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Revista Nutrícias

versão On-line ISSN 2182-7230

Nutrícias  no.15 Porto dez. 2012

 

ARTIGO ORIGINAL


Avaliação da Qualidade dos Lanches numa População com Necessidades Especiais

Quality Assessment of Snacks in a Population with Special Needs

 

Ada Rocha1; Daniela Leite2

1Professora Associada, Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto 2Estagiária de Ciências da Nutrição

Endereço para correspondência

 

RESUMO


Objectivos: Avaliação quantitativa da composição dos lanches consumidos a meio da manhã e a meio da tarde, numa população com necessidades especiais de uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS).
Metodologia: Amostra constituída por 58 participantes, com idades compreendidas entre os 17 e os 61 anos. Foi estimada a composição nutricional de 621 lanches consumidos a meio da manhã e 733 lanches consumidos a meio da tarde, através da observação directa e do registo de cada tipo e quantidade de alimento, bem como marcas comerciais, no momento do consumo. Relacionou-se o Valor Energético Total e a percentagem de macronutrientes do total dos lanches da manhã e dos lanches da tarde com as recomendações para adultos e com variáveis antropométricas, demográficas, familiares e socioeconómicas da amostra, obtidas através de um inquérito aplicado aos cuidadores.
Resultados: A maior parte dos lanches da manhã e dos lanches da tarde foi trazida de casa. A mediana do teor de açúcares dos lanches da manhã e lanches da tarde foi significativamente superior aos valores recomendados (três e quatro vezes superior, respectivamente), enquanto o de proteínas e o Valor Energético Total dos lanches da tarde ficou abaixo do recomendado. Os indivíduos do sexo masculino tenderam a consumir lanches com um Valor Energético Total mais elevado. 87,0% dos cuidadores considera saudáveis os lanches da manhã e lanches da tarde dos seus familiares. Os pais foram os prestadores de cuidados a preparar os lanches mais energéticos.
Conclusões: Parece-nos pertinente considerar políticas educativas para os cuidadores sobre a qualidade dos lanches preparados, enfatizando a importância de optar por alimentos pouco refinados e com baixo teor de açúcares.

Palavras-Chave: Lanches, Composição nutricional, Cuidador, População com necessidades especiais

 


 

ABSTRACT

Objectives: Quantity assessment of midmorning and midafternoon snacks in a population with special needs attending to a social solidarity institution.
Methodology: The sample comprised 58 clients, aged 17 to 61 years. It was estimated the nutritional composition of 621 mid-morning snacks and 733 midafternoon snacks, through direct observation and recording of each type of food, as well as trademarks at the time of consumption. Total energy content and percentage of macronutrients of total mid-morning and midafternoon snacks were compared with recommendations for adults. Anthropometric, demographic, family and socio-economic issues were obtained through a survey applied to caregivers.
Results: Most snacks consumed at midmorning and midafternoon was brought from home. The median sugar content of midmorning and midafternoon snacks was significantly higher than the recommended values (three and four times higher, respectively), while the protein and total energy content of midafternoon snacks were lower than recommended. Males consumed more energetic snacks. 87.0% of caregivers considered midmorning and midafternoon snacks prepared as healthy choices. Parents were the caregivers who prepared the most energetic snacks.
Conclusions: It seems appropriate to consider educational policies for caregivers about the quality of prepared snacks, emphasizing the importance of choosing few refined and low sugar items to include in snacks.

keywords: Snacks, Nutritional composition, Caregivers, Population with special needs

 


 

INTRODUÇÃO
As Pessoas com Deficiência ou Incapacidade (PDI), particularmente nos países ocidentais, apresentam frequentemente uma ingestão nutricional menos adequada do que a população em geral (1, 2). A prevalência da obesidade nas PDI (2-4) tem sido apontada como um importante factor na redução da esperança média de vida e no aumento da necessidade de cuidados de saúde destes indivíduos (2).
O consumo de lanches ao longo do dia, definido como momentos de ingestão alimentar diferentes das refeições principais (5, 6), tem sido apontado como factor potencial para o ganho de peso em indivíduos saudáveis (5, 7). A influência do consumo de lanches na ingestão energética total e no balanço energético é, actualmente, controversa (6, 8-11). No entanto, é consensual que o tamanho das porções (5, 12, 13), o número de lanches ingeridos (5, 6, 11) e a composição nutricional (5, 10, 14, 15) podem ter um impacto no Valor Energético Total (VET).
Diversos estudos têm verificado que o contributo percentual dos lanches para o VET e ingestão de macronutrientes tem vindo a aumentar, relativamente à década de 70 (5, 10-12, 15). O mesmo se observa no que diz respeito ao tamanho das porções (13), e ao número de lanches consumidos por dia(5). O tipo de alimentos escolhidos para os lanches é significativamente diferente, sendo patente que actualmente são privilegiados produtos de elevada densidade energética (5, 10, 12). Relativamente à distribuição por macronutrientes, algumas evidências apontam para um aumento da ingestão de energia, hidratos de carbono (HC) e açúcares simples (10, 11, 15).

