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CIDADES, Comunidades e Territórios
versão On-line ISSN 2182-3030
CIDADES no.39 Lisboa dez. 2019
https://doi.org/10.15847/citiescommunitiesterritories.dec2019.a039.art08
ARTIGO ORIGINAL
A publicação da investigação científica produzida no LNEC nas revistas Arquitectura, Binário e Técnica
The publication of the scientific contributions researched at LNEC in journals Arquitectura, Binário and Técnica
Patrícia Bento d'AlmeidaI; Teresa Marat-MendesII; Michel ToussaintIII
[I]Instituto Universitário de Lisboa, DINÂMIA'CET-IUL, Portugal. e-mail: patricia.bento.almeida@iscte-iul.pt.
[II]Instituto Universitário de Lisboa, DINÂMIA'CET-IUL, Portugal. e-mail: teresa.marat-mendes@iscte-iul.pt.
[III]Centro de investigação em Arquitectura, Urbanismo e Design, CIAUD-FAUL, Portugal. e-mail: micheltoussaint46@gmail.com.
RESUMO
O presente artigo procura contribuir para um melhor conhecimento acerca da investigação científica e técnica em Arquitetura e Urbanismo' desenvolvida no Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) e publicada, a nível nacional, fora desta instituição na imprensa portuguesa da especialidade. Este estudo centra-se no levantamento de artigos assinados por técnicos desta instituição publicados nas revistas Arquitectura (1946-1984), Binário (1958-1977) e Técnica (1946-1983). No panorama editorial português, estas três publicações periódicas foram as que, entre os anos 40 e 80 do século XX, mais contribuíram para a divulgação de temáticas relacionadas com a arquitetura e a engenharia, tendo ainda permitido, conforme aqui se relata, a publicação de alguns estudos desenvolvidos no LNEC, expondo-os a uma maior audiência.
Palavras-chave: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, investigação científica, revista Arquitectura, revista Binário, revista Técnica.ABSTRACT
The present article promotes an analysis of scientific and technical research developed at the Portuguese National Laboratory of Civil Engineering (LNEC), published in the Portuguese journals Arquitectura (1946-1984), Binário (1958-1977) and Técnica (1946-1983), which did not belong to LNEC. In the Portuguese editorial panorama, between the 1940s and 1980s, these three periodicals allowed the dissemination of the thematic of architecture and engineering, including the results of the research developed at LNEC, which contribute to expose such knowledge to a wider audience. This article identifies the authors/researchers who have published in these three journals, the links that they have kept with LNEC, and discloses the thematics established by those researchers, in order to disseminate the scientific research in 'Architecture and Urbanism' developed in this State Laboratory and published in the Portuguese press.
Keywords: Portuguese National Laboratory of Civil Engineering, Scientific Research, Journal Arquitectura, Journal Binário, Journal Técnica.
1. Introdução: A criação do LNEC e a evolução da sua estrutura orgânica
Finda a Segunda Guerra Mundial, Portugal assiste à intensificação dos trabalhos de construção civil e, consequentemente, às dificuldades causadas pela falta de mão de obra especializada. Por conseguinte, em 1946, o Ministério das Obras Públicas (MOP) cria o Laboratório de Engenharia Civil (LEC) (Figura 1), destinado a centrar os seus esforços no “estudo dos materiais, dos processos e da técnica da construção civil” (DL, 1946). Aquando da implementação da primeira Lei Orgânica do então designado Laboratório Nacional de Engenharia Civil[4](LNEC), esta intenção foi reforçada, classificando-o como um organismo público com a finalidade de “empreender, promover e coordenar as investigações e os estudos experimentais necessários para as realizações e para o progresso da engenharia civil” (DL, 1961), razão pela qual foi identificado como o “santuário dos engenheiros” (Lamas e Fernandes, 1979). Mas este mesmo decreto anunciou também a introdução de novas linhas de investigação, nomeadamente no domínio da arquitetura e do urbanismo, a serem desenvolvidas na Divisão de Construção e Habitação[5](DCH) do Departamento de Edifícios e Pontes (DEP) (Figura 2). Entre 1961 e 1971 esta divisão técnica foi chefiada por Ruy José Gomes (m. 1985), engenheiro cujo pensamento “não estava na relação corporativa entre arquitetos e engenheiros questão mal politizada na época mas na relação disciplinar, muito mais difícil de solucionar na prática, entre arquitetura e construção” [6](Portas 1985: 3).
A partir de novembro de 1969 a DCH passa a designar-se Divisão de Arquitetura (DA) ramo agora entendido como uma especialidade comparável a qualquer outra existente no LNEC , chefiada por Nuno Portas[7](n. 1934), o único arquiteto até ao momento a desempenhar funções de liderança no LNEC. O apoio financeiro entretanto facultado permitiu reunir as condições necessárias para o desenvolvimento dos primeiros planos de investigação programada, designadamente o “Plano de Estudos no Domínio da Habitação”[8] desenvolvido na DCH e o “Planeamento de Estudos no Domínio de Edifícios”[9] levado a cabo na DA (Rocha, 1971: 27; LNEC, 2006: 212). Com o desenvolvimento dos planos de investigação relativos à construção de habitação social, subsidiados pelo Ministério das Corporações e Previdência Social (1950-1972), intensificou-se também o trabalho de investigação no LNEC, conduzindo “ao desenvolvimento da investigação ligada aos problemas da conceção, projeto, execução e conservação dos edifícios” (DL, 1971). Revelava-se premente alargar o número de especialistas nas diversas matérias e, consequentemente, o número de unidades departamentais. A urgência manifestada pelo Governo para a procura da resolução do problema da habitação social, aliada à criação do Fundo de Fomento da Habitação[10](1969-1982), à revisão do III Plano de Fomento (1968-1973) e ao facto das investigações colocadas ao domínio da engenharia civil serem sobretudo provenientes “dos campos das obras públicas, com maior maturidade técnica, do que do domínio dos edifícios” (DL, 1971), o LNEC desuniu o Serviço de Edifícios e Pontes (SEP) em duas novas unidades departamentais, o Serviço de Estruturas e o Serviço de Edifícios (SE), no qual passou a estar integrada a DA[11] (Figura 3).
