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Angiologia e Cirurgia Vascular
versão impressa ISSN 1646-706X
Angiol Cir Vasc v.7 n.4 Lisboa dez. 2011
Persistência da artéria ciática
Persistence of sciatic artery
Ana Raquel Afonso, Ana Gonçalves, António Gonzalez, Gil Marques, Inês Pinheiro, Maria José Ferreira, Nádia Duarte, Pedro Barroso
Serviço de Angiologia e Cirurgia Vascular
Hospital Garcia de Orta
Doente de 58 anos de idade, raça negra, com AP de HTA, observado em consulta por historia de claudicação intermitente à direita. Ao exame objetivo, com ausência de pulsos à direita. Realizou Angio-TC que revelou persistência da artéria ciática esquerda e doença femoro-popliteia direita com reabitação popliteia SG.
A artéria ciática é uma artéria embrionária que regride por volta da 8ªsemana. Se o sistema ilio-femoral não se desenvolve, a artéria ciática pode persistir passando a constituir o principal suprimento arterial do membro inferior. Esta anomalia tem uma incidência de 0,05% e em cerca de 50% dos casos é bilateral. É mais prevalente no sexo masculino com idade média de apresentação de 49 anos.
Neste caso, a anomalia é completa, visualizando-se a artéria ciática desde a sua origem na Artéria Ilíaca Interna até comunicar com a Artéria Popliteia, seguindo o seu percurso, junto ao nervo ciático, posterior ao músculo grande adutor. A Artéria Femoral Superficial hipoplásica tem uma diminuição calibre progressiva e termina distalmente numa bifurcação (acima do canal Hunter).
Devido à sua localização superficial na região glútea, pode sofrer traumatismos repetidos (acto de sentar), originando alterações ateroscleróticas precoces e dilatações aneurismáticas com trombose ou embolização distal. Também pode ocorrer compressão do nervo ciático manifestado por dor, parestesias e alterações motoras.