1. Introdução
Este texto apresenta uma reflexão sobre o artigo “Análise do Curso de Ação e do Projeto Antropocêntrico: contribuições para a conceção de sistemas automatizados”, publicado na revista Laboreal, em 2020, por Francisco Lima, Rodrigo Ribeiro, Marcelle La Guardia e Sabrina Nagem. O objetivo é estimular o debate científico a partir de uma revisão não exaustiva das contribuições e insuficiências do artigo, a fim de avançar na reflexão sobre os limites da análise da atividade no campo das Ciências do Trabalho.
Lima et al. 2020 desenvolvem uma crítica acerca da carência de base teórica nas abordagens da Ergonomia e das Clínicas do Trabalho (doravante denominadas “Ciências do Trabalho”), defendendo a necessidade da incorporação da Teoria do Curso da Ação (TCA) nos projetos de engenharia, notadamente naqueles de maior complexidade. Para isso, os autores analisam os critérios de julgamento de operadores de Pequenas Centrais Hidrelétricas, criando árvores de julgamentos que contribuiriam sobremaneira com os projetos de automação de salas de controle.
A crítica desenvolvida pelos autores tem a sua legitimidade. Parece, de fato, haver uma lacuna conceitual e metodológica em muitas pesquisas em Ergonomia no que se refere à análise da atividade. A corrente desenvolvida por Jacques Leplat, que contribuiu à difusão da Análise Ergonômica do Trabalho (AET), particularmente com a modelização da AET (Silva, 2006), acabou por se popularizar entre pesquisadores e consultores da área, embora apropriada de formas muito diferentes nas análises e frequentemente limitando-se a distinguir tarefa e atividade, estabelecer diagnósticos e prescrever recomendações. Concomitantemente, outros estudos se situam no seguimento da corrente desenvolvida pela equipe do Laboratório de Alain Wisner, notadamente por Antoine Laville, Catherine Teiger e Jacques Durrafourg Laville et al., 1972), assim como os trabalhos da equipe de Jean-Marie Faverge na Universidade de Bruxelas (Faverge, 1966). Trata-se aqui de uma tradição que tornou evidente a centralidade, na démarche dos ergonomistas, da articulação da análise da atividade com o debate entre pesquisadores e trabalhadores envolvidos na intervenção. Jacques Theureau participou deste momento - essencial na história da ergonomia (Theureau, 2020) - mas preferiu dar outra ênfase aos processos cognitivos em jogo na evolução da atividade dos trabalhadores. O autor buscou, então, sistematizar a análise da atividade por meio da TCA, procurando entender o sentido da ação humana por intermédio da análise dos seus componentes, denominados por ele de signos tetrádicos e caracterizados por elementos do que o indivíduo traz consigo, o seu engajamento na ação, o que é levado em conta por ele na ação e a fração da atividade resultante. Com essa perspetiva, seria necessário acessar a consciência pré-reflexiva do sujeito em situação de trabalho, o que, por sua vez, permitiria conhecer a sua atividade cognitiva “por dentro”, respeitando a assimetria das interações e sinais que ele recebe do ambiente. Restituir o curso da ação consistiria, então, em identificar esses sinais para alcançar a perspectiva da construção dos significados na ação (Theureau, 2014).
Embora a corrente desenvolvida por Theureau tenha se preocupado com uma sistematização mais categórica da atividade, ela parece ter sido deixada de lado pelos estudos da Ergonomia francófona, possivelmente devido à sua complexidade teórica ou dificuldade de aplicação. Não são frequentes as pesquisas que se fundamentam na TCA, e menos ainda são aquelas que a apresentam de forma clara. Apenas recentemente, em 2020, surgiram dossiês específicos sobre o tema em periódicos científicos, como ocorreu nas revistas Activités e Laboreal.
