Introdução
O consumo de bebidas alcoólicas a nível mundial é um comportamento bastante comum sendo que 55,5% da população com mais de 15 anos já ingeriu bebidas alcoólicas (World Health Organization [WHO], 2018). Em Portugal o consumo desta substância é apontado como um dos responsáveis pelo aumento da mortalidade em acidentes de viação e por doenças atribuíveis ao consumo (Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências [SICAD], 2017).
Em termos das consequências na sociedade salienta-se, o acréscimo de sinalizações comunicadas à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ). Cada vez mais crianças, e/ou jovens são expostas a comportamentos relacionados com o consumo de bebidas alcoólicas, afetando, desse modo, o seu bem-estar e desenvolvimento (SICAD, 2017). Globalmente, em Portugal, asistiu-se nos últimos anos a uma estabilização dos padrões de consumo, no entanto, destaca-se o agravamento dos consumos de risco ou dependência na população entre os 15 e os 74 anos, em especial em alguns subgrupos populacionais como o género feminino (SICAD, 2017).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) alerta para a maior vulnerabilidade feminina para esta substância refererindo-se à mesma como o efeito telescópio ou seja, comparativamente aos homens, as mulheres apresentam um período de tempo mais curto entre o início do consumo de álcool e a dependência do mesmo (Foster, Hicks, Durbin, Iacono & McGue, 2018). O consumo desta substância é reconhecido como potenciador do risco de cancro da mama (Moncada-Madrazo et al., 2020) e risco de infecções por Vírus do Papiloma Humano (HPV) (Kim, 2015).
Nos fatores psicológicos verifica-se a existência de um maior número de mulheres com sintomas depressivos e ansiosos assim como dificuldades acrescidas na adaptação ao dia-a-dia comparativamente aos homens (Pedrelli et al., 2018). No que se refere aos fatores culturais, apesar de se constatar uma menor pressão social para a experimentação de álcool, o julgamento social em relação ao consumo desta substância pelos indivíduos do género feminino é bastante severo o que poderá traduzir o maior número de consequências sociais. A dificuldade no cumprimento dos papéis sociais da mulher esperados, como o de mãe e dona de casa, são condições que podem conduzir à tristeza e desânimo, irritabilidade, sentimentos de culpa, agressividade e vergonha (Silva, 2015). A visão preconceituosa que a sociedade apresenta sobre o consumo de álcool pelas mulheres delonga a procura de tratamento, o que irá acarretar o agravemento da dependência e consequências associadas (Silva, 2015).
O aumento de consumo de álcool no género feminino assim como as consequências associadas (WHO,2018), mostram a emergência da necessidade de investigar as especificidades da dependência de álcool, analisando as questões intrínsecas ao género feminino. Desde a experimentação até à identificação de consumos considerados de risco, cada mulher apresenta uma trajetória de vida e de consumo que lhe é própria. Apesar de diferentes, no sentido que cada uma reflete uma história de vida individual, a sua análise pode permitir o conhecimento do sentido das experiências de consumo e a forma como vão sendo integradas nos projetos de vida individuais. Conhecer os fatores influenciadores do consumo de álcool com risco para a saúde nas trajetórias de vida de cada mulher poderá dar, contributos para a identificação de estratégias que impeçam os consumos de risco de evoluírem para nocivos e/ou dependência.
Este estudo teve como objetivo conhecer os fatores influenciadores do consumo de álcool com risco para a saúde nas trajetórias de vida das mulheres.
Métodos
Trata-se de um estudo que assenta numa abordagem qualitativa de natureza interpretativa. Critérios de inclusão da amostra: participantes do género feminino, idade igual ou superior a 18 anos, nacionalidade portuguesa, com consumos de bebidas alcoólicas de risco (The Alcohol Use Disorder IdentificationTest [AUDIT] superior ou igual a oito) que aceitaram participar no estudo voluntariamente. A avaliação do consumo de álcool realizou-se através do AUDIT, (Babor et al., 2001), questionário desenvolvido pela OMS com o intuito específico de realizar a triagem para os problemas relacionados com o uso de álcool. Salienta-se que este é também o instrumento recomendado pela Direção Geral de Saúde (DGS) para esse fim (DGS, 2014).
O instrumento de recolha de dados utilizado foi a entrevista semi-estruturada, uma vez que esta é particularmente vantajosa para “(…) ecolher dados descritivos na linguagem do próprio sujeito, permitindo ao investigador desenvolver intuitivamente uma ideia sobre a maneira como os sujeitos interpretam aspetos do mundo” (Bogdan & Biklen, 2013, p. 134). A técnica da entrevista torna-se, assim, útil na recolha de dados sobre as crenças, as opiniões e as ideias dos sujeitos. De modo a facilitar a condução da entrevista foi elaborado um guião para orientação do investigador. Após a sua realização, cada uma das entrevistas foi transcrita para papel para seguidamente se realizar a análise de conteúdo. Iniciou-se a análise das entrevistas pela leitura flutuante de todas as entrevistas com o objetivo de se obter o sentido do todo. Nas leituras seguintes e sistematicamente procedemos a “uma microanálise, referida como “uma análise linha-a-linha” (Strauss & Corbin, 1998). Após a identificação das “unidades de registo” foi realizada a codificação aberta. Estas foram agrupadas em códigos e posteriores categorias e subcategorias.