Depois da Revolução de 25 abril de 1974, a capacidade desenvolvida nos “campos da regulamentação, normalização, homologação, controlo, ensaios técnicos e cálculo automático” (DL, 1979), bem como o especializado quadro técnico entretanto constituído, reforçaram o reconhecimento internacional do LNEC. À finalidade estabelecida na primeira lei orgânica, em 1979, a sua atividade de investigação alarga-se agora aos “domínios das obras públicas, da habitação e urbanismo, da indústria dos materiais e componentes para a construção, e nos campos relacionados com os sectores sociais, produtivos e de infraestruturas económicas” (DL, 1979). Deste modo, no então designado Núcleo de Arquitetura[12] (NA) do Departamento de Edifícios (DE) (Figura 4), separaram-se oficialmente as áreas de estudo em arquitetura e urbanismo[13] (DL, 1979). Embora Nuno Portas tenha dado continuidade ao desempenho das funções de chefia, este arquiteto foi chamado a ocupar o cargo de Secretário de Estado da Habitação e Urbanismo[14], durante os três primeiros Governos Provisórios (1974-1975). Consequentemente, o NA passou a ser chefiado pelo arquiteto António Reis Cabrita (n. 1942) (1981-2001).
Apesar do esforço de alguns autores para refletir sobre as questões da investigação científica em arquitetura e alguns dos centros de investigação onde esta ocorre(u) (Gil, 2016; Carvalho, 2012), introduzindo pistas para aquela que foi contemporaneamente divulgada em determinadas publicações periódicas (Dias, 2017; Correia, 2015), um interesse centrado nas investigações científicas e técnicas realizadas no LNEC ainda não foi alvo de um levantamento rigoroso. Assim, o conhecimento da investigação científica produzida no LNEC e publicada fora deste Laboratório, designadamente em revistas portuguesas da especialidade, está por ser aprofundado e sistematizado, impossibilitando uma leitura do verdadeiro alcance do LNEC na difusão do conhecimento produzido em arquitetura e urbanismo.
Identificam-se aqui os artigos publicados nas revistas Arquitectura[15](1946-1984), Binário[16](1958-1977) e Técnica[17] (1946-1983) que indicaram o LNEC como sendo a instituição de acolhimento das respetivas investigações, ou seja, identificam-se os artigos assinados por técnicos desta instituição. Excluíram-se contudo os artigos cuja autoria, embora possa estar associada ao LNEC, como investigador e/ou ex-investigador, não foi todavia identificada na respetiva publicação[18]. Deste modo, o presente artigo estrutura-se em quatro partes. Segue-se à introdução a contextualização editorial dos principais periódicos de arquitetura e urbanismo em Portugal. Na terceira parte faculta-se o levantamento das revistas analisadas. Finalmente, a quarta parte expõe as principais conclusões retiradas da presente investigação.
2. Breve panorama editorial das revistas periódicas de Arquitetura e Urbanismo em Portugal (1940-1980)
Com a renovação da revista Arquitectura a partir de 1947 pela mão do ICAT[19](Iniciativas Culturais Arte e Técnica), que dela se torna proprietário em 1948, esta publicação marcou uma profunda alteração no modelo de revistas de arquitetura em Portugal, que até então não apresentava orientações claras ou mesmo critérios qualitativos rigorosos, com uma certa exceção das revistas das associações profissionais dos arquitetos[20]. Logo no primeiro número daquela renovação (Nº 13, março 1947) foi apresentado o Plano de Urbanização da Costa da Caparica, dos arquitetos urbanistas Étienne De Gröer (1882-1952) e Faria da Costa (1906-1971), e a moradia do artista Thomaz de Mello (1906-1990) projetada por Keil do Amaral (1910-1975), mostrando a vasta abrangência desejada para a Arquitectura. No número seguinte, o editorial expõe a vontade de mudança e um texto de Keil do Amaral (Uma iniciativa necessária) lançou a ideia de uma investigação sobre a “arquitetura regional” no País. Essa ideia veio a concretizar-se num trabalho sistemático e de caráter científico por iniciativa do Sindicato Nacional dos Arquitectos (SNA), o primeiro no campo da arquitetura em Portugal, realizado por um conjunto de arquitetos e cujas conclusões foram publicadas em 1961 sob o título Arquitectura Popular em Portugal, com importantes repercussões internacionais[21].
Após sucessivas mudanças na direção da revista, a chefia por parte do arquiteto Carlos Duarte (n. 1926) trouxe não só um design gráfico inteiramente renovado, como uma maior diversidade na informação, designadamente, passou a introduzir uma apresentação mais aprofundada de projetos (muitas vezes tematicamente) acompanhados por pormenorização e descrição construtiva, textos críticos mais incisivos, reflexões teóricas mais desenvolvidas, bem como abordagens a temas da atualidade de variada índole[22]. Uma das preocupações deste novo grupo editorial[23] “era iniciar algo que nunca tinha existido em Portugal: a crítica de arquitetura” (Duarte, 2010: 38). Procurando introduzir o conhecimento do debate internacional nos ateliers de uma “novíssima geração” (Portas, 1959), a renovada Arquitectura, Planeamento, Design, Artes Plásticas , assume-se como “um órgão doutrinador” (Pereira, 1996: 258) e o periódico de eleição dos arquitetos portugueses (Toussaint, 2017).
Quando o reconhecimento do Movimento Moderno pelos arquitetos portugueses mais novos estava implantado e assim se projetava em conformidade, para além da Arquitectura, que ia evoluindo, surgiram três publicações de arquitetura reforçando o novo tempo em que a prática da arquitetura e urbanismo se encontrava por cá. Trata-se da 4ª série da Arquitectura Portuguesa e Cerâmica e Edificações, da Binário e da Atrium. Quanto à primeira, apesar de, nominalmente estar assinalado um diretor e um editor na respetiva ficha técnica, na revista Binário Nº 5 (agosto 1958), assinala-se que Victor Palla (1922-2006) e Joaquim Bento d'Almeida (1918-1997) lhe “organizaram (com Manuel Barreira) 6 números”, mas é evidente a sua influência desde o princípio, não só dos conteúdos como do arranjo gráfico de Palla, até porque os dois arquitetos já tinham organizado números da Arquitectura e integrado o ICAT (Toussaint, 2017). Tomando, por exemplo, o número 3 e 4 da Arquitectura Portuguesa e Cerâmica e Edificações dedicado a moradias de arquitetos de norte a sul do País e artes plásticas, aí se incluem também duas comunicações apresentadas no 1º Congresso Nacional de Arquitetura (1948), dando assim importância à reflexão crítica (Lima, 1953 e Veloso, 1953).