(Lima et al., 2020) destacam esse cenário e realizam uma reflexão oportuna sobre o tema. O argumento central utilizado, ao que me parece, é que as diferentes abordagens das Ciências do Trabalho podem eventualmente levar a transformações concretas do trabalho, mas não passam por uma formalização mais rigorosa da atividade real, deixando assim uma lacuna fundamental do ponto de vista de produção de conhecimento científico. Por essa razão, os autores mostram a necessidade de avanço em direção à uma formalização mais robusta de métodos de análise da atividade, principalmente em situações complexas, como em questões que envolvem interfaces organizacionais ou projetos tecnológicos, tais como sistemas automatizados e salas de controle. A TCA poderia, assim, cumprir esse papel.
Não obstante à pertinente reflexão trazida pelos autores, a crítica ao debate nas Ciências do Trabalho apresenta fragilidades, assim como a proposta de análise baseada na TCA mostrada no estudo de caso expõe inconsistências e contradições em relação ao argumento defendido pelos autores. Esses dois pontos serão melhor elaborados a seguir.
2. A crítica ao debate nas Ciências do Trabalho
(Lima et al., 2020) questionam alguns métodos e abordagens das Ciências do Trabalho, tais como o Laboratório de Mudanças, a Clínica da Atividade, a Análise Coletiva do Trabalho (ACT), os Grupos de Encontro do Trabalho (GET) e os Espaços de Debate sobre o Trabalho (EDT), uma vez que fariam “economia de análises sistemáticas e aprofundadas da atividade de trabalho, privilegiando dispositivos de intervenção que incluem, de forma direta, metodologias de análise levadas a cabo pelos próprios trabalhadores” (p. 3). Os EDT, os GET e a ACT ainda aproximariam “a análise ergonômica dos espaços de expressão” (p. 3).
Os autores parecem, equivocadamente, generalizar a maneira como o debate se desenvolve em cada dessas abordagens, reduzindo-as a espaços de expressão. Não irei discutir aqui as muitas diferenças entre forma, conteúdo e objetivos do debate em cada uma delas, refletidas de forma pormenorizada em (Rocha, 2023). Contudo, ao fazer referência especificamente a pesquisa de (Rocha, 2015), os autores incorrem a equívocos cruciais, o que requer uma análise mais cuidadosa.
(Lima et al., 2020, p. 3) afirmam que “(Rocha, 2015) anima os EDT com base em evidências registradas em fotos pelos eletricistas o que, evidentemente, restringe as análises ao que pode ser percebido diretamente e fotografado” e que os EDT’s “fazem economia de análises sistemáticas e aprofundadas da atividade de trabalho, privilegiando dispositivos de intervenção que incluem, de forma direta, metodologias de análise levadas a cabo pelos próprios trabalhadores”.
É certo que toda análise baseada exclusivamente em fotografias irá restringir as possibilidades de compreensão da situação. Todavia, embora negligenciado por (Lima et al., 2020), os EDT’s sempre estiveram em estreita articulação com análises das situação reais de trabalho. Na pesquisa que origina os EDT’s, (Rocha, 2014) lança mão de longa fase etnográfica, que buscou produzir um “conhecimento profundo do campo através de muitos meses de observação das atividades e entrevistas” (Rocha, 2014), p. 173, tradução livre). Esse elemento fundamental do método está explícito, inclusive, na referência citada por (Lima et al., 2020): “o primeiro ano de pesquisa consistiu em uma análise do trabalho baseada em observações da atividade real e em entrevistas com os trabalhadores” (Rocha, 2015), p. 119), etapa que posteriormente pôde alimentar a discussão no interior dos EDT’s. Avançar sobre o quão rigorosa foi essa análise, nessa e em outras pesquisas no campo das Ciências do Trabalho, pode ser um caminho importante para o desenvolvimento da Ergonomia da Atividade. Negligenciá-la, ou reduzir os EDT’s a espaços de expressão levado a cabo pelos próprios trabalhadores, indiferenciados em relação a outras abordagens, como fazem (Lima et al., 2020), está muito distante da proposta original e não contribui com o avanço científico do assunto.