Ao pensamento tem-se acesso por via indireta, exigindo por isso, que os investigadores “montem um esquema” - análise de conteúdo - (Bardin, 2009) que facilite a desocultação dos sentidos latentes e arrumação num conjunto de categorias de significação do conteúdo manifesto das entrevistas. Nesse processo, foram cumpridas as regras da homogeneidade, exaustividade (esgotar a totalidade do texto), exclusividade (o mesmo elemento de conteúdo não pode ser classificado em duas categorias diferentes), objetividade (codificadores diferentes devem chegar a resultados iguais) e pertinência (adaptadas ao conteúdo e ao objetivo). Não podemos deixar de salientar que em investigação qualitativa, diferentemente da quantitativa, a variedade de sentidos inerentes aos dados, exige do investigador intuição, inspiração e experiência, sendo que alguns autores falam mesmo da “arte” do analista e não tanto da sua técnica (Longo, 2017).
Resultados
A amostra foi constituída por seis participantes. Destas, quatro apresentavam consumos considerados de risco (AUDIT igual ou superior a 8 e inferior a 15), uma com um consumo nocivo (AUDIT igual ou superior a 16 e inferior a 20) e outra com um consumo avaliado como dependência (AUDIT superior ou igual a 20) (Tabela 1).
E1 | E2 | E4 | E6 | E7 | E8 | |
Sexo | Fem | Fem | Fem | Fem | Fem | Fem |
Idade | 24 | 26 | 24 | 22 | 30 | 20 |
Idade de Experimentação | 17 anos | 16anos | 12anos | 14anos | 11anos | 14 anos |
Nº anos de consumo | 7 anos | 10anos | 12anos | 8anos | 19anos | 6 anos |
AUDIT | 8 | 8 | 10 | 8 | 26 | 16 |
Os períodos de tempo das trajetórias de consumos com risco para a saúde oscilaram entre os 6 e os 19 anos de consumo. Ao percorrer o guião, procurou-se explorar aspetos referentes à sua trajetória de consumo desde a experimentação até ao consumo atual.
A ordenação dos dados permitiu a caraterização do primeiro consumo de álcool ou “experimentação”, a caraterização do consumo realizado nos últimos doze meses designado por “consumo atual” e, ainda, do “percurso” realizado entre a experimentação e o consumo atual. Após a experimentação de bebidas alcoólicas os participantes referem ter mantido os consumos de álcool seguindo trajetórias distintas sendo estas consumidoras de risco, nocivos e dependência (Quadro 1).
Consumo de Risco; Consumo Nocivo e Dependência | Categorias | Subcategorias |
Experimentação | Idade, Contexto, Tipo e Quantidade de Bebida, Efeito Experimentado | |
Contexto, Tipo e Quantidade de Bebida, Frequência, Horário, Efeito Experimentado, Experiências Vividas, Estar exposto a riscos, Esforço para lidar com o consumo, Acontecimentos de vida | ||
Consumo atual | Contexto, Tipo e Quantidade de Bebida, Esforço para lidar com o consumo; Efeito Experimentado, Experiências Vividas; Estar exposto a riscos |
Os resultados mostraram que a “experimentação” ocorreu entre os 11 (E7) e os 17 anos (E1). No que se refere aos contextos, constatou-se que a iniciação aconteceu sempre na companhia de terceiros, designadamente, amigos (E1”com as amigas”) ou familiares (E6 “Em casa com os pais”), em locais públicos (E1 “quando saía”) ou em casa. Em contexto familiar, verificou-se a ingestão de álcool era efetuada em pequenas quantidades, não havendo referência a episódios de alcoolização. As bebidas de eleição parecem ser a cerveja ( E1),e o vinho (E2, E3).
Na categoria “Percurso” constata-se uma grande heterogeneidade em relação ao tipo de bebidas escolhidas assim como às quantidades ingeridas, sendo de realçar o relato de situações de embriaguez (E4 “tiraram-me uma garrafa de safari da mão e eu estava a beber pela garrafa. Acabei por perder a noção da quantidade”). Os contextos em que se verificou a ingestão de bebidas alcoólicas são idênticos à queles em que tinha ocorrido a experimentação no entanto, estes passaram a acontecer também em locais públicos.