A revista Binário teve inicialmente dois diretores, os irmãos Manuel (1922-2012) e Jovito Taínha (1918-1995), um arquiteto e outro engenheiro civil, refletindo no seu nome a vontade em ser dirigida às duas disciplinas no sentido da unidade dos resultados práticos. Assim se procuraram apresentar as obras entre a conceção geral e as decisões construtivas, havendo também a publicação de artigos como, logo no primeiro número (abril 1958), um de Ruy Gomes, então Chefe de Secção no LNEC. Manuel Tainha e Jovito Tainha publicaram obras de arquitetura[24], sobretudo projetadas por portugueses cujos nomes estão inscritos na história do Movimento Moderno no País[25]. Algumas dessas obras foram escolhidas para peças centrais de cada número, com uma apresentação extensa e cuidada, incluindo pormenores construtivos e o projeto de estruturas, respondendo ao princípio orientador plasmado no nome da revista. Foram também incluídas obras desenvolvidas fora de Portugal, de arquitetos como Hannes Mayer (1889-1954) ou James Sterling (1926-1992), bem como textos de Alvar Aalto (1898-1976) ou Walter Gropius (1883-1969). Estes dois diretores permaneceram até ao Nº 10 (janeiro 1959), havendo depois um número de transição. Seguiu-se o engenheiro civil Aníbal Vieira como novo Diretor, que imprimiu uma orientação em continuidade, mas sem os mesmos critérios de qualidade na escolha das obras de arquitetura e dando maior espaço a exemplos estrageiros. Nesta fase, apesar de ter sido nomeado um conselho de redação internacional, a revista estruturou-se como uma amálgama de textos e apresentação de obras, com a exceção de alguns números temáticos (poucos), revelando ausência de capacidade crítica. Contudo, a Binário teve uma longa vida (1977) e foi refletindo a evolução das profissões ligadas à arquitetura, ao urbanismo, ao design e às engenharias da construção.
Quanto à Atrium, apenas três números saíram do prelo entre 1959 e 1960 dirigidos pelos arquitetos Luís Alvito e Thébar Frederico[26]. A revista dedicou-se essencialmente à apresentação de obras de arquitetura em Portugal, que o editorial do primeiro número (setembro/outubro 1959) queria “atual”, considerando ser a publicação não “apologética, tendenciosa, teorizante”, evitando assim artigos teóricos ou técnicos. No seu curto tempo de vida apresentou algumas obras e projetos relevantes na História da Arquitetura do século XX.
Talvez para colmatar a escassez ou restrições editoriais de publicações independentes periódicas de arquitetura, urbanismo e engenharias da construção ou mesmo divulgar a sua ação, alguns organismos públicos e determinadas universidades[27], tendo a ver com estas áreas de conhecimento e prática, editaram também as suas revistas. A Câmara Municipal de Lisboa (CML) e o MOP são disso exemplo. Da primeira foi o GTH boletim (do respetivo Gabinete Técnico da Habitação) que apresentou, a partir de 1964, os planos de urbanização e edifícios dos bairros que estavam a ser implementados como os Olivais Norte, Olivais-Sul e Chelas e também artigos técnicos ou sociológicos (alguns estrangeiros) envolvendo funcionários e colaboradores desse gabinete, que levou a cabo históricas ações de alojamento e realojamento em Lisboa. Foi um exemplo de revista que reunia pontos de vista de várias disciplinas.
O MOP editou a Urbanização, revista do Centro de Estudos de Urbanismo e Habitação Engenheiro Duarte Pacheco, que teve o seu início em 1968 e contou com Nuno Portas como membro da sua Comissão Diretiva. Esta revista situava-se na continuidade do Boletim da Direcção Geral dos Serviços de Urbanização, que apresentou no seu primeiro volume de 1945-1946, testemunhos dos presidentes do SNA e da Ordem dos Engenheiros e um longo artigo de De Gröer (o arquiteto-urbanista do Plano Geral de Urbanização de Lisboa na época) sobre o que deveria ser o papel do urbanismo no desenvolvimento da cidade (De Gröer, 1945-1946). O Nº 1 de Urbanização (abril 1968) abre com um artigo de Georges Meyer-Heine (1905-1984), o arquiteto-urbanista do Plano Diretor de Urbanização de Lisboa, só aprovado depois do 25 de abril de 1974. Para além de artigos estrangeiros, relatórios de viagens de estudo a cidades europeias e um ou outro plano de urbanização, poucas colaborações se registam vindas do centro de estudos, o que reflete o seu fraco dinamismo, em paralelo com o sempre adiado e nunca constituído Instituto do Urbanismo, durante o Estado Novo.
A revista Técnica surgiu em dezembro de 1925 como um periódico de engenharia da responsabilidade da Associação de Estudantes do Instituto Superior Técnico[28] (IST). Com o intuito de contribuir para a promoção daquela Escola e, deste modo, da engenharia per si, “um grupo de rapazes estudiosos e de boa vontade, [manifestaram-se] empenhados em criar na imprensa técnica um órgão das especialidades que cultivam” (Souza, 1925:3). De periodicidade mensal[29], os seus diretores e/ou elementos do corpo redatorial foram variando a cada mudança de ano letivo. No âmbito deste artigo, por terem sido técnicos do LNEC, destacamos Luís da Cunha Ferraz[30], Fernando Manzanares Abecasis[31] e Manuel Rocha[32].