Ao mesmo tempo, os autores ignoram as contribuções históricas trazidas por abordagens que associam a análise do trabalho com o debate dos envolvidos ao seu respeito, o que já acontece, como discutido anteriormente, desde os anos 1960/1970, com Laville, Teiger, Duraffourg e Faverge, e que ganha recentemente outras formas (por ex.: Vasconcelos, 2013; Duarte & Vasconcelos, 2014). São intervenções que, para além da análise e da transformação das situações, se tornaram espaços de formação dos indivíduos, permitindo a coconstrução de conhecimentos novos sobre a situação e sobre si mesmo. É através desses espaços reflexivos que (Lacomblez et al., 2014) defendem a formação de atores na e pela análise do trabalho, para e pela ação, tornando ação e formação elementos indissociáveis. Para esses autores, o objetivo da intervenção ergonômica seria sobretudo “o da descoberta e da apropriação de um encaminhamento pelos participantes, em benefício destes, e não unicamente o de uma contribuição ao progresso de uma disciplina científica”.
Sob essa perspectiva, associar espaços de reflexão e discussão à análise do trabalho é não só desejável como necessário nas intervenções ergonômicas e tem se mostrado uma consequência da evolução da própria disciplina. A inexistência desses espaços em alguns projetos, como parecem defender (Lima et al., 2020), é que pode trazer desequilíbrios para a intervenção, tanto para a ação ergonômica, quanto para o desenvolvimento e formação dos indivíduos participantes.
3. Contradições e insuficiência de dados no caso apresentado
Buscando sobrepujar a carência na sistematização da atividade apresentada pelas Ciências do Trabalho, (Lima et al., 2020) defendem o desenvolvimento metodológico proposto pela TCA para a transformação de situações complexas, trazendo um estudo de caso para ilustrar essa discussão.
Alguns elementos do método apresentado pelos autores parecem contraditórios, a começar pela crítica prévia feita ao uso de imagens nos EDT’s. Apesar de acreditarem que imagens limitam as análises, os autores mostram, no próprio caso, que as “descrições da atividade em termos de curso da ação foram feitas a partir de registros em vídeos e fotos para apoiar as entrevistas em autoconfrontação” (p. 12). Ora, se uma imagem “evidentemente restringe as análises ao que pode ser percebido diretamente e fotografado” (p. 3), isso provavelmente é ainda mais verdadeiro quando são os próprios analistas que captam e selecionam as imagens - como parece ser o caso em (Lima et al., 2020) - do que quando são os trabalhadores que o fazem, como nos EDT’s.
O método aplicado por (Lima et al., 2020) também parece contraditório em relação à utilização da TCA e de sua referência de análise, o signo tetrádico. A partir do caso apresentado, os autores buscam mostrar a eficácia da TCA em situações complexas, “mesmo sem recorrer ao sistema conceitual em seu conjunto e sem desenvolver modelos do curso da ação detalhados” (p. 2). Seguem afirmando que o caso “explicita, sobretudo, os representamens que fazem parte dos julgamentos tácitos no interior dos processos decisórios” (p. 11). Os autores, portanto, decidem privilegiar a análise dos representamens sobre outros elementos do signo tetrádico, como a instância de referencial e os abertos.
Mas seria possível preterir a TCA em relação a outras abordagens das Ciências do Trabalho, sem recorrer ao sistema conceitual em seu conjunto? Ou, ainda, não seria contraditório mostrar que o objetivo central da TCA é “oferecer descrições suficientemente detalhadas da atividade” (p. 8), mas apresentar um caso “sem desenvolver modelos do curso da ação detalhados” (p. 2)?
No livro “O Curso da Ação: Método Elementar”, organizado por Francisco Lima e Rodrigo Ribeiro, (Theureau, 2014, p. 178) afirma que o “curso da ação consiste em um encadeamento de signos tetrádicos”, defendendo a dinamicidade e a inseparabilidade dos componentes deste signo durante as análises. Para ele, tais componentes são dinâmicos - pois estabelecem uma relação e um aspecto temporal entre si - e inseparáveis - não sendo possível analisar um deles em detrimento dos outros. É nesse sentido que o autor caracteriza um signo como um “nó borromeano”, ou seja, como uma “corrente tal que, se se cortar qualquer um de seus anéis, tudo se desata” (p. 198).