O efeito experimentado associado ao consumo de bebidas alcoólicas ora foi recordado como prazeroso (E7”Ficava mais extrovertida, mais solta”) ora como desagradável (E4” os meus pais quando chegaram a casa eu estava a vomitar na sanita, e pronto, na altura disse que tinha batido com a cabeça, não sei se foi do álcool mas foi aquilo que me saiu (...). Cheguei ao hospital e a minha mãe teve de passar lá uma noite comigo”).
As experiencias vividas associadas ao consumo desta substância referidas são a diversão (E1 “Divertimo-nos mais”; E4 “com alguma ingestão tem mais piada”), a socialização (E8, “quando estamos sob efeito do alcool conseguimos expressarmo-nos muito melhor“) e desinibição (E2 ”foi assim que conheci o meu namorado”; E6 “Naquela situação facilitou a aproximação”), independentemente do mau estar físico que o consumo possa causar. A utilização do álcool para lidar com problemas de vida foi outro aspeto salientado (E7 ”para aguentar o ritmo de trabalho”; E2 “Estava sozinha e estava triste”; E1 “momento de me abstrair dos meus problemas”).
No que se refere à relação parental salienta-se a existência de modelos de consumo. (E2,E4 “pai”). As filhas de pessoas que sofrem de alcoolismo, descrevem o impacto negativo que o consumo de álcool teve na sua vida familiar aquando dos consumos dos progenitores (E4 ”Ele chegava sempre a discutir com a minha mãe, não dava atenção aos filhos, queria estar no café e gastava o dinheiro todo...”, “eu critiquei o meu pai e agora estou a fazer o mesmo...”). No entanto, algumas participantes salientam que a ingestão de álcool foi interrompida durante um período de tempo devido ao comprometimento da relação parental (E2 “o pai deixou de lhe falar durante algum tempo depois de a ter visto vomitar em locais públicos após a ingestão de bebidas alcoólicas”; E6 ”a minha mãe estava muito desiludida comigo”).
Em contexto familiar, a crítica, foi outro aspecto fortemente sentido pelas entrevistadas (E7 “o meu marido ficava tempos e tempos sem falar comigo”; E2 ”vejam lá se é preciso beberem mais...”).
Em termos sociais, foram vários os acontecimentos de vida que motivaram a suspensão temporária do consumo. Entre esses motivos, estão questões legais (E7 “havia um problema com a proteção de menores (...) uma das exigências do acordo era que não houvesse consumos de álcool (...) tive uma falha (...) quase perdi os meus filhos”; E8 “Fiquei sem carta (...) sou eu que vou pagar a multa do meu dinheiro); o abandono escolar na sequência de gravidez e interrupção da mesma (E4 “parei de beber na gravidez (...) voltei a beber depois de dar de mamar (...) mas foi só um mês”; E7 “a partir dos 4 meses deixei de beber”) ou alterações do padrão de consumo de bebidas alcoólicas.
O início da atividade laboral, ainda durante o secundário, foi outro acontecimento de vida apontado como impulsionador dos consumos. O ambiente noturno e o fácil acesso a bebidas alcoólicas, estimulavam o consumo de álcool (E7 “porque trabalhava num bar, num café (...) tinha mais facilidade em beber muito mais”; E8 “comecei a trabalhar à noite ainda tinha 15 anos”).
Nas trajetórias analisadas evidenciou-se o esforço para lidar com os consumos. Este constitui um elemento diferenciador das trajetórias de consumo de risco (E6 “começo a sentir que vou ficar tonta e paro”) e dependência (E7 “não consigo controlar-me, não consigo dizer que não...”).
Por outro lado, o estar exposto a riscos implicou a adoção de medidas para os minimizar, em especial na condução (E4” decidimos quem leva o carro, e esse não bebe”), apesar de não ser colocada a hipótese de interrupção do consumo.
No “consumo atual”, as participantes referem consumir quantidades de álcool superiores às descritas durante o “percurso”, assim como a utilização de bebidas alcoólicas pela apreciação das suas propriedades hedónicas (E1 “mesmo quando vou jantar com os meus pais há vinho, bebo um copo de vinho...”; E2 ”agora vamos experimentando vinhos”). Atitude semelhante se verifica aquando das saídas noturnas e jantares de convívio com familiares e amigos (E2 “bebemos em casa de um amigo”).
Discussão
Vários autores alertam para a idade precoce de experimentação de bebidas alcoólicas como um preditor da dependência (Brito, et al., 2015). Tal conclusão é confirmada pela presente investigação, pois os participantes que referem idades de experimentação mais precoce (entre os 11 e os 12 anos) são os que apresentam scores de AUDIT mais elevados (19 e 26). Os resultados encontrados em relação à ingestão de bebidas alcoólicas em contexto familiar corroboram a opinião de Mattick e colaboradores (2017) ao referir que, nestes contextos, os consumos são em doses reduzidas.