Verifica-se assim que o ensino e a investigação em Urbanismo entravam em linha com a pobre aposta do regime ditatorial na universidade e na investigação científica, que não chegava à arquitetura ainda considerada oficialmente como uma das Belas Artes salvo o caso do SNA[33] e, mais tarde, do LNEC. Apesar da iniciativa da criação da cadeira de urbanologia ter sido implementada nos cursos de arquitetura de Lisboa e do Porto com o objetivo de reforçar a formação e arquitetos-urbanistas[34]. O panorama português das revistas de arquitetura e urbanismo era também escasso e com diferenças qualitativas e de conteúdo ao longo do tempo comparativamente às publicações de outros países do chamado Ocidente. A Arquitectura, nomeadamente ao longo da década de 1960 e até 1974, pode ser considerada próxima do modelo da revista italiana Casabella[35], que teve enorme repercussão internacional. Mas também próxima da revista britânica Architectural Review[36]que procurava apresentar exemplos e artigos às diversas escalas do território, da cidade e do espaço urbano em vasto panorama internacional. A revista francesa Architecture d'Aujourd'hui[37], talvez a mais lida em Portugal na década de 1950, tinha uma organização que privilegiava o número temático aprofundando os conhecimentos aplicados. As revistas deste lote, que davam uma atenção mais particular às questões técnicas e construtivas, eram a britânica Architects' Journal[38] e a francesa Techniques et Architecture[39], mas não na perspetiva dual da revista Binário com Aníbal Vieira. Ambas entendiam a construção e a técnica na relação com a arquitetura, esta assegurando a conceção geral e integrando as perspetivas mais particulares ou especializadas.
3. As revistas
3.1. Arquitectura
No âmbito deste artigo foram analisados 153 números da Arquitectura, dos quais se identificaram 16 artigos provenientes do LNEC (Quadro 1A, ver Anexo): i) 4 da DCH/DA; ii) 4 da Divisão de Madeiras; iii) 4 da Divisão Processos de Construção; e iv) 4 da Divisão de Conforto da Habitação. Entre os artigos divulgados, alguns foram publicados “a pedido da revista Arquitectura e com autorização do Diretor do Laboratório Nacional de Engenharia Civil” (Silva, 1966: 89) e outros somente com a “anuência do referido Laboratório” (Mateus, 1963: 17).
O primeiro artigo publicado originário do LNEC data de julho de 1957 e foi assinado por Tomás José Emídio Mateus (1918-1979), engenheiro[40] Chefe da Secção de Madeiras que, por altura da inauguração das novas instalações do LNEC na Avenida do Brasil, “abrangia o estudo sistemático das características físicas, mecânicas e tecnológicas das diferentes espécies de madeiras utilizadas na construção civil, bem como o estudo dos seus agentes de degradação” (Fernandes, 2007: 62). Como referido nas páginas daquela revista, entre os trabalhos apresentados nos concursos para Investigador LNEC, identificaram-se alguns que “interessam aos profissionais da construção civil” (Mateus 1963: 17), designadamente e como ali apontado, o livro-técnico Bases de dados para o dimensionamento de estruturas de madeira da autoria de Tomás Mateus[41]. Assim, a publicação na Arquitectura de alguns excertos destes trabalhos procurou constituir “uma iniciação à matéria tratada nos volumes respetivos” (Mateus, 1963: 17).
Relativamente aos artigos que Ruy Gomes publicou na Arquitectura, como referido por Nuno Portas, estes foram resultantes de projetos “feitos em demorada interação com os arquitetos com que trabalhou” (Portas, 1985: 3), nomeadamente com Nuno Teotónio Pereira (1922-2016). Destacam-se os artigos: “acerca de coberturas em consola de grande vão” que tratou da “transcrição parcial do capítulo relativo ao estudo da cobertura das bancadas', do projeto de engenharia civil do Estádio do Sporting Club de Portugal”[42](Gomes, 1957b: 45); “apreciação crítica do Bloco das Águas Livres”, a propósito do assim denominado edifício de habitação, comércio e serviços[43] (Gomes, 1959); “proteção acústica e conforto térmico das habitações”[44], que foi “parte de um estudo elaborado em julho de 1958 para um dos projeto da célula A de Olivais, em Lisboa” (Gomes, 1961: 44); e “exemplo de projeto e realização com técnicas de pré-fabricação de um edifício industrial”[45], “elaborado pelo autor, no exercício da profissão liberal como projetista, e teve a colaboração do eng. J. Vasconcelos Paiva” (Gomes, 1971: 33), igualmente engenheiro-investigador do LNEC.
No que diz respeito aos artigos publicados por arquitetos-investigadores do LNEC, identifica-se “desenho e apropriação do espaço da habitação” (Portas, 1968), que se tratou de uma síntese do Inquérito piloto sobre necessidades familiares em matéria de habitação (Portas e Pereira, 1967), temática apresentada no Simpósio da Comissão W45 do Conseil International du Bâtiment (Estocolmo, 1967) e posteriormente publicada no volume The Social Environment and its effect on the Design of the Dwelling and its immediate surroundings[46]. No âmbito do plano de estudos tendente a uma melhoria na conceção de habitação urbana em geral, o LNEC, desde o pioneiro inquérito-piloto, procurou consciencializar os projetistas para a evolução da noção de bem-estar (Portas e Gomes, 1963). Essa comunicação adveio da necessidade de mostrar a especialistas estrangeiros uma síntese do relatório de apuramento do inquérito-piloto sobre utilização do espaço da habitação. A propósito desta referência justifica-se lembrar o “estudo das funções e da exigência de áreas da habitação”, publicado inicialmente em formato de relatório do LNEC (Portas, 1964) e largamente difundido em 1969 sob a forma de Informação Técnica[47] do LNEC (Portas, 1969). Este estudo, que também teve em consideração alguns dados fornecidos pelo inquérito, tratou os problemas de dimensionamento da habitação e das suas divisões, fator determinante para a melhoria das características e organização das habitações (Portas, 1964: 1).