OBJECTIVOS
Avaliar quantitativamente a composição dos lanches da manhã (LM) e da tarde (LT), numa população com necessidades especiais de uma Instituição Particular de Solidariedade Social, identificando possíveis relações com as características sociodemográficas, familiares e antropométricas.

METODOLOGIA
Estudo descritivo transversal realizado na Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Crianças Inadaptadas (CERCI), no período de Março a Junho de 2012, incluindo todos os clientes do Centro de Actividades Ocupacionais e da Formação Profissional, presentes diariamente na instituição. Excluíram-se os clientes que não participam diariamente nas actividades da CERCI.
A amostra estudo é constituída pelos clientes da CERCI, com idades compreendidas entre os 17 e os 61 anos de idade, num total de 58 pessoas.
Foi obtido consentimento informado dos cuidadores para a realização do estudo. Os participantes apresentavam diferentes níveis de deficiência e/ou incapacidade, desde doenças genéticas, como o Síndrome de Down e o Síndrome de Asperger, ao atraso mental ligeiro. A maioria era capaz de se alimentar autonomamente. A escolha desta população deveu-se à realização simultânea de um estágio curricular na instituição.
1. Avaliação Antropométrica
Foram medidos o peso e a estatura de todos os participantes, de acordo com procedimentos internacionais (16) e calculado o IMC. Foi construída uma ferramenta para medição da estatura e o peso foi medido com o auxílio de uma balança do modelo seca 761, disponível na instituição. Os pontos de corte de IMC foram os da Organização Mundial de Saúde (17) (OMS).
2. Avaliação da Composição Nutricional dos Lanches Consumidos
Foram observados os LM e os LT durante um período de 15 dias. A recolha da informação baseou-se na observação directa no momento do consumo e no registo de cada tipo de alimento, bem como de marcas comerciais. Para estimar cada porção de alimento não rotulado, utilizaram-se diversos recursos (18). Para alimentos regionais, a porção foi estimada a partir da média dos pesos de dez amostras de cada alimento, recolhidas posteriormente no seu local de fabrico.
Para alimentos rotulados, procedeu-se à recolha da informação nutricional em estabelecimentos comerciais. Foram consultadas tabelas de composição nutricional, disponíveis online (19). Para alimentos não rotulados, utilizou-se a Tabela da Composição de Alimentos (20).
Tendo em conta que se trata de uma amostra de indivíduos sedentários (21), considerou-se o VET médio diário, para ambos os sexos, de 2000 kcal (22), atribuindo-se 10% para o LM e 15% para o LT (23, 24). A distribuição de macronutrientes seguiu as recomendações da OMS, para prevenção de doenças crónicas (25).
3. Caracterização de Variáveis Demográficas e Socioeconómicas
Aplicou-se um inquérito, de administração directa, aos prestadores de cuidados, a fim de obter informação sobre os dados demográficos e socioeconómicos (data de nascimento, grau de parentesco com o participante, agregado familiar, grau de escolaridade do cuidador e a sua profissão, rendimento mensal familiar), as características antropométricas do próprio, a composição do pequeno-almoço consumido pelos participantes e ainda questões sobre a preparação dos lanches trazidos para a instituição. Este inquérito foi aplicado a fim de detectar tendências ao relacionar as características dos participantes com o valor nutricional dos lanches consumidos.
4. Análise Estatística
Utilizou-se o programa Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 18.0 para Windows. A análise estatística descritiva consistiu no cálculo de frequências e de médias, medianas e percentis. Usou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov para avaliar a normalidade da distribuição das variáveis cardinais, o teste t de student para comparar médias de amostras independentes, os testes de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis para comparar ordens médias de amostras independentes, e o coeficiente de correlação de Spearman para medir a associação entre pares de variáveis. Rejeitou-se a hipótese nula quando o nível de significância crítico para a sua rejeição (p) foi inferior a 0,05. Uma vez que a maioria das distribuições é não normal, calcularam-se as medianas, os percentis 25 (P25) e 75 (P75) e os valores mínimos e máximos do VET e dos macronutrientes dos LM e LT.

