física na pandemia. Todos esses fatores reunidos podem dar início a um importante dado coletado neste trabalho. Um total de 75,9% dos participantes não tinham reserva financeira e 95,4% afirmaram que suportariam ficar sem remuneração durante a pandemia de 1/2 meses. Devemos ainda considerar que 71,5% necessitam do setor privado para ter sua renda total ou complementála. A maior parte dos profissionais de Educação Física é composta de autônomos, celetistas e microempreendedores.
Dados registrados no trabalho realizado por Proni (2010) confirmam esta afirmação. Assim como a maior parte da população brasileira, a grande maioria dos participantes deste estudo demonstrou não possuir orientação financeira e não saber fazer as devidas provisões para agir em momentos de crise. Saber lidar com o dinheiro é fato inconteste para vencer tais situações.
A Educação financeira relaciona-se com o correto plane-jamento financeiro, organização de orçamentos, poupança e investimento gerando qualidade de vida e realização pessoal e profissional (Mendes, 2015). Contudo, devemos considerar que no Brasil somos afetados pela mais alta taxa tributária do mundo, atingindo quase 40% do PIB, o que impacta nesse planejamento (Lima & Rezende, 2019). O fato de 64,9% dos participantes serem os principais mantenedores do lar, nos remete a uma grande preocupação quanto aos profissionais de Educação Física.
Para reduzir a propagação da COVID-19, a OMS e os principais governos do mundo têm recomendado que toda a população fique em casa, apesar das inúmeras consequências colaterais negativas dessa medida (Burtscher, Burtscher, & Millet, 2020; Matias, Dominski, & Marks, 2020). Para estes órgãos, medidas de isolamento neste momento são a melhor estratégia para evitar um número extremamente elevado de mortes. O caso de Wuhan na China é usado como exemplo, com o isolamento total (horizontal) da cidade (Lake, 2020).
Durante a pandemia de COVID-19, todos os residentes da China continental ficaram isolados, sem transportes públicos como ônibus, trens, balsas e aviões (Zhai et al., 2020). Isso serviu para mostrar os efeitos do benefício do isolamento total num país com mais de 1 bilhão de habitantes. Assim, a experiência de países mais desenvolvidos e afetados pela COVID-19 mostrou que a medida de isolamentos horizontal é a forma mais efetiva de evitar o colapso do sistema de saúde, o que determina uma menor mortalidade em números absolutos. Entretanto, apesar dos exemplos, áreas do setor econômico põe em dúvida tal estratégia, com argumentos de cenários futuros catastróficos do ponto de vista econômico e social, indicando como alternativa o isolamento vertical, sem qualquer eficiência comprovada (Schuchmann et al., 2020). O isolamento vertical não inibe a circulação do vírus de forma adequada e pode causar graves consequências para boa parte da população (Rocha & Tomazelli, 2020). Quando comparados os grupos observou-se que os nordestinos são mais favoráveis ao isolamento horizontal (p= 0,006).
A dificuldade de manter o serviço de orientação à prática de exercício físico presencial pelo Profissional de Educação Física no período de confinamento foi determinada no início pelo decreto nº 10.282/2020 do Governo Federal de 20 de março de (2020), que regulamenta a Lei Federal nº 13.979, de 6 de fevereiro de (2020), e definiu os serviços públicos e as atividades essenciais. No primeiro momento a Educação Física não foi incluída inicialmente, porém em 11 de maio de 2020, com a ampliação dos serviços essenciais ocorreu a inclusão. Contudo, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu o Governo Federal de derrubar decisões estaduais e municipais. Dessa forma, em muitos Estados a proibição da atuação do profissional de Educação Física permaneceu através de decretos estaduais. Na data da coleta de dados do presente estudo, todos os Estados investigados estavam em isolamento.
Por causa desses decretos estaduais muitos profissionais buscaram alternativas. A tentativa de contato remoto através de trabalhos on-line por meio das redes sociais, video-conferências ou por e-mail foi uma forma encontrada por muitos profissionais de Educação Física para enfrentar este momento de distanciamento social e fazer com que suas finanças não fossem mais afetadas. A prática de exercícios físicos é considerada fundamental para a saúde física e mental durante a Pandemia da COVID-19 (Helmich & Bloem, 2020; Jiménez-Pavón, Carbonell-Baeza, & Lavie, 2020; Raiol, 2020; Toresdahl & Asif, 2020). A população, inclusive de atletas, não deveria ficar sem praticar exercícios orientados e de qualidade durante o confinamento. Estudos indicam que os exercícios que melhoram a imunidade, notadamente aqueles de curta duração e de intensidade leve a moderada (Krüger, Mooren, & Pilat, 2016; Simpson et al., 2020). Apenas o profissional pode estabelecer junto ao seu aluno o melhor programa a ser seguido neste momento, adaptando aos espaços que este possui. Neste estudo, os profissionais sulistas estão realizando mais trabalhos on-line (p= 0,019) que os nordestinos.
A falta de preparação financeira tem gerado estresse na população vulnerável, socialmente e economicamente, durante a pandemia (Patel et al., 2020; Wang & Tang, 2020). Portanto, além de pensar apenas em levar saúde para a população, também é necessário pensar na saúde dos profissionais de Educação Física. Segundo Brooks et al. (2020), a perda financeira gera, durante momentos de pandemias, diversos problemas de saúde relacionados ao estresse vivido, e a falta de planejamento financeiro para enfrentar esta realidade contribuiu para aumentar esse estresse. Deste modo, como o sistema público de saúde está saturado neste momento e a maioria dos profissionais de Educação Física não possui plano de saúde privado, os cuidados devem ser redobrados, principalmente com a saúde mental. Tal situação pode provocar o alto grau de ansiedade observado neste estudo, onde os profissionais de Educação Física sulistas sentem-se significativamente mais muito ansiosos (p= 0,034) apesar de estarem realizando mais trabalhos on-line conforme foi discutido.
Com relação as atitudes e ricos frente à pandemia o exercício laboral da Educação Física impõe aos profissionais duras cargas de trabalho físico e emocional, principalmente aos autônomos. Estes são sujeitos a muitas horas de trabalhos semanais, muitas vezes com contratos com baixa remuneração e pouca estabilidade. Some-se a isso, o contato humano próximo e os riscos ergonômicos que atingem principalmente aqueles que prestam serviços de treinamento personalizado (Hartwig, 2012). Os participantes nordestinos, que exercem significativamente mais que os sulistas o trabalho autônomo (p< 0,001), são também os que consideram alto o risco de contaminar-se durante a intervenção profissional (p= 0,046). Possivelmente essa percepção ocorra pela proximidade maior com o cliente. Devemos considerar um dado importante e que está diretamente ao planejamento financeiro de vida. Um total de 58,6% não tinha plano de saúde e 67% não tinham plano de aposentadoria, o que deixa a maioria dos profissionais sob os cuidados somente do SUS diante de algum problema de saúde e com a situação financeira incerta na sua velhice, tendo que prolongar o já desgastante exercício laboral.
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que os efeitos da pandemia da Covid-19 sobre os profissionais de Educação Física foram impactante. A proibição do exercício profissional provocada pelo isolamento social demonstrou uma profissão com pouco planejamento e vulnerável financeiramente, independente da região brasileira de atuação, mesmo que entre elas as condições financeiras sejam desiguais e o serviço público, que garante um salário fixo mensal, absorva mais profissionais sulistas que demonstraram também estar significativamente mais ansiosos. Políticas públicas federais que venham gerar crédito financeiro para o retorno à atividade laboral será de grande valia.