Entretanto, dado que o Colóquio da Política da Habitação[48] alertou para as potencialidades da habitação evolutiva, como alternativa aos modelos correntes praticados nos bairros de blocos habitacionais de iniciativa pública, a DA propôs-se “explicitar as características de programa e indicar as tipologias adequadas à sua realização” (Dias e Portas, 1971: 1). Com base na “perspetiva evolutiva na descrição das funções e suas exigências ambientais” (Portas, 1969: 7), procurou-se detetar as tendências de evolução das funções das famílias, partindo “da identificação das principais funções e atividades da habitação observadas na realidade, quanto possível a partir dos inquéritos disponíveis e em relação com a evolução sociocultural dos agregados, para analisar em seguida as respetivas exigências de ambiente e definir os seus níveis de satisfação, sobretudo no que respeita às dotações de áreas úteis” (Portas, 1969: 5). Esta temática de trabalho desenvolvida na DA, designadamente no estudo “Tipologias de edifícios: Habitação Evolutiva. Princípios e critérios de projetos”[49] (Dias e Portas, 1971), foi divulgada por Francisco Silva Dias (n. 1930) e Nuno Portas na revista Arquitectura com o título “Habitação evolutiva. Princípios e critérios de projetos” (Dias e Portas, 1972).
Por último, relativamente ao artigo publicado por Fernando Gonçalves (n. 1963), “Plano Diretor do Município: recentes vicissitudes da sua não regulamentação” (Gonçalves, 1982b), importa lembrar que este arquiteto-investigador do LNEC esteve dedicado ao estudo da “Legislação Urbanística Portuguesa 1926-1974” (Gonçalves, 1974) desde meados da década de 1970 e que o artigo publicado na Arquitectura foi também apresentado no 2º Congresso da AAP, realizado no LNEC (1981).
3.2. Binário
No âmbito deste artigo foram analisados 216 números da Binário, tendo sido identificados 33 artigos provenientes do LNEC (Quadro 2A, ver Anexo): i) 12 da Secção de Processo de Construção/Divisão de Processos de Construção; ii) 2 da Secção de Fundações; iii) 4 da Divisão de Estruturas; iv) 1 da Divisão de Cerâmica e Plásticos; v) 1 da Divisão de Observação de Obras; vi) 1 da Divisão de Dinâmica Aplicada; vii) 2 da Divisão de Conforto de Edifícios; e viii) 4 da DCH/DA.
Enquanto Chefe da Secção de Processos de Construção, Ruy Gomes marcou presença constante na Binário, com a escrita de artigos técnico-científicos provenientes, na grande maioria dos casos, de investigações desenvolvidas no LNEC e que, “no desempenho da sua missão, tem desenvolvido atividade de relevo, correspondendo, tanto quanto possível às necessidades da técnica de construção” (Gomes 1958a: 24). Para além de diversos “Comentários Técnicos”, publicou uma multiplicidade de trabalhos, que vão desde temáticas relacionadas com a “pré-fabricação na construção de edifícios”, passando pelas “tintas de cimento” às “manchas de vegetação parasitária em paramentos rebocados de alvenaria”. No artigo “normalização de portas: as portas interiores para habitação” (Gomes, 1958b) Ruy Gomes informou que o LNEC “acolherá com o maior prazer as sugestões de técnicos sobre este assunto, e põe desde já à sua disposição os elementos mais detalhados do estudo feito” (Gomes, 1958b: 21). Também o engenheiro José Folque, que em coautoria com Ruy Gomes assinou um artigo publicado neste periódico (Gomes e Folque, 1959), enquanto engenheiro geotécnico Chefe da Secção de Fundações do LNEC[50], publicou o artigo “Nota sobre solicitações em condutas enterradas (o caso concreto de Lisboa)” (Folque, 1958), anteriormente divulgado pelo LNEC como Informação Técnica (Folque, 1954).
Quanto à participação do engenheiro Manuel Rocha, verifica-se que o então Diretor do LNEC publicou em cinco números[51], nomeadamente dois dos seus discursos oficiais: o discurso da sessão inaugural das “1ªs Jornadas Luso-Brasileiras de Engenharia Civil” (setembro 1960); e o discurso da sessão inaugural da “Reunião sobre construção antissísmica” (maio 1961), onde os engenheiros Ferry Borges (1922-1993), enquanto Chefe da Secção de Estruturas (1959-1962), e João Manuel Madeira Costa, seu assistente, apresentaram o “Estudo do comportamento das construções quando do sismo de Agadir”[52](Borges e Costa, 1961). Manuel Rocha publicou ainda o artigo “A educação permanente”[53] (Rocha, 1968), texto correspondente à Oração de Sapiência durante o doutoramento “honoris causa” do autor pela Universidade do Rio de Janeiro, e “A Investigação em Portugal” (Rocha, 1972a), publicado pelo LNEC sob a forma de Memória[54](1971).
Na publicação comemorativa do centésimo número da Binário, Aníbal Vieira afirmou que “as diversas classes profissionais não são, em geral, e cada uma per si, em número tal no nosso país que justifiquem uma revista mesmo com boa aceitação que trate exclusivamente dos assuntos dessa classe” (Vieira, 1967: 344). Nesse mesmo número foram conjuntamente divulgados “depoimentos dos autores dos noventa e nove números publicados antes deste”, entre os quais se destaca o de Ferry Borges[55], onde manifestou ter sempre encontrado “o maior interesse pela publicação de artigos relativos a engenharia civil, que contribuíssem para melhor informação do meio técnico nacional” (Borges, 1967: 347).
Dos quatro artigos oriundos da DCH/DA, verifica-se que dois não se tratavam efetivamente de trabalhos produzidos na DCH, mas sim de um texto base do Colóquio sobre Política da Habitação (Fernandes et al., 1969a e 1969b) que teve a “função de provocar e referenciar uma discussão de especialistas com diferentes pontos de vista sectoriais” (Fernandes et al., 1969a). Ruy Gomes e Nuno Portas, membros da DCH, fizeram parte da comissão organizadora deste colóquio[56], especialmente porque o LNEC integrou a extensa lista de organismos intervenientes na análise do problema da habitação, nomeadamente com o desenvolvimento de “estudos básicos” (Dias, 1969), de que são exemplo os dois inquéritos à habitação (Portas e Gomes, 1963; Portas e Pereira, 1967). Neste colóquio, Silva Dias apresentou outro dos trabalhos desenvolvidos na DCH e que visou delinear as condições do país relativamente ao problema da habitação social (Dias, 1969). Este trabalho foi igualmente publicado na Binário (s.a., 1969).