RESULTADOS
A amostra é constituída por 58 participantes, com idades compreendidas entre os 17 e 61 anos de idade (30,2 anos ± 10,4), sendo 43,1% do sexo feminino (n=25) e 56,9% do sexo masculino (n=33). A maioria trouxe de casa os LM e LT, com excepção de 8 participantes, que consumiram os lanches da CERCI. Foram avaliados nutricionalmente os lanches de todos os participantes neste estudo.
Foram entregues com sucesso 52 inquéritos aos prestadores de cuidados, tendo sido recebidos e validados 46, correspondendo a uma taxa de resposta de 76,9%.
1. Avaliação Antropométrica dos Participantes
A maioria dos participantes (n=30) apresentava desde excesso de peso a obesidade grau III, enquanto apenas 41,4% (n=24) era normoponderal (Tabela 1).


Quando se relacionaram estas variáveis com o “Sexo”, encontraram-se diferenças estatisticamente significativas para a “Estatura” e para o “Peso”, mas não para o “IMC” (Tabela 2). Observou-se uma tendência para o aumento do “IMC” com a “Idade” (r=0,255 p=0,053).


2. Caracterização Quantitativa dos Lanches da Manhã e da Tarde
Ao comparar o VET e o teor dos macronutrientes dos LM e LT, verificaram-se diferenças significativas entre as medianas do teor de proteínas (p=0,005), de HC (p=0,034) e de açúcares (p=0,023). De salientar que se observaram correlações forte e moderada entre as medianas do teor de açúcares e de HC dos LM e LT, respectivamente (r=0,752; p=<0,001 e r=0,667; p=<0,001). O que indica que o aumento da percentagem de HC dos lanches foi maioritariamente devido ao aumento da quantidade de açúcares simples (Tabela 3 e Tabela 4).

 

 


As medianas do teor de proteínas dos LM (p=0,040) e dos LT (p=0,034) foram superiores no sexo masculino. Apesar de se ter verificado que os lanches dos rapazes apresentavam um VET e de macronutrientes mais elevado, não se obtiveram resultados com significado estatístico. Da mesma forma, não foi encontrada associação entre o “IMC” dos participantes e o VET e a composição nutricional dos lanches consumidos.
3. Adequação Nutricional dos Lanches da Manhã e da Tarde
Ao comparar os resultados obtidos com as recomendações, verificou-se que a maior discrepância está no teor de açúcares nos LM (três vezes superior) e nos LT (quatro vezes superior). O teor de proteína dos LT encontra-se um pouco abaixo do que é recomendado, assim como o respectivo VET (
Tabela 5).
4. Caracterização Demográfica e Socioeconómica
Constatou-se que cuidadores mais velhos estavam associados a participantes com “IMC” mais alto (r=0,363; p=0,020). No entanto, não se obteve uma associação significativa entre o “IMC” dos cuidadores e o dos participantes (r=0,199; p=0,219), que poderia sugerir a influência de factores ambientais no controlo de peso dos participantes, como os hábitos alimentares dos cuidadores.
Não se observaram correlações entre o “Sexo” e o “IMC” dos cuidadores com o VET e os macronutrientes dos LM e LT.
Verificou-se que 30,4% (n=14) dos cuidadores tinha o 4.º ano de escolaridade, enquanto apenas cinco inquiridos tinham formação superior (10,9%).
Não se verificaram correlações significativas entre o “Rendimento Familiar Mensal” e o VET e os macronutrientes dos LM e LT. De salientar que esta questão teve uma taxa de não resposta igual a 30,4%.
5. Caracterização Qualitativa do Pequeno-almoço e dos Lanches da Manhã e da Tarde
A totalidade dos cuidadores referiu que os participantes tomam o pequeno-almoço “Todos os dias” (100%, n=46). O leite (78,3%; n=36), os cereais de pequeno-almoço (54,3%; n=25) e o pão (52,2%; n=24) foram os alimentos mais referidos como componentes do pequeno-almoço. A preparação dos LM e LT esteve em 65,2% (n=30) dos inquiridos a cargo dos pais, enquanto em 19,6% (n=9) foi o próprio participante a preparar os seus lanches. Em 13% (n=6) dos inquéritos recebidos, a CERCI foi a responsável pelos lanches. O responsável pela preparação dos lanches influenciou o VET (p=0,002), o teor de HC (p=0,001) e o de açúcares (p=0,006) dos LM, e o teor de proteínas (p=0,030) e o de HC (p=0,034) dos LT. Os pais prepararam os lanches mais energéticos e com maior percentagem de todos os macronutrientes.
Relativamente aos aspectos importantes na escolha de alimentos, mais de metade (56,5%; n=26) afirmou ter em conta se os alimentos incluídos nos LM e LT são nutricionalmente equilibrados, 37,0% (n=17) referiu a preocupação com as preferências alimentares dos participantes e 17,4% (n=8) com o custo dos alimentos. De salientar que nenhum dos inquiridos referiu valorizar as marcas comerciais dos produtos. 87,0% (n=40) dos cuidadores considerou saudáveis os lanches preparados.