Dessa forma, defender que o caso discutido por (Lima et al., 2020) mostra “não apenas a pertinência da teoria do curso da ação no projeto de novas situações de trabalho, mas também que uma praxeologia empírica que descreva a dinâmica da atividade é necessária” (p. 4) não parece correto. Sem partir de uma análise completa do signo tetrádico, não parece possível verificar uma “formalização mais rigorosa da atividade real”, como defendido pelos autores. Assim, da forma em que é mostrada, a análise realizada no estudo de caso parece se assemelhar mais com métodos oriundos da Sociologia do Conhecimento Científico relacionados à avaliação da capacidade de julgamento do(s) indivíduos(s) - como desenvolvido por (Ribeiro, 2013) - do que como um exemplo concreto de aplicação do método da Teoria do Curso da Ação.
Por fim, outros elementos metodológicos, bem como as transformações teoricamente geradas pelo estudo de caso, são insuficientes e reforçam a pouca contribuição apresentada pelos autores. Desconhecemos quantas e quais situações foram analisadas, quais foram selecionadas, quais os critérios da seleção das imagens pelos pesquisadores, número de entrevistas, tempo da pesquisa, tempo em campo, etc. A defesa acerca das transformações supostamente geradas - como os Modelos Analíticos que auxiliaram “a elaboração e refinamento da Matriz de Responsabilidades para cada atividade” e permitiriam “refinar a automação já realizada e guiar futuros projetos” (p. 26), ou mesmo a planilha de âncoras que “levou a sugestões de melhorias no sistema automatizado” (p. 29) - aparecem de maneira fortuita no texto e não vêm acompanhadas de elementos que demonstrem, mesmo parcialmente, a materialidade dessas mudanças. Os autores, assim, defendem um sistema “apropriável” sem de fato demonstrar a sua apropriação.
4. Considerações finais: o desafio e a necessidade de avanço permanecem
Pesquisas provenientes das abordagens das Ciências do Trabalho, ou fora delas, têm buscado analisar a atividade e transformar situações dos mais variados graus de complexidade, sem que necessariamente a metodologia da TCA tenha sido mobilizada ou uma formalização mais rigorosa da atividade tenha sido elaborada. Além da pesquisa de (Rocha, 2014), sobre os modelos de gestão da segurança em uma indústria de energia elétrica, há outros exemplos abaixo, a começar por pesquisas desenvolvidas pelos próprios autores do artigo analisado neste texto.
No campo da Sociologia do Conhecimento Científico, (Ribeiro, 2013), baseado em um método de identificação e gestão do conhecimento tácito dos trabalhadores de uma indústria da mineração, mostra os impactos positivos da pesquisa na prevenção de acidentes, na produtividade e no desenvolvimento sustentável de projetos em áreas remotas. Já no campo da Ergonomia, (La Guardia e Lima, 2019) mostram uma pesquisa na indústria da eletricidade que analisa a atividade de eletricistas e apura controvérsias acerca da redução de equipes operacionais. Se baseando na AET, os autores afirmam que tais controvérsias podem ser debatidas “em nível superior”, que “a cooperação e a confiança mostraram ser centrais na gestão da complexidade” e que “o trabalho em dupla é tecnicamente possível de forma abstrata, mas pouco provável nas situações concretas” (p. 19). Embora tais pesquisas retratem contribuições importantes em situações complexas, nenhuma delas traz a TCA como abordagem metodológica.