Por último, o artigo “o projeto e a realização” (Portas e Cabrita, 1973), preparado com base no trabalho “organização de projetos de edifícios” (Cabrita e Portas, 1972), tratou as diferentes relações entre o cliente (público), o projetista e o construtor, nomeadamente no tocante às possibilidades de realização do processo de construção.
3.3. Técnica
No âmbito deste artigo foram analisados 303 números da Técnica, tendo sido identificados 207 artigos provenientes do LNEC (Quadro 3A, ver Anexo): i) 7 da Divisão de Mecânica Aplicada; ii) 3 da Divisão de Produtividade na Construção; iii) 1 da Divisão de Observação; iv) 1 da Divisão de Estradas e Aeródromos; v) 5 da Divisão de Fundações; vi) 3 da Divisão de Hidráulica Fluvial e Urbana; vii) 1 da Divisão de Portos e Praias; viii) 6 da Divisão de Química; ix) 1 da Divisão de Fundações e Túneis; x) 1 da Divisão de Informática; xi) 4 da Divisão de Dinâmica Aplicada; xii) 3 da Divisão de Processos de Construção; e xiii) 1 do Núcleo de Dimensionamento Experimental. Nenhum dos artigos publicados foi elaborado pela DCH/DA/NA[57]. Não foram identificados quaisquer artigos escritos por arquitetos-investigadores do LNEC[58] e, relativamente à colaboração de Ruy Gomes, embora este engenheiro tenha desempenhado um papel fundamental no aparecimento da investigação em arquitetura e urbanismo no LNEC, os artigos da sua autoria foram oriundos da Secção de Processos de Construção e do SE, duas unidades departamentais que, como vimos, foram por ele chefiadas, designadamente no momento das respetivas publicações.
Consultada maioritariamente por engenheiros e estudantes de engenharia, a Técnica divulgou publicações provenientes de outros centros de investigação (nacionais e estrangeiros), particularmente um anúncio do LNEC que “decidiu conceder um desconto de 50% sobre os preços marcados na sua lista de publicações a todos os alunos interessados”[59].
Manuel Rocha continuou a marcar a sua presença em publicações fora do LNEC, designadamente na Técnica[60], onde publicou enquanto Chefe do Serviço de Estudo de Estruturas e como Diretor do LNEC[61]. Entre os artigos divulgados destacamos “A reforma do ensino da engenharia”[62](Rocha, 1962) e o discurso proferido na sessão inaugural do I Congresso da Sociedade Internacional de Mecânica das Rochas (Rocha, 1966), na qualidade de Presidente da Comissão Organizadora do Congresso[63].
4. Conclusão
Para este artigo foram analisados um total de 672 números das revistas Arquitectura, Binário e Técnica, que refletem as diferenças disciplinares entre arquitetura e engenharia civil. Como se verifica nos Quadros 1A, 2A e 3A (material suplementar apresentado em anexo), os artigos publicados correspondem, na sua maioria, a trabalhos assinados pelos chefes das diversas unidades departamentais do LNEC; o Diretor/Subdiretor do LNEC publicou somente na Binário e na Técnica. Examinando a participação de cada Serviço/Departamento nas três revistas analisadas, verifica-se que, entre 1946-1961, o Serviço de Estudo de Estruturas (SEE) foi o que publicou maior número de artigos. Relativamente aos artigos publicados na Arquitectura, entre 1961-1984 são em maior número os provenientes do SEP/SE, numa tentativa de alargar aos engenheiros a crítica de projetos de arquitetura. Embora este Serviço tenha marcado presença regular na Binário, entre 1946-1961 foram, no entanto, os Serviços de Estudo de Processo de Construção e o Serviço de Estudo de Estruturas que mais artigos ali publicaram. Quanto à Técnica, verifica-se que excluiu a participação de arquitetos-investigadores do LNEC e, entre 1946-1971, publicou sobretudo artigos do SEE. Assim, naturalmente, o número de artigos publicados por engenheiros-investigadores do LNEC foi significativamente maior que o número de artigos publicados por arquitetos-investigadores do LNEC. Muito embora Nuno Portas tenha assumido um papel relevante na redação da Arquitectura e, contemporaneamente tenha integrado o corpo de investigadores do LNEC, identificaram-se neste periódico somente dois artigos provenientes da DCH/DA. Contudo, a proximidade deste arquiteto-investigador com as chefias das diversas unidades departamentais trouxe a possibilidade de inclusão de um maior número de artigos assinados por engenheiros.
Os trabalhos de investigação produzidos no LNEC e publicados nas revistas analisadas espelham um retrato cultural do país, num período muito particular da História da Arquitetura e do Urbanismo Português marcado pelo desenvolvimento do estudo da forma urbana. Para colmatar eventuais restrições editoriais que possam ter surgido e, com o intuito de disseminar parte da investigação desenvolvida, o LNEC publicou algumas das matérias consideradas mais relevantes sob a forma de Informação Técnica e/ou Memória. Estão entre estas publicações investigações oriundas da DCH/DA/NA, designadamente da autoria dos arquitetos Nuno Portas, António Reis Cabrita, Maria da Luz Valente Pereira e Fernando Gonçalves.
Sendo o LNEC uma instituição pública com a missão de empreender, coordenar e promover a investigação científica tendo em vista o aperfeiçoamento da engenharia civil, é natural que o corpo de engenheiros-investigadores surgisse em número consideravelmente superior ao de arquitetos-investigadores. A evolução da estrutura orgânica do LNEC demonstra também o contínuo crescimento do número de Divisões/Núcleos relacionadas com os diversos domínios das engenharias. Contudo, a investigação em arquitetura e urbanismo continua ainda a ser praticada no LNEC, todavia desde 2013 oficialmente aliada ao domínio das ciências sociais, no Núcleo de Estudos Urbanos e Territoriais.
Financiamento
Esta investigação surge no âmbito do projeto de pós-doutoramento intitulado O LNEC e a História da Investigação em Arquitectura (SFRH/BPD/117167/2016), financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) através do programa de financiamento FSE.