DISCUSSÃO DOS RESULTADOS E CONCLUSÕES
Face ao papel fundamental dos cuidadores na escolha dos alimentos neste tipo de população justifica-se a inclusão de medidas educativas específicas direccionadas aos familiares/cuidadores. Num estudo preliminar, o envolvimento e a colaboração da família foram essenciais para o sucesso do tratamento do excesso de peso e da obesidade em PDI, e consequentemente na prevenção de doenças cardiovasculares (2). Ao acompanhar adolescentes belgas e os seus pais durante um ano lectivo, Van Lippevelde et al. (2012) concluíram que mudanças no ambiente familiar fomentam alterações na ingestão de gordura proveniente dos lanches, nomeadamente através da educação alimentar dirigida à família (26).
Como é desejável, os LT eram mais calóricos e apresentaram um valor de macronutrientes superior aos dos LM, no entanto, a percentagem de proteínas foi inferior às recomendações nos LT. Este resultado é concordante com os obtidos por Sebastian et al. (2008), que concluíram que a ingestão de proteínas e gorduras é significativamente menor à medida que aumenta o número de lanches (15).
Ao contrário do que verificaram Santos e Rocha num estudo com crianças portuguesas dos 3 aos 9 anos (27), no presente trabalho verificou-se que crianças mais jovens apresentaram lanches mais calóricos e com teor de HC, gorduras totais e saturadas superiores nos LM. Esta discrepância poderá estar relacionada com as diferentes faixas etárias alvo destes estudos. É naturalmente desejável que crianças de 3 anos ingiram menor quantidade de alimentos e energia do que crianças de 9 anos (28).
Encontrou-se influência significativa da pessoa que prepara os lanches no VET e na sua composição nutricional contrariamente ao encontrado por Santos e Rocha em crianças saudáveis. Este resultado pode indicar uma sobrestimação por parte dos cuidadores das necessidades energéticas dos participantes. A quantidade de açúcares simples ingerida foi substancialmente maior do que o recomendado, independentemente de quem preparou os lanches (15).
Maffeis et al. (2008) constataram que o IMC dos pais e o percentil de IMC dos filhos tinham uma relação directamente proporcional num estudo com crianças saudáveis dos 8 aos 10 anos (29), semelhante ao observado em França, num estudo com adolescentes com deficiência intelectual (4). Os dados obtidos neste estudo na CERCI contrariam esta relação. Esta diferença pode dever-se às diferentes faixas etárias estudadas, ou a um eventual viés associado à altura e ao peso corporal que foram auto reportados dos cuidadores.
Além disso não foi considerada a medicação crónica que os participantes fazem, que pode enviesar a relação entre o IMC e o controlo do peso corporal (1).
A elevada taxa de não resposta à questão sobre o “Rendimento Mensal Familiar” comprometeu as conclusões relativas à possível associação entre estes dados e a avaliação quantitativa dos lanches.
O consumo de pequenos-almoços e lanches não saudáveis tem sido fortemente associado ao comprometimento do bem-estar dos indivíduos (14). Numa população de PDI como a CERCI, parece-nos importante atribuir a responsabilidade de incluir alimentos saudáveis, nomeadamente pouco refinados e com baixo teor de açúcares, aos prestadores de cuidados. Seria pertinente investir em políticas educativas sobre a saúde, alimentação e actividade física adaptada a este grupo-alvo (3, 4), tanto para prestadores de cuidados como para os clientes mais funcionais.

 

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Endereço para correspondência
Ada Rocha
Rua Dr. Roberto Frias,
4200-465 Porto
adarocha@fcna.up.pt


Recebido a 03 de Dezembro de 2012
Aceite a 31 de Dezembro de 2012

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