A utilização das bebidas alcoólicas como um fator favorecedor da socialização constitui um achado comum a outras investigações (Treloar, Piasecki, McCarthy, Sher & Heath, 2015). Tais experiências são integradas na trajetória de cada participante como positivas, agradáveis ou prazerosas, o que pode ser explicado, em parte, pela atuação do etanol no funcionamento cerebral (Pedrelli, et al.,2018). O uso continuado de álcool vai provocar alterações nos sistemas de recompensa e motivação, com um aumento de valor incentivo para esta substância, seus estímulos e contextos associados. Essa ação leva a que os indivíduos sintam como prazeroso o consumo de bebidas alcoólicas e contextos a ele associados. Assim, confirma-se a expetativa de que a diversão e a socialização só são possíveis com o consumo de álcool e em contextos onde tal pode acontecer.
As expetativas associadas ao consumo são apontadas por diversos autores como potenciadores dos consumos (Anderson, Garcia & Dash, 2016). Com efeito, ao fim de alguns anos de consumo, além das alterações no funcionamento cerebral, as consequências pessoais repercutem-se também na existência de um parco reportório de estratégias para lidar com os problemas de vida, uma vez que, durante o período em que era esperado que fossem desenvolvidas, o consumo de álcool assumiu esse papel.
A utilização do álcool para lidar com problemas de vida quotidianos, constitui um resultado que também encontra espelho em outros trabalhos produzidos neste âmbito (Pedrelli, et al., 2018). No que se refere à relação parental salienta-se a existência de modelos de consumo, nomeadamente a figura do pai, estes resultados vão ao encontro do referido por outros autores em que a relação parental mostrou ser influenciadora da trajetória de consumos (Mattick et al., 2017). Com efeito, apesar de as participantes reconhecerem que consumo de álcool pelos progenitores pode ter um efeito dissuasor de consumos, esse modelo de comportamento foi por elas replicado posteriormente. Paradoxalmente, a relação parental parece assumir um papel protetor em relação aos consumos de álcool, uma vez que também foi apontada como causa da interrupção da ingestão de bebidas alcoólicas.
O impacto que o consumo de bebidas alcoólicas causou na vida de cada mulher, associado à crítica de terceiros fez emergir nas participantes a necessidade de controlar o seu consumo. A competência de controlo sobre a ingestão de bebidas alcoólicas está estreitamente ligada à negação das suas consequências e como tal ao adiamento da interrupção dos consumos.
A integração do consumo de álcool nas trajetórias das participantes foi paulatinamente conquistando mais espaço. Aquando da experimentação o seu uso esteve associado às experiências de socialização de que é exemplo a desinibição e a diversão passando no “percurso” a ser utilizado como como recurso para lidar com uma emoção negativa ou com o contexto laboral. Apesar da existência de consequências negativas em diferentes áreas de vida dos participantes, todas referem a utilização do álcool como um fator potenciador das experiências de socialização de que é exemplo a diversão e a desinibição/socialização nas diferentes etapas descritas.
Conclusão
A realização deste estudo teve como objetivo geral conhecer na trajetória de vida das participantes quais os fatores influenciadores do consumo de álcool. Verificou-se que a idade, a relação parental, a crítica, as consequências associadas ao consumo e as atividades de lazer e socialização mostraram-se fortemente influenciadoras da ingestão de bebidas alcoólicas. Concluiu-se que as diferentes trajetórias de consumo foram iniciadas em idades precoces e que as suas repercussões no bem-estar e saúde das mulheres são expressivas.
Este trabalho teve como principais limitações o reduzido número de participantes. O fato de a entrevista, ter sido realizada num único momento impediu também que fossem aprofundados alguns aspetos relacionados com o consumo de álcool.
Implicações para a Prática Clínica
Apesar das limitações, a realização deste trabalho realça a necessidade intervenções de enfermagem que promovam a construção de um projeto de saúde que inclua recursos que permitam aos indivíduos evitar as situações que coloquem a sua saúde em risco, como é o caso do consumo de álcool. Alerta também para a necessidade de implementação de medidas que “ensinem” os jovens a beber com moderação de modo a prevenir a evolução dos consumos sem riscos para consumos nocivos e/ou dependência. Esta aprendizagem deve incluir programas que integrem o desenvolvimento de competências pessoais e sociais, a aquisição de conhecimentos acerca das substâncias e suas consequências, a resistência à pressão social, o treino de competências pessoais e sociais e a construção de atitudes e expetativas seguras acerca da substância. Deverá também contemplar a participação em atividades prazerosas que não incluam o consumo de álcool.
Assim e perante uma sociedade em que o acesso às bebidas alcoólicas é facilitado, compete aos profissionais de saúde, em especial aos enfermeiros especialistas em saúde mental e psiquiátrica, a implementação de estratégias que capacitem os indivíduos para lidar com esta substância.