Parte da investigação conduzida para este artigo é também oriunda do projeto de investigação SPLACH - Spatial Planning for Change (POCI-01-0145-FEDER-016431), financiado por Fundos Europeus Estruturais e de Investimento (FEEI) através do Programa Operacional Competitividade e Internacionalização (COMPETE 2020) na sua componente FEDER e por Fundos Nacionais através da Fundação para a Ciência e a Tecnologia na sua componente OE.
Agradecimentos
Os autores agradecem ao Laboratório Nacional de Engenharia Civil pela permissão para aceder aos seus arquivos e documentação arquivada no âmbito do projeto de pós-doutoramento (SFRH/BPD/117167/2016).
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Recebido: 26-06-2019; Aceite: 17-12-2019.
NOTAS
[4] O LEC passou a designar-se LNEC em 1952, quando inaugurou o novo campus da Avenida do Brasil (Fernandes, 2007: 58).
[5] Entre 1961 e 1969, a DCH contou com mais de sete dezenas de publicações editadas pelo LNEC, destacamos: (Cabral, 1968), (Costa e Portas, 1966), (Dias, 1969), (Pereira, 1967), (Pereira e Portas, 1967 e 1969), (Portas, 1964 e 1965), (Portas e Gomes, 1963a e 1963b), (Portas e Pereira, 1967).
[6] Tema de interesse de Nuno Portas que procurou anunciar as diferenças entre as carreiras de arquiteto, engenheiro civil e urbanista “enquanto para o urbanista e o arquitecto se podiam distinguir campos diferentes e contíguos ainda que ambos arquitectem, isto é, organizem formal e funcionalmente espaços habitáveis já para o arquitecto e o engenheiro(s) civil(s) o campo, o objeto a criar, é um e o mesmo, enquanto são os níveis de intervenção e as óticas que se diferenciam conforme um trata do organismo e os outros certas partes constituintes dele, apenas artificiosa ou danosamente separáveis” (Portas, 1964: 191).
[7] Até aquele momento arquiteto colaborador da DCH.
[8] Financiado pela Federação de Caixas de Previdência (FCP).
[9] Financiado pela FCP e por diversos organismos do MOP e do Ministério do Ultramar.
[10] Criada pelo DL N.º 49033, esta entidade que concentrava as competências relativas à promoção direta de habitação social para arrendamento.
[11] Destacamos: (Byrne, Portas, 1970), (Cabrita, 1974, 1977 e 1978), (Cabrita, Portas, 1972), (Dias, Portas, 1971), (Gonçalves, 1974 e 1978), (Pereira, 1970a, 1970b e 1971), (Pereira e Gago, 1972; 1974 e 1978), (Portas e Cabrita, 1976).
[12] Designação que prevalece até à entrada em vigor da Portaria Nº 507/2002 (30/04/2002), passando então a Núcleo de Arquitetura e Urbanismo.
[13] Destacamos (até 1984): (Cabrita, 1983a, 1983b e 1984), (Cabrita e Paiva, 1981), (Campos, 1983), (Coelho e Cabrita, 1983), (Gago, 1983), (Gonçalves, 1980, 1982a e 1984), (Pereira, 1982, 1983a, 1983b e 1984).
[14] Opção “natural, que decorreu de um conhecimento mútuo e do trabalho em comum desenvolvido ao longo dos últimos anos no Laboratório” (Bandeirinha, 2011: 110). Manuel Rocha ocupou o cargo de Ministro do Equipamento Social e do Ambiente (16/05/1974-17/07/1974).
[15] Disponível na Biblioteca da Ordem dos Arquitectos.
[16] Disponível na Biblioteca da Ordem dos Arquitectos.
[17] Disponível em https://aeist.pt/revista-tecnica/
[18] Por exemplo, engenheiros/arquitetos do LNEC que nestes periódicos apresentam igualmente trabalhos/projetos/textos da sua autoria.
[19] Grupo constituído em Lisboa (1946) por cerca de trinta jovens arquitetos em torno de Francisco Keil do Amaral com o fim de afirmar a Arquitetura Moderna pela sua racionalidade e fundamentos éticos e sociais, rejeitando as imposições ideológicas do Estado Novo.
[20] No princípio do século XX existiam duas revistas, A Construcção Moderna e Arquitectura Portuguesa com duração e séries diversas. A Sociedade dos Arquitectos Portugueses (1902-1933) publicou um anuário nos primeiros anos dessa centúria. O Sindicato Nacional dos Arquitectos (1933-1974) publicou os catorze números da Revista Oficial do Sindicato Nacional dos Arquitectos entre 1938 e 1942. Depois, só em 1981, é que a Associação dos Arquitectos Portugueses (AAP) começa a publicar o Jornal Arquitectos que se transformou em revista e existe ainda hoje.
[21] Basta lembrar as referências ao livro ou aos seus conteúdos por Amos Rapoport (1972) e Bernard Rudofsky (1964).
[22] Habitação Social: Teotónio Pereira e Carlos Duarte; Planeamento: Francisco Silva Dias e Leopoldo Castro Neves de Almeida; Ensino: Raúl Hestnes Ferreira; Design: Maria João Leal; Arquitetura Paisagista: Gonçalo Ribeiro Telles; Artes Plásticas: José Augusto França; e Construção e Equipamento: António Lobato Faria. Nuno Portas foi também membro da comissão diretiva e redação da Arquitectura (desde o Nº 63, dezembro 1958, até meados da década de 1970).
[23] Muito próximo do atelier de Teotónio Pereira com o qual Nuno Portas também trabalhava (desde 1957).
[24] É também de assinalar a abertura ao design.
[25] Nomeadamente, Formozinho Sanchez, Alberto Pessoa, Raul Chorão Ramalho, Francisco Keil do Amaral, Victor Palla e Bento d'Almeida, Conceição Silva, entre outros.
[26] Chefe de redação da Arquitectura Portuguesa (4ª série).
[27] Para além da revista Técnica publicada pelos estudantes do IST, as Escolas de Belas de Artes de Lisboa e Porto publicavam boletins.