Ainda no perímetro da Ergonomia da Atividade, desde os anos 1960 são desenvolvidos diferentes estudos buscando tratar a complexidade, a partir sobretudo de observações do trabalho e entrevistas com os trabalhadores, associados, em maior ou menor grau, a momentos e espaços de discussão sobre o trabalho. A equipe de Faverge, por exemplo, mostra pesquisas em diferentes ramos industriais tratando do tema, como a siderurgia (Delahaut, 1966). Tal tradição não deixou de evoluir (De Keyser, 1988) e, a partir dos anos 1990, encontramos diversos outros estudos, alguns deles citados a seguir. (Baril, 1999) discute o impacto da automatização de salas de controle de refinarias na transformação da atividade, enquanto (Moricot, 2000) refletia acerca do papel do corpo na automatização da aviação civil. Em Cegarra, 2004, realizou um estudo de atividades de planejamento cognitivo e a relação com a expertise dos operadores para propor recomendações para o projeto de interfaces. Em 2007, nesse caso utilizando a teoria da atividade de (Engeström, 1999), Bjørkli et al., 2007 desenvolvem um projeto em tripulações de lanchas da Marinha Real Norueguesa, produzindo um protótipo de controle automatizado. Em Cuvelier, 2011 caracterizam o impacto da automatização de um centro de triagem e distribuição dos correios sobre a atividade dos trabalhadores. Em Lecoester, 2015 realiza um projeto de automatização de um setor produtivo de uma empresa siderúrgica, negociando o tamanho das equipes de acordo com a organização do trabalho. Em Monéger et al., 2018, propõem um projeto industrial de concepção de navettes de transporte autônomos. Novamente, nenhuma dessas pesquisas se serviu da TCA, embora tenham apresentado contribuições significativas sobre situações complexas.
Paralelamente a isso, poucas são as pesquisas no campo da TCA que parecem de fato dar conta da complexidade, incluindo formalização mais robusta da atividade. Tentativas como a de (Lima et al., 2020) não parecem lograr êxito, seja porque apresentam dados contraditórios e insuficientes, seja porque não aplicam a TCA em seu conjunto. A grande maioria dos artigos dos dossiês sobre o programa de pesquisa do Curso da Ação, das revistas Activités e Laboreal, não tratam de situações de trabalho complexas. O dossiê “IA, robótica, automatização: quais evoluções para a atividade humana?” (“IA, robotique, automatisation : quelles évolutions pour l’activité humaine ?”), da revista Activités, em 2020, que poderia ter sido um espaço importante para a TCA, tem apenas 1 artigo (Haué et al., 2020) com essa abordagem, dos 12 textos apresentados.
Com isso, o retrocesso em teorias e metodologias de análise da atividade, apontado por (Lima et al., 2020), permanece. Os autores defendem que as abordagens das Ciências do Trabalho “acabam limitando a contribuição dos analistas do trabalho na solução de problemas mais complexos, que exigem análises que possam apreender a dinâmica da atividade real em situações concretas” (p. 3). Contudo, talvez a questão principal não esteja exatamente aí, pelo menos num primeiro momento, já que há muitas pesquisas, especificamente no campo da Ergonomia da Atividade, mas também das demais Ciências do Trabalho, tratando da complexidade com algum sucesso em termos de transformações provocadas pelo analista ou de análises que apreendam a atividade real. A questão principal, talvez, esteja primeiro em compreender até onde a análise da atividade é capaz de ir em cada uma das abordagens das Ciências do Trabalho e na TCA. Já que existem muitos casos de abordagem da complexidade pelas Ciências do Trabalho relatados na literatura, aprofundar a reflexão sobre eles, compreendendo a análise da atividade por eles desenvolvida, poderia ajudar no entendimento das suas contribuições e limites. Ao mesmo tempo, desenvolver e apresentar mais casos que tratem a complexidade pela TCA poderia igualmente contribuir com a reflexão sobre as possibilidades de avanço em direção a uma formalização mais rigorosa da atividade. Mas essas fronteiras não são claras, embora Lima et al. (2020) façam parecer o contrário. O desafio é grande e continua posto: qual o limite da análise da atividade nas Ciências do Trabalho?