[28] Antes da revista Técnica houve uma outra publicação dos alunos do IST, a revista Técnica Industrial (Nº 1 a Nº 13/14/15, outubro 1915-janeiro/fevereiro/março 1918).
[29] Com algumas exceções e interrupções, nomeadamente durante os meses de verão e a partir da 2ª edição que, a partir de 1984, passa a ter uma edição trimestral.
[30] Em 1953 engenheiro tirocinante do LNEC.
[31] Diretor do Serviço de Hidráulica do LNEC (1948-1984).
[32] Diretor do LNEC (07/04/1954-19/03/1974).
[33] Sendo o SNA uma organização corporativa e, como tal, não tendo como objetivo a investigação em arquitetura e urbanismo, é preciso lembrar que, a partir do 1º Congresso Nacional de Arquitetura (1948) uma nova geração de arquitetos chegou à sua direção. Como referido, o Inquérito à Arquitetura Regional foi uma das suas iniciativas e correspondeu a uma investigação organizada e sistemática, continuada para os Açores na década de 1990 pela AAP, bem como para a arquitetura erudita em Portugal no início do século XXI, com o IAPXX - Inquérito à Arquitetura do Século XX em Portugal, pela Ordem dos Arquitectos.
[34] Segundo Decretro-Lei Nº 34/607, 15/05/1945 (Marat-Mendes et al., 2014).
[35] Dirigida pelo importante crítico e arquiteto Ernesto Nathan Rogers (1909-1969) entre as décadas de 1950 e 1960.
[36] Iniciada em 1896.
[37] Publicada desde a década de 1920.
[38] Desde 1895.
[39] Iniciada em 1941.
[40] Interessado em pintura e desenho de mobiliário, foi responsável pelo desenho do mobiliário dos laboratórios, gabinetes, salas de reunião e de direção do LNEC (Freire et al., 2017).
[41] Publicado como relatório do LNEC (1961) e como Memória Nº 179 (1962).
[42] 1º Projeto da autoria do arquiteto Raúl Tojal e do engenheiro Ângelo Ramalheira; 2º projeto da autoria do arquiteto António Augusto Sá da Costa e do treinador Anselmo Fernandez (Inauguração 1956).
[43] Projeto (1953-1956) de Teotónio Pereira e Bartolomeu Costa Cabral.
[44] Que reconhece “a importância de um conveniente isolamento acústico nas habitações (cujas incidências da vida familiar foram sublinhadas no artigo Sociologia da Habitação', de P. Chombart de Lauwe, aparecido no Nº 68 de Arquitectura)” (Gomes, 1961: 44).
[45] Apresentado no Colóquio Internacional de Pré-Fabricação (Lisboa, abril 1968).
[46] The National Swedish Institute for Building Research 5 (1968).
[47] “Conjunto de séries constituído pelas publicações, em geral de carácter monográfico, sobre temas de ciência e tecnologia, e abrangendo as diversas áreas de intervenção do LNEC” (LNEC, 2006).
[48] Organizado pelo MOP e realizado no LNEC (junho-julho 1969).
[49] Sobre este mesmo tema realizou-se no LNEC um seminário sobre “Estratégias de política habitacional formas evolutivas de habitação” (1972), que contou com a participação do arquitecto brasileiro Carlos Nelson dos Santos (1943-1989). Também em Barcelona (Castelldefels), no Simposium sobre Arquitectura, História y Teoria de Los Signos , Nuno Portas apresentou a comunicação intitulada “Teoria de las tipologias como estruturas generativas en el marco de la producción urbana” (Rocha, 1972b: 68).
[50] E a partir de junho 1971, diretor da revista Luso-Brasileira Geotecnia.
[51] Nº 24, 32, 116, 123 e 164-165.
[52] Este trabalho resultou de uma missão dos autores a Marrocos, “para proceder ao reconhecimento dos estragos causados em Agadir, pelo sismo de 29 de fevereiro de 1960” (Borges, 1961: 255) e foi também apresentado na II Conferência de Engenharia Sísmica que teve lugar em Tóquio (julho, 1960).
[53] Publicado igualmente em Análise Social 20-21 (1968), pp. 43-56.
[54] “Séries em que se apresentam os aspetos mais relevantes os estudos realizados, contendo em geral matéria original ou aspetos inéditos no domínio de conhecimentos em que se inserem” (LNEC, 2006). Memória Nº 399.
[55] À época chefe do SEP do LNEC (Monteiro, 2004).
[56] Da qual também fizeram parte os arquitetos Ignácio Peres Fernandes (Presidente) e J. M. Alves de Sousa e os engenheiros J. M. Ferreira da Cunha e A. Celestino da Costa.
[57] Salvaguarde-se o facto de alguns dos artigos publicados não fazerem referência à unidade departamental e/ou à divisão/núcleo do qual é proveniente o autor. A análise cuidada a estes artigos não identificou, contudo, qualquer vínculo do autor ou do trabalho à DCH/DA/NA.
[58] Contudo, este periódico foi responsável pela difusão das conclusões da Carta de Atenas, traduzidas por Teotónio Pereira e Costa Martins em “A Arquitectura e a Engenharia na Construção”, Técnica Nº 138 (maio 1943); “As Necessidades Coletivas e a Engenharia”, Técnica Nº 142 (dezembro 1943) e Nº 143 (janeiro 1944). Posteriormente, a revista Arquitectura publicou a Carta de Atenas na íntegra (Nº 20 a Nº 27, fevereiro 1948-dezembro 1948).
[59] Técnica 329 (junho 1963), pp. 664.
[60] Manuel Rocha foi docente no IST, designadamente nas cadeiras de Física (1936-1942) e de Resistência de Materiais (1941-1952) (LNEC, 2006).
[61] Nº 260, 291, 294, 323, 342, 348, 351, 361, 362, 375, 383, 386, 404 e 411. Ferry Borges também publicou enquanto subdiretor/diretor do LNEC (1974-1984), Ver Nº 390, 392, 409, 413 e 423.
[62] Publicado como Memória Nº 209 (1963).
[63] Realizado no LNEC (setembro, 1966).